Cidades

Sérgio Mascarenhas

Após operar crânio, brasileiro põe cérebro a serviço de revolução médica

Após operar crânio, brasileiro põe cérebro a serviço de revolução médica

FOLHAPRESS

07/09/2018 - 12h46
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'Uma doença maldita virou bendita." É assim que o físico Sérgio Mascarenhas descreve uma hidrocefalia tratada inicialmente como mal de Parkinson. "Quando fiquei doente, abriram a minha cabeça para fazer o diagnóstico. Resolvi que precisava melhorar isso na saúde, que era muito atrasado."

Isso faz 12 anos. "É arqueologia", diz o senhor de 90 anos que carrega no crânio uma válvula para evitar acúmulo de água e inchaço que podia comprometer suas funções cerebrais.

"Na vida, você tem duas atitudes básicas. A primeira é a indignação. A segunda, se conformar. Estava inconformado e comecei a trabalhar ao sair do hospital."

Desde então, o pesquisador e professor aposentado da USP, ex-presidente da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), usa o cérebro privilegiado para desenvolver a tecnologia médica não invasiva.

"Tive a sorte de pegar coisas que aprendi na engenharia, na física e na química para conseguir fazer um medidor da pressão intracraniana (PIC) sem furar o crânio."

Registrou patentes nos Estados Unidos e na Europa e pretende tornar o novo método um novo sinal vital tão corriqueiro como a medição da pressão arterial.

Para atingir o objetivo, o cientista brasileiro fundou e 2014 a Braincare, ao lado de colaboradores e ex-alunos.

Três anos depois, a startup, que une ciência, tecnologia e impacto social, foi uma das 7 entre 500 empresas do mundo a serem escolhidas para aceleração na Singularity University.

O centro de tecnologias exponenciais do Vale do Silício, na Califórnia, aposta que a descoberta científica do brasileiro teria potencial para ganhar escala e impactar 1 bilhão de pessoas nos próximos dez anos.
 

IDEIA SIMPLÓRIA

Mascarenhas explica como tudo começou. "O neurocirurgião que me operou disse que não tinha técnica não invasiva disponível, mas eu sabia da engenharia, onde era professor, que se pode ver a deformação de uma viga com um chip especial que mede deformações muito pequenas."

O mestre diz não se tratar de uma descoberta de grandes gênios, tipo Albert Einstein. "Era simplória até."
O cientista aposentado continua dando aulas de pós-graduação, orientando mestrandos e doutorandos em várias instituições. "É um suicídio me aposentar."

Virou empreendedor social, junto com meia dúzia de sócios, entre eles dois dos quatro filhos e dois ex-alunos da engenharia responsáveis pela modelagem do negócio.

Plinio Targa, por exemplo, virou sócio e diretor-executivo da Braincare há dois anos. Deixou a Ernst Young e ganhos de seis dígitos mensais. Aceitou o convite de Carlos Frederico Bremer, colega de faculdade que vive em Atlanta nos Estados Unidos, para investir no produto criado pelo ex-professor de ambos.

"É uma história que começa num acaso maravilhoso e acaba na quebra de um paradigma de 200 anos na medicina", resume Targa.

O que o físico brasileiro fez foi provar que o cérebro não é uma estrutura rígida e criar um mecanismo para detectar esse movimento.

"Ele desenvolveu um método de monitoramento que permite só encostando um sensor na cabeça mostrar um perfil da complacência cerebral", explica o diretor-executivo, sobre o aparelho, que cabe na palma da mão, ligado a uma cinta em volta do crânio.

MODELO DE NEGÓCIO

Era preciso também botar a cabeça para funcionar e achar formas de fazer do achado um instrumento da medicina.

"O professor nos pediu ajuda para transformar a descoberta numa oferta para a sociedade, mas não sabia como fazer", relata Targa.

Inicialmente, a ideia era montar uma empresa de equipamentos médicos para fabricar monitores, sensores.

Tudo mudou após dois meses no Vale do Silício, quando os parceiros de Mascarenhas entraram em contato com a fronteira da inovação em saúde.

Logo no primeiro dia dentro da Nasa, em Mountain View, onde fica a sede da Singularity, Targa começou a tecer o futuro da Braincare.

Depois da troca de 2.500 emails, 110 reuniões e conexão com uma poderosa rede de mentores nos quatro cantos do mundo. "Criamos ali uma convicção de que estamos diante de uma ruptura gigante."

Decidiram vender um serviço e não um equipamento médico. "Transformamos a descoberta em um software e disponibilizamos um sensor wireless para leitura do sinal vital. Desmaterializamos tudo para deixar a tecnologia acessível", explica Targa.

Com o propósito de atingir o maior número de pessoas em um menor tempo, apostaram em um aplicativo e inteligência na nuvem.

O modelo de negócios é disponibilizar a licença de uso do sensor e a leitura dos dados para hospitais.

NA ROTINA

O primeiro a utilizar a tecnologia em sua rotina será o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

O método Braincare de medição da pressão intracraniana poderá ser usado para auxiliar o diagnóstico em casos de hidrocefalia, AVC, doenças hepáticas e renais, pré-eclâmpsia, hipertensão, meningite e trauma.

