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Adesão à restrição de celular em sala de aula supera expectativas em MS

Proibição do uso dos aparelhos foi bem recebida pelos estudantes; Secretaria de Estado de Educação prepara campanha

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A primeira semana de restrição do uso de celulares nas escolas teve forte adesão dos estudantes e de seus responsáveis. Na Secretaria de Estado de Educação (SED), o diagnóstico é de que eles e as famílias contribuíram bastante para o cumprimento da lei federal.

Mesmo em processo de adaptação às novas normas, a orientação de manter os celulares guardados na mochila ou em armários vem sendo seguida pelos alunos em sala de aula. Campanhas de conscientização sobre o tema serão realizadas pelo governo do Estado. 

Ao Correio do Estado, o secretário de Estado de Educação, Hélio Queiroz Daher, analisou a primeira semana de implementação da lei nas escolas estaduais.

“Observamos que as escolas souberam conduzir bem a aplicação da regra. Estamos em um momento de transição, mas conseguindo trabalhar muito bem na conscientização, envolvendo as famílias para orientar os filhos a não insistirem no uso. A gente espera que nos próximos dois meses esta restrição já esteja normalizada nas escolas”, declarou o secretário.

Segundo Daher, até o momento não houve nenhum conflito informado à SED de descumprimento da lei por parte dos alunos. Está prevista uma reunião com todos os diretores das escolas no início de março, quando será discutida a implementação da lei de forma mais ampla.

“Até agora não tivemos relatos de problemas com a restrição do uso do celular. Queria aproveitar para agradecer às escolas e às famílias, que entenderam o trabalho. Estamos satisfeitos com o feedback que estamos recebendo justamente porque não ocorreram grandes conflitos. Então, cabe um agradecimento à sociedade sul-mato-grossense, que entendeu a importância desta ação”, complementou o titular da SED.

Márcio Beretta Cossato, diretor da Escola Lúcia Martins Coelho há cinco anos, também relatou que a orientação para os alunos sobre a proibição do uso de celular vem sendo abordada diariamente na escola.

“Falamos com os alunos sobre a importância da não utilização do telefone dentro do espaço escolar. Orientamos para não trazer o aparelho, mas, se o aluno traz, falamos para deixar o celular guardado dentro da mochila”, informou o diretor.

Questionado sobre a comunicação externa dos alunos, caso seja necessário falar com os familiares, o diretor esclareceu que o contato com os estudantes deve ser feito por meio da coordenação da escola.

“Orientamos que, caso o aluno necessite se comunicar com a família, procure a coordenação. Se a família liga, a coordenação vai até a sala e chama o aluno”, disse Cossato.

CONSCIENTIZAÇÃO

Está previsto na Lei nº 15.100/2025 que caberá às redes de ensino e às escolas elaborar estratégias para tratar do tema do uso imoderado dos aparelhos celulares e o acesso a conteúdos impróprios pela internet na Educação Básica.

Esse tipo de abordagem deve ser feita pela Secretaria de Educação a partir de março, quando está previsto o lançamento de uma campanha estadual que abordará o uso indevido do celular.

“Em março, vamos reforçar o trabalho das escolas com uma campanha na Rede Estadual de Ensino [REE] sobre a importância de se guardar o celular e ter foco na aula, e não na conversa. Nós temos um grupo de crianças que tem um certo vício em tela, então, até um trabalho de conscientização sobre saúde mental, sobre desprender [do celular] está sendo feito”, disse Hélio Daher, sobre a abordagem das campanhas.

Segundo a lei federal, as escolas são as responsáveis por divulgar as normas, educar sobre os riscos do uso excessivo de tecnologia e aplicar medidas disciplinares em casos de descumprimento das regras, que vão desde advertências até o recolhimento temporário do aparelho. 

A iniciativa reflete uma preocupação crescente com os impactos negativos da tecnologia na vida dos jovens e busca promover um ambiente mais propício ao aprendizado.

FOCO NOS ESTUDOS 

Em entrevista ao Correio do Estado, a estudante do 2º ano, Ana Clara Coelho Pirani, de 16 anos, comentou que dentro da sala de aula o foco dos alunos nos estudos aumentou com a implementação da lei.

“Esta proibição é boa, porque melhora o nosso aprendizado. Antes da proibição, a gente estudava, mas a nossa cabeça ficava pensando em olhar o celular para ver mensagem, conferir os stories, mas agora temos foco no estudo”, declarou a estudante.

Sobre a restrição até na hora do intervalo, Ana Clara entende que a mudança é benéfica para incentivar a socialização entre os colegas.

“Podemos, no intervalo, usar o tempo para praticar o esporte que a escola oferece, socializar, então, não ficamos mais divididos entre o uso de celular e a socialização”, acrescentou.

Para a professora Vivian Fernanda Meira de Souza, que dá aulas de biologia na Escola Lúcia Martins Coelho, a restrição do uso do celular vai melhorar a qualidade da aprendizagem dos estudantes.

