Cidades

pontes de embarque

Aena anuncia R$ 600 milhões para três aeroportos de MS

Obras de ampliação do aeroporto de Campo Grande começaram há pouco mais de um mês e a previsão é que sejam concluídas até junho de 2025

Continue lendo...

Pouco mais de um mês depois do início das obras para instalação de três fingers no aeroporto de Campo Grande, o comando da espanhola Aena anunciuou nesta terça-feira (17) que está investindo em torno de R$ 600 milhões na reforma dos aeroportos da Capital, de Ponta Porã e Corumbá. 

O anúncio foi feito durante cerimônia para marcar o início das obras de ampliação e modernização dos três aeroportos e para inaugurar uma sala multissensorial no aeroporto de Campo Grande, que esta sob a administração da estatal europeia desde outubro 2023.

Na pista de Campo Grande, as obras são uma exigência do contrato concessão e deverão ser concluídas até junho de 2026, conforme determina co contrato. O consórcio responsável pela execução dos trabalhos é formado pela Construcap e Copasa, duas das maiores construtoras do Brasil.

A capacidade do aeroporto de Campo Grande passará de 1,5 milhão de passageiros por ano para  para 2,6 milhões de passageiros por ano (85% maior que a atual). 

Previsão é de que três pontes de embarque sejam instaladas até junho do próximo ano no aeroporto de Campo Grande

Com os projetos da operadora, o aeroporto de Campo Grande ganhará um segundo andar no terminal de passageiros e três pontes de embarque e desembarque. Em Ponta Porã está prevista a ampliação que vai triplicar o tamanho total do terminal de passageiros e a reforma em Corumbá vai dobrar a superfície da área pública.

Acolhimento

 Além do anúncio de investimentos, a Aena inaugurou a Sala Multissensorial no terminal de Campo Grande, uma iniciativa do Programa de Acolhimento ao Passageiro com Transtorno do Espectro Autista (TEA), do Ministério de Portos e Aeroportos.

Pessoas neurodivergentes costumam apresentar algum tipo de hipersensibilidade a estímulos sensoriais. Para elas, situações que parecem rotineiras à maioria dos passageiros – avisos sonoros e luminosos, movimentação intensa de pessoas, barulho das malas de rodinha – são fontes de estresse intenso e podem desencadear crises.

A sala multissensorial oferece ao passageiro um ambiente de descompressão, equipado com simulador de aeronaves e outros elementos capazes de regular o estresse desses passageiros.

A solenidade para marcar o início das obras de ampliação desta terça-feira conta com a presença do ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; da ministra do Planejamento, Simone Tebet; do governador Eduardo Riedel e de uma série de outros representantes da classe política. 

Do evento participaram também os prefeitos de Corumbá e Ponta Porã. A prefeita de Campo Grande, porém, alegou problema de saúde na família e foi representada pela vice, Camila Nascimento. 

MELHORIAS

Aeroporto Internacional de Campo Grande

-Ampliação do terminal de passageiros de 10.000 m² para 12.000 m²
-Construção de novo pavimento no terminal
-Instalação de três pontes de embarque
-Nova área para o parque de abastecimento de aeronaves (mobilização após a fase 1B)
-Pátio com 11 posições para estacionamento de aeronaves comerciais 
-Aumento da capacidade para 2,6 milhões de passageiros por ano (85% maior)
-Check-in com 20 posições 
-Sala de embarque com 7 portões e 1.830 m²
-Infraestrutura para receber voos internacionais

Aeroporto Internacional de Ponta Porã

-Ampliação do terminal de passageiros de 800 m² para 2.600 m²
-Sala de embarque com 2 portões e 350 m²
-Check-in com 8 posições
-Novas áreas de escape no final da pista, em ambas as cabeceiras
-Pátio com 3 posições para estacionamento de aeronaves
-Aumento da capacidade para 100 mil passageiros por ano (70% maior)
-Novo estacionamento de veículos 

Aeroporto Internacional de Corumbá

-Ampliação do terminal de passageiros de 1.950 m² para 2.850 m²
-Sala de embarque com 2 portões e 350 m²
-Check-in com 6 posições
-Novas áreas de escape no final da pista, em ambas as cabeceiras
-Pátio com 4 posições para estacionamento de aeronaves
-Aumento da capacidade para 100 mil passageiros por ano (100% maior)
-Instalação de PAPI na cabeceira 09 
-Superfície da área pública será duplicada
 

Cidades

Adolescente comete latrocínio e capota carro da vítima em MS

Vítima foi encontrada carbonizada após incêndio causado pelo jovem

20/12/2025 10h30

Divulgação/PCMS

Continue Lendo...

