Brasil

DRAMA E FESTA

Taylor Swift ignora morte e deixa público eufórico em segundo show no Brasil 

Na sexta, cerca de mil fãs desmaiaram e a estudante Ana Clara Benevides, de 23 anos, morreu. Taylor Swift não falou da morte no show deste domingo.

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Depois de adiar o show que faria neste sábado, no Rio de Janeiro, Taylor Swift voltou ao estádio Nilton Santos, o Engenhão, no domingo, para realizar a segunda apresentação de sua "The Eras Tour" no Brasil.

A performance ocorreu depois da morte de uma fã da cantora e percalços causados pelo calor extremo no Rio de Janeiro e em grande parte do país nesta semana. Na sexta, cerca de mil fãs desmaiaram no show de estreia da turnê da americana no país, e a estudante Ana Clara Benevides, de 23 anos, morreu depois de passar mal na apresentação. Taylor Swift não falou da morte no show deste domingo.

Mas, no instante em que Swift pisou no palco, o público a recebeu de braços abertos. Os primeiros acordes de "Miss Americana and The Heartbreak Prince", a primeira música da setlist, já tiraram do público muitos gritos e aplausos.

Com título irônico para a ocasião, a música que seguiu, "Cruel Summer" —verão cruel, em inglês— foi acompanhada a plenos pulmões. Algo reconhecido pela cantora, que afirmou "é um privilégio dizer isso nesta noite, com tantas pessoas me acompanhando embaixo da chuva". "Rio, bem vindos a ‘The Eras Tour’. Vocês me apoiaram muito desde o início da minha carreira."

Nem aí, na interação mais direta com o público, no entanto, houve menção às atribulações dos últimos dias. Antes de Swift retornar ao palco neste domingo, seus fãs entrentaram ainda um adiamento comunicado a poucas horas antes do show de sábado e um arrastão que pegou os portadores de ingresso da data de surpresa na saída do estádio. Falta de orientação e organização foram denúncias frequentes nas redes sociais.

Swift, por sua vez, voltou ao hotel em que estava hospedada, em Ipanema, escoltada pela Polícia Militar. Os carros que levavam sua comitiva, ainda, foram apreendidos por supostamente estarem com as placas adulteradas, num caso investigado pela 14ª Delegacia de Polícia Civil da cidade.

Na madrugada de domingo, outro fã da cantora que estava no Rio para a ver morreu. Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos, de 25 anos, estava na praia de Copacabana quando três homens o tentaram assaltar. Ele não reagiu, segundo a polícia, mas foi esfaqueado e não resistiu.

O bloco que seguiu o show celebrou seu segundo álbum de estúdio, "Fearless", no qual a cantora cantou a música "You Belong with Me", um dos seus primeiros sucessos, e "Love Story".

O traje que a Swift usou para esse momento foi o que inspirou muitos fãs na hora de escolher uma roupa para assistir ao show.
É o caso da canadense Sydney Jacobson, de 21 anos, que atravessou o oceano para assistir a "Eras Tour" junto do namorado, Keegan Bushulak, também de 21 anos.

A roupa, segundo ela, foi facilmente encontrada na internet, e o esforço pela caracterização também levou o seu companheiro a se vestir conforme dita a estética do quarto álbum de estúdio da cantora, "Red".

O cuidado com a vestimenta foi algo realmente notável entre o público presente no Engenhão. Outro exemplo é a auxiliar de departamento pessoal, Lery Gomes, que trouxe a filha Ana Luiza, de 13 anos, de Ribeirão das Neves, em Minas Gerais, para o show.

No corpo, enquanto a adolescente vestia uma blusa personalizada com a arte da "Eras Tour", a mãe resolveu ousar e escrever "Mãe de Swiftie" no lugar onde entraria o nome da cantora. As fotos da artista também foram trocadas por fotos da menina ainda criança.

"Muito feliz e emocionada por ver a alegria dela. Gratidão é a palavra que me define", afirmou Gomes.

No bloco a seguir, enquanto a americana cantava as músicas de seu nono álbum de estúdio, "Evermore", o público aproveitou para fazer uma ciranda, enquanto Swift cantava a música "Willow". A ideia foi fazer referência ao círculo formado no próprio palco, como coreografia da canção.

Antes de "Champagne Problems", a próxima música, a cantora repetiu o discurso que proferiu na sexta e agradeceu, novamente, a presença do público mesmo diante da chuva. O público respondeu, logo após a canção ser finalizada, aos gritos de "Taylor, eu te amo", momento em que a cantora tirou o retorno e se emocionou junto da multidão.

Foi no momento em que as serpentes apareceram no telão, no entanto, que o público mais vibrou. Essas cobras fazem referência ao sexto álbum da cantora, "Reputation", disco querido pelo público.

Uma sequência de sucessos foi ouvida a seguir, com as músicas "Ready for It", "Delicate", "Don't Blame Me" e "Look What You Made Me Do".