“Neste início de adaptação, o professor tem o papel fundamental de orientar os estudantes. Eu senti que, no fim das aulas, os alunos parecem estar com abstinência do uso do celular, então, essa mudança será positiva para que este processo valide o ensino e a aprendizagem”, analisou a professora.

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saúde

MS registra mais 9 casos da gripe K e número chega a 12

9 novos casos encontram-se em investigação epidemiológica, afirmou a SES-MS

23/12/2025 10h40

Átomo H3N2

Átomo H3N2

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Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS) apontam que 9 novos casos da Gripe K foram registrados em Mato Grosso do Sul.

Na semana passada, 3 casos foram confirmados. Com isso, o número chega a 12.

Os casos foram confirmados em Campo Grande, Costa Rica, Nioaque, Ponta Porã e Três Lagoas. Os infectados possuem 3 meses, 5 meses, 1 ano, 3 anos, 5 anos, 6 anos, 11 anos, 20 anos, 73 anos, 77 anos, 82 anos e 87 anos.

De acordo com a SES-MS, todos os nove novos casos confirmados do subclado K da Influenza A (H3N2) encontram-se em investigação epidemiológica. Para subsidiar a análise, foram solicitadas informações complementares aos respectivos municípios de residência dos pacientes.

Após a confirmação dos casos, a SES-MS emitiu alerta epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do Estado.

GRIPE K

Gripe K é uma variação genética da Influenza A (H3N2) e não se trata de um vírus novo.

As vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protegem contra formas graves de gripe, inclusive as causadas pelo subclado K.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o subclado K tem apresentado crescimento acelerado na Europa e Ásia.

Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum:

  • febre
  • dor no corpo
  • dor de cabeça
  • dor de garganta
  • tosse
  • cansaço
  • falta de ar

As principais formas de evitar a doença são:

  • vacinação
  • ventilação de ambientes
  • uso de álcool gel
  • higienização das mãos
  • uso de máscara para pessoas infectadas

Até o momento, não há indícios de gravidade ou alarmismo para a doença.

TEMPO

Capital tem o dezembro mais chuvoso dos últimos seis anos

Acumulado até ontem era de 212,4 milímetros, o que já é superior à média climatológica do mês no Município; volume fica abaixo apenas do registrado em 2019

23/12/2025 09h00

Marcelo Victor/Correio do Estado

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Após anos de seca, Campo Grande viu a chuva voltar com força este ano. Só nos primeiros 22 dias de dezembro, o acumulado já chegou a 212,4 milímetros, o maior volume dos últimos seis anos na cidade.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acumulado até ontem na Capital já é superior à normal climatológica, ou seja, a média para o mês no Município (considerando o período de 1981 a 2010), que é de 206,0 mm.

A última vez que choveu maior volume em Campo Grande foi em dezembro de 2019, quando foram registrados 249 mm, porém, o valor considera o mês inteiro, o que significa que ainda há possibilidade de este volume ser superado neste ano.

Além de ser o dezembro mais chuvoso dos últimos seis anos, este é o mês mais chuvoso deste ano, superando abril, quando foram registrados 204,8 mm.

Este ano também registrou alguns recordes, por exemplo, abril foi o mais chuvoso da história de Campo Grande, enquanto novembro teve o maior acumulado de chuva em 10 anos, conforme matérias do Correio do Estado.

Ao todo, o acumulado deste ano estava em 1.170,8 mm até ontem, conforme dados do Inmet. O volume é quase o dobro do registrado em todo o ano passado, quando foram apenas 780,6 mm, que foi o período com o menor acúmulo de chuvas da história em Campo Grande, de acordo com dados anuais da estação meteorológica do Inmet desde 1981.

ESTRAGOS

A chuva deste ano veio acompanhada de estragos nas ruas da cidade. Em abril, a situação mais crítica foi registrada na região da Chácara dos Poderes, onde a Estrada SE-1 precisou ser interditada em função da abertura de uma cratera na via de terra.

Já em novembro o acumulado de vários dias de chuva forte resultou em carros arrastados pela enxurrada na Praça Itanhangá e asfalto arrancado na rotatória das Avenidas Rachid Neder e Ernesto Geisel, além de dezenas de árvores que caíram sobre fiação de energia elétrica.

PREVISÃO

Para esta semana, segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), há possibilidade de chuva no Estado.

Hoje o sol deve ficar entre nuvens em todo MS. Em Campo Grande, há possibilidade de pancadas de chuva, principalmente durante a tarde e à noite. Também pode chover nas regiões, sul, norte e oeste do Estado. Já no leste o sol brilha entre nuvens.

Ontem Campo Grande teve períodos de nebulosidade e de sol forte durante toda a manhã e à tarde - Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

A temperatura deve variar de 23°C a 31°C na Capital e chega à máxima de 36°C em Três Lagoas e Paranaíba.

Na quarta-feira, o dia na Capital deve ser ensolarado, com máxima de 32°C. Há possibilidade de chuva no sul, norte e oeste do Estado.

O dia de Natal deve ser quente em Campo Grande, com máxima de 33°C e sol entre nuvens.

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