Um adolescente de 17 anos foi apreendido em flagrante pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por intermédio da Delegacia de Rio Verde e com apoio da Polícia Militar, na madrugada da última sexta-feira (19). O jovem foi responsável por cometer  ato infracional análogo ao crime de roubo seguido de morte (latrocínio). 

Por volta das 4h30, os policiais foram acionados para atender a uma ocorrência de incêndio em uma casa no bairro Jardim José Antônio. Dentro do imóvel, foi encontrado um corpo carbonizado. A identificação da vítima será confirmada por exames periciais.

LATROCÍNIO

Conforme apurado durante a investigação, o adolescente teria agredido a vítima com o objetivo de subtrair bens. Ele levou dinheiro, um aparelho celular e um carro.

O automóvel foi localizado capotado na BR-163. O adolescente foi socorrido e encaminhado ao hospital municipal.

Na casa do jovem, foram apreendidos dinheiro e o aparelho celular pertencentes à vítima.

Após deixar a unidade de saúde, o adolescente foi apreendido e encaminhado à delegacia, onde foram adotadas todas as providências legais, com comunicação ao Juízo da Infância e Juventude e ao Ministério Público, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

As investigações prosseguem para o completo esclarecimento dos fatos e para verificar eventual participação de outras pessoas.

APAGAR DAS LUZES

MPMS suspeita de corrupção milionária na iluminação pública

Após passar por várias cidades de MS, grupo de elite contra a corrupção fecha o ano com operação na prefeitura da Capital

20/12/2025 08h00

Operação Apagar das Luzes foi realizada na Capital e na cidade de Balneário Piçarras, em Santa Catarina, com cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão

Operação Apagar das Luzes foi realizada na Capital e na cidade de Balneário Piçarras, em Santa Catarina, com cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão Marcelo Victor

Continue Lendo...

O Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) bateu à porta do 13º município este ano, desta vez em Campo Grande, que foi alvo de investigação por suposto superfaturamento milionário em contratos de iluminação pública que foram firmados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep).

Em nota, o MPMS afirmou que os contratos apontados com indícios de corrupção foram firmados no ano passado e ainda estão em vigência.

“As investigações indicam a ocorrência de reiteradas fraudes nos processos licitatórios, tendo sido identificado superfaturamento superior a R$ 62 milhões”, diz a nota do MPMS.

Porém, ao Correio do Estado, o titular da Sisep, Marcelo Miglioli, diz que o promotor de Justiça responsável pelo caso o informou que estão em investigação os contratos que foram firmados em 2018, na antiga licitação, e encerram-se em 2023, quando houve um novo leilão.

Ainda segundo ele, a operação de sexta-feira gira em torno de duas empresas principais: as construtoras B&C e JLC, ambas com sede em Campo Grande.

“O que foi passado para mim é que a investigação foi em cima da B&C e da JLC. Foi o que foi passado para mim pela promotoria e eram as duas que constavam nas licitações lá de trás, de 2018”, explica o secretário que administra a Pasta desde novembro de 2023, quando substituiu o engenheiro civil Domingos Sahib Neto.

Segundo o site de transparência da prefeitura, a iluminação pública de Campo Grande é dividida em sete contratos independentes para cada uma das regiões da cidade: Anhanduizinho (Lote 1); Bandeira (Lote 2); Centro (Lote 3); Imbirussu (Lote 4); Lagoa (Lote 5); Prosa (Lote 6); e Segredo (Lote 7).

A construtora B&C é responsável pelos lotes 4, 5 e 7, que somados estão avaliados em R$ 14.885.371,67. Já a empresa JLC administra a iluminação dos lotes 1, 2 e 3, que resultam em R$ 17.837.068,21. 

Avaliada em R$ 4.300.411,70, o lote 6 ficou sob responsabilidade da M.R Construtora, outra que Miglioli afirma que pode ser investigada por estar envolvida nos contratos, mas destaca que os dois principais alvos são a B&C e JLC por causa da licitação de 2018, quando apenas as duas geriam as manutenções de iluminação pública na Capital. 

