Brasil

SEGURANÇA MÁXIMA

Muralha está sendo erguida em prisão de Mossoró

Fuga de dois internos ocorreu em fevereiro do ano passado e investigação apontou que não houve ajuda externa

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Um ano depois da fuga inédita de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró, o número de câmeras de segurança instaladas na unidade quase dobrou, a construção de uma muralha está em curso e foram implementados equipamentos de reconhecimento facial.

Essas foram algumas das mudanças no presídio de segurança máxima anunciadas na última quinta pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Como o Estadão mostrou, uma das muralhas prometidas após a fuga de Mossoró, a de Porto Velho, enfrenta falhas de planejamento, atrasos e gerou prejuízos aos cofres públicos.

Segundo o secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a investigação aponta que a fuga de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, que ocorreu em fevereiro de 2024, foi resultado de "falhas estruturais, tecnológicas e procedimentais"

A muralha para proteger a penitenciária começou a ser construída em janeiro e deve ficar pronta até julho de 2026. O governo gastará cerca de R$ 28,6 milhões no projeto. O secretário afirmou que a demora na conclusão está relacionada à lentidão dos trâmites para realizar a licitação.

"É um investimento de vulto, mas necessário. É uma obra defensiva, não é um muro comum, é um muro que se aprofunda na terra, que tem uma blindagem, que tem um efeito dissuasório, para evitar invasões, evitar fugas", disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

A fuga dos detentos expôs a fragilidade da penitenciária federal, que tinha estrutura antiga e cheia de lacunas de segurança, como baixa iluminação e até mesmo uso de 26 câmeras analógicas, que foram desativadas após o fato. Agora, o sistema de monitoramento tem 194 câmeras digitais de alta resolução. Antes, 101 estavam em operação, dentre as quais os modelos analógicos.

A reforma no presídio incluiu a instalação de grades nos shafts - espaço onde fica a fiação e a tubulação do prédio - da estrutura, e eliminou ferros e vergalhões expostos. Na época da fuga, os presos acessaram o telhado após fazer um buraco numa luminária e acessar um dos shafts.

O governo também ampliou o sistema de vigilância eletrônica com a inclusão de monitoramento por drone e porteiros eletrônicos.

Além desses ajustes, os protocolos humanos também foram reforçados. A equipe passou a cumprir o que estava previsto nas orientações, como revista diária nas celas, o que não vinha sendo feito.

‘Não houve indícios da participação de terceiros’

Desde que a fuga ocorreu, há um ano, quatro chefes  de plantão foram suspensos e 17 servidores assinaram termos de ajustamento de conduta. "Podemos garantir que não registraremos nenhuma fuga daqui para frente", disse o ministro Ricardo Lewandowski.

O secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, afirmou que não surgiram indícios da participação de terceiros na fuga dos presos, seja servidores, ou outros colaboradores. Além da estrutura precária, foi verificado descumprimento dos protocolos de segurança no presídio. "É mais importante do que se imagina manter o cumprimento efetivo desses protocolos. Isso não vinha sendo feito", diz ele.

Além da Penitenciária Federal de Mossoró, o governo federal também reforçou a estrutura dos presídios de Porto Velho (RO), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), e Brasília (DF). Foram distribuídas ainda 1.381 câmeras para unidades prisionais estaduais.

No total, o governo investirá R$ 157,6 milhões para erguer muralhas nos presídios federais, exceto o de Brasília, que já tem o aparato. Hoje, além da de Mossoró, está em curso a construção da muralha de Porto Velho. As outras duas serão licitadas ainda neste ano.

(Informações da Agência Estado)

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Senador é alvo da PF em operação contra roubalheira no INSS

Weverton Rocha (PDT-MA), que é vice-líder do Governo no Senado, foi um dos principais alvos da operação que também prendeu o filho do "Careca do INSS"

18/12/2025 07h30

Mandados de busca foram realizados na residência do senador Weverton Rocha, do PDT do Maranhão

Mandados de busca foram realizados na residência do senador Weverton Rocha, do PDT do Maranhão

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O senador Weverton Rocha (PDT-MA) é um dos principais alvos da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada na manhã desta quinta-feira (18) pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU). Weverton é suspeito de ter realizado negócios com alvos investigados pelos desvios, segundo o Estadão. A polícia cumpre busca e apreensão na residência do senador.

Romeu Carvalho Antunes, filho mais velho e sócio do empresário Antônio Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", é outro alvo e foi preso na operação. De acordo com o jornal, além de ter relação societária, ele tinha autorização para movimentar as contas de uma das empresas foi do pai que é suspeita de envolvimento nas fraudes em aposentadorias. O "Careca do INSS" está preso desde setembro.

A operação também cumpriu um mandado de prisão domiciliar e afastamento do atual número dois do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal. Ele é jornalista e já trabalhou no gabinete de Weverton.

O advogado Éric Fidelis, filho do ex-diretor do INSS André Fidelis, também é alvo de buscas. A Operação Sem Desconto investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Nesta quinta-feira, estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As ordens judiciais são cumpridas nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.

Segundo a PF, as ações desta nova fase buscam "aprofundar as investigações da Operação Sem Desconto e esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial".
 

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Lula diz que quer campanha 'civilizada' em 2026 e que já tem candidato em SP

O presidente afirmou que não pode escolher o adversário favorito, mas que está preparado para enfrentar os cotados a disputar a Presidência pelo campo da direita

16/12/2025 07h40

Depois de participar de evento de inauguração do jornal, o SBT News exibiu entrevista com o presidente Lula nesta segunda-feira

Depois de participar de evento de inauguração do jornal, o SBT News exibiu entrevista com o presidente Lula nesta segunda-feira

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em entrevista ao SBT News veiculada nesta segunda-feira, 15, que quer participar de uma campanha "civilizada, num alto nível e com debate altamente democrático" na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026. O presidente afirmou ainda que já possui candidatos ao governo e de São Paulo e de Minas Gerais, além de postulantes ao Senado dos dois Estados.

"Eu espero que seja campanha civilizada, num alto nível, com debate altamente democrático porque é preciso tirar o Brasil do ódio que ele está. A campanha política poderá servir para que a gente faça a política voltar a ser respeitada, as instituições fortalecidas e a democracia seja a grande ganhadora", afirmou Lula.

Sobre São Paulo e Minas, Lula disse que é cedo para apontar os nomes dos candidatos da preferência dele. Segundo o presidente, apesar de ter os candidatos, é preciso que eles aceitem participar da campanha. Um caso emblemático é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que resiste a ser o candidato ao governo de Minas apoiado pelo petista.

"Acho que é muito cedo para você definir as coisas sobre as eleições que vão se dar em outubro de 2026. Eu tenho todo o tempo do mundo para tentar fazer as articulações que preciso fazer. Obviamente que eu já tenho candidato a governador de São Paulo, tenho candidato a senador por São Paulo, já tenho candidato em Minas Gerais. Mas aqueles que eu quero podem não querer ser", disse Lula.

O presidente afirmou ainda não pode escolher o adversário favorito, mas que está preparado para enfrentar de uma só vez os cotados a disputar a Presidência pelo campo da direita. Confiante, Lula disse que a reeleição dele é a "única certeza" que possui.

"Eu estou preparado para disputar com todos eles de uma vez só. Tenho coisas para anunciar para o povo brasileiro, tenho uma prestação de contas ao povo brasileiro que eu duvido que outro presidente tenha. (...) Alguns poderão fazer promessas, eu vou mostrar a fotografia real das coisas que eu encontrei nesse País e das coisas que nós fizemos nesse País", disse o presidente.

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