Em seguida, Taylor visitou brevemente as músicas de seu terceiro disco, "Speak Now", e então desfilou os sucessos do álbum "Red", enquanto passeava pela pista com seus dançarinos.

O fim do bloco, embalado pela música "All Too Well", em sua versão com 10 minutos de duração, arrancou suspiros de um público emocionado.

Depois de duas horas de show, o cansaço tomou conta de pequena parte do público, que se sentou na arquibancada ou mesmo no chão de setores como pista e pista premium. Isso ocorreu enquanto a cantora passava pelas faixas de seu aclamado oitavo álbum de estúdio, "Folklore".

O que reconquistou a plateia foi a música "Style", do álbum 1989, que abriu o próximo bloco. Um dos discos mais bem-sucedidos comercialmente de Swift, os fãs acompanharam tudo com as letras na ponta da língua.

O que reconquistou a plateia foi a música "Style", do álbum 1989, que abriu o próximo bloco. Um dos discos mais bem-sucedidos comercialmente de Swift, os fãs acompanharam tudo com as letras na ponta da língua.

"Dancing With Our Hands Tied", do álbum Reputation, foi a primeira música escolhida para o bloco em que Taylor canta canções surpresas em cada show.

A emocionante "Bigger Than The Whole Sky", do seu último álbum, Midnights, serviu bem ao momento em que Taylor se despede de uma de suas fãs, Ana Clara Benevides, que morreu em seu show na sexta-feira.

A letra, que diz adeus a alguém que era maior do que todo céu, surgiu em um momento oportuno para que a cantora e o público pudessem manifestar o luto diante da perda.

No entanto, confirmando o que havia dito mais cedo, Taylor não mencionou o nome da estudante em nenhum momento do show.
 

corte de gastos

Câmara aprova teto para salário mínimo, mas afrouxa mudanças no BPC

A proposta cria um teto para o crescimento do salário mínimo, obriga a biometria para o recebimento de programas sociais e limita os gastos com o Proagro

20/12/2024 07h33

Por 264 votos a favor e 209 contra, medida foi aprovada na noite desta quinta-feira na Câmara dos Deputados

Por 264 votos a favor e 209 contra, medida foi aprovada na noite desta quinta-feira na Câmara dos Deputados

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Por 264 votos a favor e 209 contra, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (19) à noite o terceiro projeto que integra o pacote de corte de gastos do governo. A proposta cria um teto para o crescimento do salário mínimo, obriga a biometria para o recebimento de programas sociais e limita os gastos com o Proagro.

Por ser projeto de lei ordinária, a proposta exigia apenas maioria simples (metade mais um dos deputados presentes). A aprovação da última proposta do pacote, que muda a previdência dos militares, ficou para o próximo ano, porque o projeto só foi enviado na terça-feira (17) ao Congresso.

O PSOL, que era contra o projeto, tentou derrubar parte do texto aprovado, mas foi derrotado. O texto segue para o Senado, onde deverá ser votado nesta sexta-feira (20).

O governo depende da aprovação desse projeto nas duas Casas para votar o projeto de lei do Orçamento de 2025. Isso porque o texto aprovado limita o crescimento do salário mínimo a 2,5% acima da inflação do ano anterior, com valorização mínima de 0,6% acima da inflação em caso de recessão econômica. A medida, segundo o Ministério da Fazenda, deverá gerar economia de R$ 109,8 bilhões de 2025 a 2030.

Mudanças

Para facilitar a aprovação do projeto, o governo concordou em desidratar parte das propostas. O relator, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), afrouxou as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), benefício pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, principal ponto de resistência ao projeto. Ele retirou a expressão “pessoa com deficiência” que constava do projeto original e trocou por “avaliação que ateste deficiência de grau moderado ou grave”.

Segundo parlamentares da oposição e até da base aliada, a expressão pessoa com deficiência poderia excluir do BPC portadores de transtornos do espectro autista e pessoas com síndrome de Down. No entanto, parte dos parlamentares criticou a nova definição do relator, que continuaria a restringir o acesso ao benefício.

Bulhões também retirou a proposta do governo que pretendia excluir do cálculo da renda familiar per capita os rendimentos de familiares que não moram na mesma casa, mas ajudam o beneficiário. Segundo deputados, isso prejudicaria um beneficiário com deficiência que mora numa casa, mas recebe cuidados de um parente que habita o mesmo lote, mas em outro domicílio. O deputado eliminou ainda a proposta do governo de incluir posse ou propriedade de bens ou direitos, inclusive terras, do cálculo da renda.

O relator não revogou a regra segundo a qual o benefício concedido a qualquer membro da família não será computado para os fins do cálculo da renda familiar. O governo queria que esses rendimentos fossem levados em conta.

O projeto aprovado manteve a necessidade de apresentação de documento com exame biométrico para receber o benefício, cuja obrigatoriedade havia sido proposta pelo governo. No entanto, o relator incluiu exceções, como idosos com dificuldades de locomoção ou pessoas que moram em localidades remotas.