Outras duas redes hospitalares no Brasil estão em processo de assinatura de contrato com a Braincare, que já disponibiliza a tecnologia para pesquisa em outros centros de saúde no país e no exterior.

As entidades pagam uma licença, com assinatura mensal de R$ 3.300. "Não cobramos por número de utilização do sensor, pois antes de ser um negócio, temos um compromisso gigantesco com a humanidade", explica o diretor-executivo.

A Braincare está captando US$ 5 milhões junto a investidores brasileiros para começar a ganhar maior escala.

"Vamos perpetuar um sinal vital com uma tecnologia que vai salvar vidas para sempre", empolga-se o executivo.

O diretor-executivo e o fundador da Braincare tiveram um encontro emocionante com Maya, 6, que nasceu prematura, desenvolveu hidrocefalia e se tornou uma das primeiras pacientes beneficiadas pela tecnologia no Brasil.

Em outubro de 2017, em sua 22ª internação e diante do impasse de mais uma cirurgia, a neurocirurgiã da garotinha decidiu usar o método criado por Mascarenhas. Ressonância magnética não era opção nem o método tradicional de inserir um sensor por meio de cirurgia no crânio da menina para fazer o diagnóstico.

Passou-se a monitorar a pressão interna do crânio de Maya com a tecnologia Braincare na UTI e depois em casa.

O caso que mostra os ganhos em velocidade e facilidade de diagnóstico, com melhora na qualidade de vida do usuário, ilustra documentário sobre a startup, a ser lançado até o fim do ano.

Mascarenhas se vale de dois clichês para resumir a história de sucesso. "Você não faz nada sozinho. Trabalhar em ciência, tecnologia, educação, inovação tem que ser com equipe. Sempre tive alunos maravilhosos."

E pede desculpa para citar o que considera um outro clichê: "Professores bons são aqueles que têm alunos melhores que eles. Se não tiver, falhou, não fez a árvore de 800 anos como em Cambridge, na Inglaterra, com Newton, Darwin, a descoberta do DNA."
 

O NOBEL E O FARMACÊUTICO

A árvore de Mascarenhas tem várias ramificações frutíferas.

Um dos galhos é o próprio neurologista que fez a análise do cérebro do professor. O sonho dele era trabalhar com ressonância magnética, que ainda não existia no Brasil. "Na época, eu estava na Itália, dirigindo um curso de física médica e tinha acesso a uma máquina novinha. Consegui levar esse jovem pra lá. Foi ele quem diagnosticou minha doença usando ressonância magnética. É um negócio lindo."

Mascarenhas passou 12 anos na Itália. Foi convidado pelo paquistanês Abdus Salam [1926-1996], ganhador do Nobel de Física em 1979.

Com o patrocínio de um dos mais brilhantes cientistas modernos, o brasileiro teve carta branca, prestígio e dinheiro para fazer biofísica molecular e física médica com cientistas do mundo inteiro.

Mascarenhas diz que fez um Carnaval na Itália, mas sempre voltava para São Carlos, com a visão de criar uma base global. "Se você faz ciência caipira, não entra no mercado. É uma Ferrari dentro da garagem sem gasolina nem motorista."

Saiu da torre de marfim da universidade. "Foi uma sorte tremenda, porque eu sou incapaz de fazer a governança de uma empresa. Meus ex-alunos na engenharia fizeram a bola de neve das coisas que eu não sei. Tive muito apoio, de muita gente, da Fapesp, da Finep, do CNPq. Colaboradores são fundamentais."

E faz questão de citar um em especial, Gustavo Frigieri, diretor científico da Braincare, que conheceu ao telefonar para farmácia em São Carlos para pedir um analgésico para dor de cabeça.

"Tenho a mania de perguntar o nome, o que a pessoa está fazendo, de quem é filho. Aí, a vozinha do outro lado disse: 'Sou farmacêutico, bioquímico'. Respondi: 'Caramba, é uma profissão maravilhosa. Você não gostaria de fazer pesquisa?'"

Diante da negativa do jovem, de que precisava trabalhar para sustentar a mãe e a tia desde que o pai tinha ido embora, ele o convidou para visitá-lo na USP e conseguiu uma bolsa para Frigieri fazer pesquisa.
Hoje, a dupla faz história como inventores do kit de sensor, fita e app que promete revolucionar o diagnóstico de várias doenças.

Mais um lance de uma trajetória de um professor pardal, que há 50 anos inventava um bisturi criogênico para o hospital do câncer em São Paulo.

Ao se aposentar da USP, com o apoio do amigo Adib Jatene, ex-ministro da Saúde, Mascarenhas decidiu criar uma empresa, para que após a sua morte um filho esquizofrênico tivesse um ganha-pão. O negócio vai completar 40 anos ano que vem. "Subiu feito foguete. Tem 90 mil clientes, 3.000 hospitais trabalhando com ela."

A empresa é dirigida por dois filhos de Mascarenhas, que adotou outros dois, fruto de um segundo casamento. O herdeiro que tinha esquizofrenia morreu.

"Continuo pesquisando a doença que matou meu filho. É uma promessa de morte, não de vida", afirma o cientista nonagenário. 'Além disso, estou trabalhando em um projeto que usa inteligência artificial para tratar do Alzheimer", emenda, empolgado com a revolução do terceiro milênio.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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