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Abandono escolar no Ensino Médio mais que dobrou em MS

Segundo a Secretaria de Educação, em todo o ano de 2021, 1.266 alunos deixaram a Rede Estadual; em 2020, foram 516 estudantes que interromperam os estudos

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Dados da Secretaria de Estado de Educação (SED) mostram que a taxa de abandono escolar no Ensino Médio da rede pública de Mato Grosso do Sul voltou a crescer em 2021. 

O porcentual de estudantes que abandonaram as instituições da Rede Estadual de Ensino (REE) mais que dobrou de um ano para o outro, passando de 0,6% em 2020, o equivalente a 516 pessoas, para 1,4% em 2021, referente a 1.266 alunos.

Ao Correio do Estado, o secretário de Estado de Educação, Hélio Daher, explicou que, diferente da evasão escolar, em que o estudante não retorna mais para o sistema de ensino, o abandono escolar ocorre quando o aluno sai do colégio e retorna no ano seguinte. 

O secretário pontuou que, em 2019, antes da pandemia de Covid-19, a Rede Estadual de Ensino tinha uma taxa de abandono de 6,8% no Ensino Médio, o equivalente a 5.556 estudantes. 

“Em 2020, durante o ensino remoto, fizemos um trabalho muito grande de busca ativa, conseguimos entrar em contato com as famílias e monitorar os estudantes, o que resultou em apenas 0,6% de abandonos. Em 2021, o índice de abandonos aumentou novamente para 1,4%, e creditamos isso ao retorno do ensino presencial. É um dado que quebrou um pouco a nossa sequência de queda dos abandonos”, ressaltou o secretário.

Daher destacou que a necessidade de complementar a renda familiar é um dos principais fatores que contribuem para o aumento do abandono escolar no Ensino Médio.

“No período em que estávamos com aulas remotas, muitos dos nossos estudantes entraram no mercado de trabalho, pois precisavam compor a renda e minimizar os impactos [da pandemia] na família”, disse. 

Uma estudante que preferiu não se identificar relatou ao Correio do Estado que, durante a pandemia, precisou ajudar no sustento da família.

“Como estávamos em ensino remoto, eu ainda conseguia conciliar os estudos com o trabalho. Mas a partir da volta das aulas presenciais, infelizmente, tive que optar por me manter no trabalho”, afirmou a jovem de 18 anos. 

Conforme o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em todo o País, o abandono escolar no Ensino Médio da rede pública mais que dobrou em 2021. Em 2020, o porcentual de estudantes que abandonaram os colégios foi de 2,3%, enquanto, em 2021, a taxa foi de 5,6%.

BUSCA ATIVA

Hélio Daher destacou que o primeiro passo para reverter o quadro de abandono escolar é por meio da busca ativa dos estudantes. Segundo a SED, trata-se de uma estratégia de identificação de crianças e adolescentes que não frequentam ou que, em algum momento, perderam o vínculo com a escola durante a etapa de formação.

Além disso, a iniciativa visa monitorar e atuar preventivamente no caso de estudantes em risco de abandono ou de descontinuidade do processo de escolarização, promovendo acolhimento, cuidado e promoção pedagógica a esses estudantes.

A estratégia consiste em uma série de ações com o objetivo de trazer o aluno para o ambiente escolar, a fim de que não abandone os estudos.

O trabalho da busca ativa escolar prevê a notificação imediata aos conselhos tutelares, no caso de faltas escolares que ultrapassem a marca de 30%, porcentual permitido pela legislação em vigor.

“Não adianta só ir atrás desses estudantes se a gente não mostrar algo que seja atrativo para eles. Começamos, então, a inserir vários cursos de qualificação profissional, desde o ano passado, integrados ao Ensino Médio, para o aluno concluir os estudos com um ponto de interesse e já com um certificado profissional”, frisou Daher. 

Para reverter o quadro de evasão escolar, a SED conta ainda com o Sistema Integrado de Informações e Notificação de Busca Ativa Escolar, para o fortalecimento da articulação da rede de proteção integral e para a garantia do direito à educação.

De acordo com a secretaria, os dados de abandono e evasão escolar na REE referentes ao ano de 2022 devem ser divulgados em março. 

EVASÃO ESCOLAR

Na mesma tendência do abandono dos estudos, a taxa de evasão escolar no Ensino Médio da rede pública de Mato Grosso do Sul voltou a crescer em 2021.

O porcentual de estudantes que abandonaram as instituições da REE quase dobrou em três anos, passando de 0,12%, o equivalente a 289 pessoas, em 2019, para 0,27% no ano de 2021, referente a 518 alunos.

Em 2020, a taxa de evasão escolar na Rede Estadual de Ensino foi de 0,19%, o equivalente à perda permanente de 417 estudantes.

“Normalmente, esse aluno só vai retornar anos depois, por meio do Ensino de Jovens e Adultos [EJA]. São casos em que o estudante fica anos fora do sistema educacional, diferente do abandono escolar, que no ano seguinte conseguimos trazer esse aluno de volta para a rede”, explicou o secretário de Estado de Educação.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

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