Cidades

118 anos

Açaí, fruto típico da Amazônia
virou "febre" na Capital

Produto vem ganhando espaço em praticamente todos os bairros

Bruna Aquino

26/08/2017 - 08h30
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A fonte de renda do novo negócio da família de Carlos Alexandre Mosciaro de Souza, 33 anos, percorre, em média três mil quilômetros até chegar a Campo Grande. O açaí, fruto típico da Amazônia, caiu no gosto dos campo-grandenses e a comercialização da polpa é considerada “febre” entre a população. Assim, tornou-se opção econômica, ganhando espaço em praticamente todos os bairros da cidade.  

A venda do produto foi um escape para a família de Carlos Alexandre Mosciaro de Souza, 33 anos, superar o desemprego. Há um ano e meio, ele e a esposa são proprietários do Açaí Power Mix, uma casa de açaí na varanda do imóvel onde moram, na Rua Roney Paini Malheiros, Bairro Coophamat.

De acordo com Carlos, a ideia de vender açaí veio de uma perda repentina do trabalho. “Trabalhávamos com carteira assinada em uma empresa de televisão a cabo. Só que fomos demitidos do dia para a noite. Com medo da crise e tendo que sustentar os filhos, decidimos começar rápido”, comenta, explicando que montaram o básico para uma casa de açaí em três semanas.

Com a nova chance de ganhar dinheiro, Carlos começou apenas com a polpa do açaí e os acompanhamentos. Depois, com o retorno das primeiras vendas, incrementou com outras sobremesas, como milk shake, e hoje oferece opções como tapioca e cachorro quente. Para Carlos, colocar vários produtos a disposição de quem frequenta o local, mas não é muito fã do açaí é um bom método de conquistar o cliente.

Carlos afirma que a criatividade e a rapidez foram fórmulas para driblar a crise. “Já esperava que o açaí virasse uma febre. Penso que o sol nasce para todos, e precisamos trabalhar. Vai do diferencial de cada um para vender o açaí e conquistar o cliente”, concluiu.

Dessa forma, ele não pensa em parar por aí. Trabalhando com açaí, pretende aumentar o estabelecimento.“Hoje meu lucro é bom e penso em expandir para um espaço maior e gerar emprego para outras pessoas”, comentou.

O aposentado Antônio Carlos de Souza, de 66 anos, cliente do Açaí Power Mix, aprova a ideia de famílias apostarem no negócio próprio, ainda mais com o açaí, que é famoso no Brasil.

“Está mais do que certo as pessoas correrem atrás e terem uma oportunidade para ganhar o próprio dinheiro porque com essa crise não está fácil para ninguém. Além do mais, o produto é bom de vender, eu mesmo já provei o açaí em outros estados, como Bahia e Paraná, mas sem dúvida o de Campo Grande é o melhor”, comentou.


Antônio Carlos de Souza, de 66 anos, afirma que o açaí de Campo Grande é o melhor que já provou.

Já Lethicia Stephane de Almeida, 21 anos, dona do Mega Açaí, na Rua Jenipava, Loteamento Rancho Alegre, há quatro meses viu o amigo desistir do negócio e decidiu apostar sozinha em sua própria casa de açaí.

Para ela, trabalhar com açaí foi uma boa saída para ganhar dinheiro e, com a ajuda dos familiares, as vendas em casa deram certo. A proprietária ainda pensa em, aos poucos, aumentar o negócio. “Penso muito sobre o assunto e o açaí ainda tem muito para desenvolver aqui na cidade”, afirmou.

Segundo Lethicia, com o expediente de terça-feira a domingo e opção de entrega, a movimentação é grande aos finais de semana.

A assistente social Gisele dos Santos, 31 anos, é cliente assídua do Mega Açaí e descobriu a polpa da fruta há cinco meses. De acordo com ela, consome pelo menos três vezes por semana e ficou apaixonada. “Eu adoro. Além da qualidade, o preço é justo e gosto da maneira como é preparado” comentou.

Para Gisele, a forma como as pessoas têm criatividade para descobrir o empreendedorismo na crise e a maneira como trabalham, são incríveis.

A venda do açaí, seja em casa ou quiosque, foi o meio que muitas famílias encontraram para escapar da crise e começar novos projetos, elevando assim, o empreendedorismo em Campo Grande.

 

Cidades

Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

Prognóstico

Verão começa neste domingo e será marcado por calor acima da média em MS

Prognóstico aponta que podem ocorrer ondas de calor no Estado, enquanto as chuvas serão irregulares e podem ficar abaixo da média para a estação

18/12/2025 18h44

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começa às 11h03 (horário de MS) deste sábado (21) e será marcado por chuvas irregulares e temperaturas elevadas em Mato Grosso do Sul. É o que aponta prognóstico divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec).

A estação, que vai até o dia 20 de março de 2026, é climatologicamente caracterizada pelos dias mais longos e noites mais curtas, calor, maior disponibilidade de umidade na atmosfera e aumento significativa de pancadas de chuvas.

O primeiro dia do verão é o dia mais longo do ano e a noite mais curta.

Calor acima da média

De acordo com o prognóstico, a tendência climática para este verão em Mato Grosso do Sul indica temperaturas acima da média histórica, ou seja, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal no Estado.

"Essa condição favorece a ocorrência de períodos mais quentes, sobretudo em dias com menor nebulosidade e ausência de precipitação", diz o documento.

Quanto as temperaturas, a média da estação varia entre 24°C a 26°C. A previsão para o trimestre janeiro-fevereiro-março de 2026 indica que as temperaturas ficarão ligeiramente acima da média histórica, com máximas acima de 30°C.

Segundo o Climatempo, o verão deverá ter maior influência da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e a estação terá períodos de veranico, quando várias áreas do País terão dias mais quentes do que o normal, com menos chuva do que o normal para o período.

O Sul do Brasil e as áreas de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai devem enfrentar períodos de calor intenso, que eventualmente poderão ser considerados como onda de calor, segundo o Climatempo.

Dessa forma, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal em Mato Grosso do Sul.

Chuvas irregulares

A média de chuva que é esperada para o verão, conforme os dados históricos baseados em períodos de 30 anos pelo Cemtec, indicam que as precipitações variam entre 400 a 600 mm. 

Para o verão 2025/2026, a tendência climática indica uma previsão  de irregularidade na distribuição das chuvas ao longo do trimestre.

"Os volumes de precipitação tendem a oscilar em torno da média histórica, podendo apresentar totais ligeiramente acima ou abaixo da média histórica", diz o Cemtec.

Uma característica marcante do verão é a ocorrência de rápidas e frequentes mudanças nas condições do tempo. São comuns as chuvas de curta duração e forte intensidade, conhecidas como chuvas de verão.

Segundo o Cemtec, dependendo do ambiente atmosférico atuante, esses eventos podem evoluir para tempestades intensas, acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento e, ocasionalmente, granizo.

Em razão da intensidade pluviométrica concentrada em curtos intervalos de tempo, essas chuvas podem ocasionar impactos como alagamentos, enxurradas e elevação rápida do nível de córregos e rios, situações típicas do período de verão.

A maior frequência dessas tempestades ocorre, geralmente, no período da tarde, em decorrência do aquecimento diurno mais acentuado e dos mecanismos de modulação diurna da atmosfera.

Além disso, o verão é o período do ano de maior incidência de raios.

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