Bolsa Família e Proagro

Em relação ao Bolsa Família e demais benefícios de seguridade social, o texto aprovado manteve a obrigatoriedade de cadastro biométrico para a concessão, a manutenção e a renovação. Os parâmetros para a permanência do programa serão mais rígidos para as famílias unipessoais (beneficiários que moram sozinhos). Haverá restrição para municípios com percentual de famílias unipessoais acima do disposto em regulamento. 

O projeto também estabelece que o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), seguro rural a pequenos e médios produtores, seja executado conforme o Orçamento de cada ano. Atualmente, o Banco Central manda a conta de alguns subsídios, como o Proagro, ao governo, sem limitação orçamentária. Pelo projeto, governo só poderá gastar em subsídios o que estiver autorizado no Orçamento.

O projeto muda ainda os parâmetros relativos à permanência no Bolsa Família, incluindo o estabelecimento de índices máximos de famílias unipessoais.

FCDF

Para diminuir a resistência à aprovação do projeto, o relator retirou as mudanças no Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), cujos recursos passariam a ser corrigidos apenas pela inflação conforme a proposta original. O fundo continuará a ser corrigido pela Receita Corrente Líquida (RCL).

Formado por recursos da União, o FCDF é usado para manter a saúde pública, a educação e a Polícia Civil, a Polícia Penal, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. O Ministério da Fazenda previa reduzir os gastos em R$ 18,1 bilhões até 2030 com a nova forma de correção.

Na apresentação do projeto, no fim de novembro, o Ministério da Fazenda previa que as três propostas – os dois projetos e a proposta de emenda à Constituição – gerariam economia de R$ 71,9 bilhões em 2025 e 2026. Com as desidratações no Congresso, as contas serão refeitas.

privilégio para banqueiros

Câmara aprova lei que pode gerar R$ 16 bi ao governo em 2025

As instituições bancárias poderiam começar a deduzir, em 2025, as perdas decorrentes de inadimplência dos empréstimos oferecidos aos seus clientes

20/12/2024 07h18

Deputados adiaram para 2026 a entrada em vigor de uma lei que garante dinheiro extra para os banqueiros

Deputados adiaram para 2026 a entrada em vigor de uma lei que garante dinheiro extra para os banqueiros

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O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (19) um projeto de lei que adia o início da dedução de impostos por bancos e tem o potencial de gerar R$ 16 bilhões em receitas para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2025.

A proposta foi aprovada por 340 votos favoráveis e 117 contrários e agora vai ao Senado.

Na terça, o governo não conseguiu aprovar a urgência do texto, procedimento que permite o trâmite acelerado. O requerimento foi reapresentado e aprovado na quarta, viabilizando a aprovação do mérito da proposta nesta quinta.

As instituições bancárias poderiam começar a deduzir, em 2025, as perdas decorrentes de inadimplência dos empréstimos oferecidos aos seus clientes da base de cálculo do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e da CSLL.

A alteração joga o prazo para 2026. No curto prazo, os bancos seguirão pagando mais impostos, mas também terão margem maior para conceder empréstimos.

O texto aprovado pelos deputados, de autoria do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), incorpora conteúdo de MP (medida provisória) do Executivo que foi negociada com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

Na prática, a alteração adia a entrada em vigor de uma lei aprovada em 2022, durante o governo Bolsonaro, que uniformizou os critérios para o registro e dedução dessas perdas no balanço das instituições financeiras. A carência para iniciar a dedução passa de janeiro de 2025 para janeiro de 2026.

Com a mudança, o período de transição para os bancos poderem deduzir dos tributos sobre o lucro o estoque de perdas com a inadimplência nas operações de crédito passou de três anos (36 meses) para sete anos (84 meses).

O banco poderá optar por um prazo ainda mais longo, de dez anos (120 meses), observando determinadas regras e se comprometendo a não mudar o prazo.

Como emprestadores de recursos para os seus clientes, os bancos têm uma maior propensão de terem uma inadimplência, o que acaba gerando para eles um estoque de crédito tributário.

O banco paga o IRPJ e a CSLL quando concede o crédito, contando que o cliente vai pagar o financiamento. Se o tomador do crédito não paga, há a inadimplência. Acontece que a instituição financeira já pagou os dois tributos para a Receita Federal sobre o lucro que não teve.

O governo teria que zerar o estoque de crédito tributário dos bancos em três anos. Isso significa que, se o prazo fosse mantido, a arrecadação iria diminuir nesse período.

Para cada centavo de IRPJ e de CSLL que os bancos iriam pagar nesses três anos, eles só iriam recolher depois de abater o que o governo devia para eles em crédito tributário.

Já os bancos poderiam ter problemas no balanço e nas regras prudenciais, se não tivesse lucros suficiente para compensar um volume tão alto de estoque no período.

(Informações da Folhapress)

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