Ainda no site da transparência municipal, é possível observar que durante este um ano de vigência dos atuais contratos, todos eles passaram por reajuste que superam a casa dos 100%, ou seja, mais do que dobraram. À reportagem, Miglioli contesta que esse aumento pode ser considerado “abusivo”.

“Tudo que a gente fez na nossa gestão é perfeitamente explicável. Essa é uma conta importante de se fazer, porque esses contratos são com renovação anual, mas é um contrato originário de uma licitação só. Eu não faço uma licitação anual, então, os valores vão sendo cumulativos”, diz o secretário.

Além das empresas, dois servidores públicos também foram alvo do Gecoc, mas não tiveram seus nomes divulgados. De acordo com o titular da Sisep, um dos envolvidos já está aposentado, mas ainda estava ativo quando os novos contratos foram firmados no ano passado, enquanto o outro ainda segue em atividade na secretaria.

Em coletiva realizada após o cumprimento dos mandados, Miglioli disse que, como ainda não há comprovação de que tenha havido superfaturamento, os contratos serão mantidos normalmente, visto que também não existe base legal para a suspensão dos contratos.

O mesmo vale para o servidor da ativa, segundo o titular da Pasta. Por enquanto, nem mesmo perderá seu cargo de confiança, a não ser que haja uma determinação judicial. “Não posso ser irresponsável e fazer juízo de valor. Estamos falando aqui de vidas, de pessoas humanas”, afirmou o secretário.

Operação Apagar das Luzes foi realizada na Capital e na cidade de Balneário Piçarras, em Santa Catarina, com cumprimento de 14 mandados de busca e apreensãoMinistério Público de MS recolheu malotes com documentos de empresas alvo da operação durante a manhã de sexta-feira na Capital - Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

MANDADOS

A Operação Apagar das Luzes foi realizada na Capital e na cidade de Balneário Piçarras, em Santa Catarina, com cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão, a maioria no município sul-mato-grossense.

Somente neste ano, são 11 operações deflagradas pelo MPMS contra 13 municípios do Estado. O órgão já identificou corrupção em contratos de publicidade, engenharia, pavimentação asfáltica, informática, tecnologia, saúde, educação e obras, todas em cidades do interior, com exceção da ação de sexta-feira.

IMPOSTO DA LUZ

Uma matéria do Correio do Estado já demonstrou que Campo Grande é uma das capitais que mais arrecada com a Contribuição de Custeio da Iluminação Pública (Cosip) no País. Em 2022, por exemplo, a capital de Mato Grosso do Sul arrecadou mais com a taxa que vem embutida na conta de luz das casas e das empresas que a prefeitura de Curitiba (PR).

No ano avaliado pela Frente Nacional de Prefeitos, foram auferidos R$ 143.941.441,09 com a contribuição, a 10ª maior arrecadação bruta desta modalidade no Brasil. No mesmo ano, a prefeitura da capital paranaense, que tem o dobro do tamanho, arrecadou R$ 132.224.683,35 com a mesma contribuição para o custeio da iluminação pública.

A comparação não fica apenas entre a capital de Mato Grosso do Sul e a do Paraná. Na Região Centro-Oeste, Campo Grande é a campeã em receita com a Cosip, embora tenha 539.299 habitantes a menos que Goiânia (GO) – que tem 1,4 milhão de habitantes, conforme o mesmo Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A capital de Goiás arrecadou R$ 103.115.825,40 com a contribuição em 2022.

Na previsão de receita da Prefeitura para 2025, divulgada em dezembro de 2024, o Município diz ter a expectativa de arrecadar R$ 104 milhões por meio do Cosip.

O montante recolhido a título de Cosip deve ser repassado ao tesouro municipal pela empresa distribuidora. Essa quantia é vinculada à prestação do serviço de iluminação pública e não pode ser utilizada para outros fins.

*SAIBA

A Construtora JLC venceu há dois meses a disputa para fazer a iluminação natalina da Capital neste ano, com orçamento de R$ 1,7 milhão. A empresa é responsável por fornecer, instalar e desinstalar a decoração natalina, em contrato firmado no dia 17 de novembro e que expira no dia 15 de fevereiro.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).