Cidades

CRIME AMBIENTAL

A cada fim de semana, polícia ambiental descobre 1 caso de caça ilegal em MS

Em 8 meses, 35 caçadores foram flagrados em caçadas ilegais

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A cada fim de semana, a Polícia Militar Ambiental (PMA) descobre em média um caso de caça ilegal em Mato Grosso do Sul. Dados da polícia ambiental apontam que, de fevereiro a setembro desde ano, foi descoberto que pelo menos 35 caçadores abateram cerca de 15 animais em todo Estado, diferente do ano passado que registrou apenas 30 casos.

A caça só é permitida, dependendo das peculiaridades regionais do estado comportarem o exercício, caso haja permissão regulamentada pelo poder público, como por exemplo a caça amadora dos Javalis. O animal é considerado uma das espécies exóticas invasoras mais prejudiciais ao meio ambiente e à economia. Sua caça foi autorizada em todo o país em janeiro de 2013. No Brasil já existem 44.408 registros ativos de "controladores" autorizados a capturar e abater javalis. 

Mesmo com as exceções o código de caça adverte que é proibido o exercício da caçada profissional, de animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais que são propriedades do Estado, sendo proibida a perseguição, destruição, caça ou apanha. 

No entanto, com o decreto autorizado pelo Presidente da República Jair Messias Bolsonaro, do dia 25 de junho, que libera o porte de arma e dá a possibilidade de dobrar o número de armamento para caçadores, há quem diga que esses números só tendem a aumentar.

Segundo decreto, a compra e registro de armas é liberada para caçadores, atiradores profissionais e frequentadores de clubes de tiros, os CACs. Caçadores poderão ter até 15 armas de uso permitido- semiautomáticas ou de repetição. O número total pode dobrar porque foi estabelecido mesmo limite para armas de uso restrito- automáticas, semiautomáticas ou de repetição como por exemplo as armas não portáteis.  

Ainda conforme decreto federal, o caçador proprietário de arma de fogo poderá adquirir até mil munições anuais para cada arma de fogo de uso restrito e cinco mil munições para as de uso permitido registradas em seu nome e comunicará a aquisição ao Comando do Exército, no prazo de setenta e duas horas, contado da data de efetivação da compra, e informará o endereço em que serão armazenadas. 

O decreto também amplia o uso da arma de fogo para moradores de áreas rurais. Até então, o uso era permitido apenas na casa-sede da propriedade. Com a nova lei, está autorizado o uso em todo o perímetro do terreno. Também há uma permissão expressa na norma para que estabelecimentos credenciados pelo Comando do Exército possam vender armas, munições e acessórios. 

Para o diretor de relações Institucionais do Instituto Homem Pantaneiro, coronel reformado Ângelo Rabelo, a caça sempre foi algo cultural em Mato Grosso do Sul e com o porte de arma, existe grande risco de aumento na caça devido ao instinto humano de agressividade ou prazer contra a natureza. “Em 1980 foi o maior período de caça no nosso estado, não só sacrificou vidas na época, como até eu mesmo já fui baleado e para as pessoas era normal caçar no fim de semana, se tornou algo cultural, faziam por prazer ou por hobby, então sim, numa escala muito pontual de pessoas que não tem maturidade para portar uma arma de fogo, por exemplo, o decreto ampara para quem está dentro da propriedade, e a pessoa está na fazenda e aparece o animal, às vezes ela pode atirar só para ver o animal morrer, então pode ser sim que aumente a caça no nosso estado e isso é preocupante”, disse. 

Em contrapartida, o tenente Coronel da Polícia Militar Ambiental (PMA) Ednilson Paulino Queiroz, afirma que o decreto não vai influenciar o aumento da caça por ser uma atividade que desperta grande preocupação em Mato Grosso do Sul e pela população do Estado atingir um nível de sensibilidade. “No nosso estado não é tão preocupante, a gente fiscaliza como um todo, se a gente fiscaliza desmatamento a gente fiscaliza caça também, semana passada, nós pegamos umas pessoas com várias armas, não pegamos a caça, só as armas e todas estavam ilegais, quem está caçando  com arma ilegal vai continuar, com regulamentação ou sem, isso é fato”, disse. 

Ainda segundo Queiroz, a PMA já prendeu pessoas com armas de caça e munições por porte ilegal de armas, que estavam caçando, mas ainda não haviam abatido o animal. "Dessa forma, não há como comprovar a caça e as pessoas não são autuadas pelo crime ambiental, devido à falta de animais abatidos", justificou.

Sobre a prevenção, o tenente coronel citou que a polícia ambiental realiza atividades sincronizadas para prevenir e reprimir a caça, o tráfico de animais silvestres, a manutenção em cativeiro ilegalmente, a caça ilegal e os maus-tratos à fauna silvestre e exótica e, principalmente, a prevenção, por meio da Educação Ambiental. 

CASOS
Neste ano, o que chamou a atenção da Polícia Ambiental para redobrar a atenção aos caçadores foi durante uma apreensão de rifles no município de Miranda, próximo a aldeia Lalima. Na ocasião, os homens conseguiram fugir pela mata, mas os policiais conseguiram apreender dois rifles que estavam sendo utilizados na ação. Eles estavam à margem de uma mata e, quando avistaram a viatura, fugiram pela vegetação fechada.

O caso que viralizou nas redes sociais foi após um caçador, de 68 anos, ter postado na internet vídeo e fotos atirando e depois carneando dois catetos. O infrator confirmou a autoria do crime com uso de arma de fogo que também aparecia no vídeo. Informou ainda estava praticando a caça há alguns meses e que a arma foi perdida no rio durante uma pescaria. Ele foi multado em R$ 1 mil.

No mês passado, policiais da PMA prenderam um homem, de 32 anos, por caçar um animal com uma espingarda calibre .28 de porte ilegal  e duas munições durante uma das operações realizadas contra o tráfico de animais silvestres. O morador da cidade de Novo Horizonte do Sul confirmou aos policiais que tinha ido buscar a arma no assentamento onde mora, mas como havia duas munições deflagradas.

MULTAS
Em 2019, o valor de multas contra caça ilegal dobrou. Até o mês passado, a PMA aplicou cerca de R$ 113.680,00 em multas enquanto que no ano passado, o total registrado foi apenas de R$51.460,00. A maior multa aplicada em apenas uma apreensão foi no dia 11 de março deste ano quando 9 caçadores foram flagrados após ter abatido um jacaré. Na ocasião, eles foram multados no total em R$ 45 mil e autuados em flagrante. 

 

 

 

 

 

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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