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MOROSIDADE

Aeroporto é finalmente reinaugurado em MS, mas segue sem voos

Fechada para obras de ampliação desde maio de 2021, o aeródromo de Dourados foi entregue nesta sexta-feira pelo ministro dos Portos e Aeroportos

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Fechado desde maio de 2021 para reformas e ampliação da pista, o aeroporto de Dourados recebeu investimentos de R$ 97 milhões e foi finalmente reinaugurado na manhã desta sexta-feira (14). Porém, por enquanto não existe previsão de data para retomada de voos comerciais. 

Antes do fechamento, a segunda maior cidade do Estado tinha voos diários da Azul e da Gol, para os aeroportos paulistas de Viracopos e Guarulhos, respectivamente. 

E no mesmo dia em que ocorreu a inauguração, que contou com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o governo estadual finalmente publicou o edital para licitar as obras de ampliação do terminal de embarque. 

Embora a licitação esteja sob responsabilidade da Agesul, os recursos serão federais e a previsão é de que sejam investidos, no máximo, R$ 38.928.934,45 no terminal. O vencedor desta disputa deve ser conhecido no próximo dia 4 de abril. 

Além dos investimentos no novo terminal de passageiros, haverá investimentos na seção contra incêndio (SCI), e estação prestadora de serviço de telecomunicação e tráfego aéreo (EPTA), além de serviços auxiliares, totalizando R$ 44,4 milhões. Desses, R$ 6,4 milhões são uma contrapartida do Estado de Mato Grosso do Sul. 

O novo terminal terá 2,6 mil metros quadrados, o que pe quase três vezes maior que o atual. A obra será afastada do atual prédio, evitando assim possíveis transtornos aos usuários do aeroporto depois que os voos forem retomados. 

SEM DATA

Conforme declaração do prefeito Marçal Filho ao site Douradosnews,  agendas estão programadas para abril na intenção de acelerar o processo para retomada dos voos comerciais. A expectativa é de que as aeronaves comerciais comecem a atender Dourados ainda no primeiro semestre de 2025, segundo ele. 

“Nossa parte está pronta. Eu já estive com a Azul, em São Paulo, e mês que vem tenho reunião marcada com a Infraero e a Gol para solicitar a eles a volta dos voos”, afirmou o prefeito durante o anúncio da construção de 581 unidades habitacionais indígenas em vários municípios, incluindo Dourados, por parte do Governo Federal.

Diante do problema, o ministro Silvio Costa Filho também destacou a necessidade de uma articulação para que companhias voltem a operar o mais rápido possível. 

“O aeroporto de Dourados passou um bom período paralisado. Então, tomamos a decisão política de fazer o aeroporto, a primeira etapa entregue hoje com a pista pronta, iluminada, segurança de voo instalada para receber aviões de todo o Brasil. Agora, a mobilização, e conversávamos isso, estamos buscando em breve uma reunião com a bancada [de MS] no Congresso e o governador para buscarmos voos de outras companhias aéreas para ampliar a operação em Dourados”, afirmou o ministro. 

OBRA DO EXÉRCITO

Os trabalhos de ampliação da pista e demais obras ficaram sob responsabilidade do Exército, que assinou ainda em 2017 acordo com a prefeitura. A previsão era concluir os trabalhos em setembro de 2022. .

Porém, no meio do caminho descobriu-se que a pista estava tomada por uma série de defeitos, como ondulações que impediam o pouso seguro de qualquer tipo de aeronave. 

Por isso, foi necessário um novo recapeamento para corrigir o problema. Inicialmente orçada em R$ 40 milhões, a obra consumiu 150% acima disso.

Em cerca de 400 metros da parte nova da pista o pavimento teve de ser praticamente refeito, com  a colocação de duas novas capas de asfalto para acabar com as ondulações. 

E, além desse recapeamento, o serviço de drenagem no entorno da pista também teve de ser refeito. Isso porque em meio às fortes chuvas do começo de 2023, quando caíram 275 milímetros durante 18 dias, ocorreram uma série alagamentos e infiltrações no meio da pista, que foi alargada e ampliada para 1.775 metros de comprimento, tamanho suficiente para receber aeronaves de grande porte. 

D-Edge

Tradicional casa noturna de campo-grandense em SP abriga culto evangélico e vira alvo de polêmica

Espaço em São Paulo repercutiu após cantora e pastora Baby do Brasil discursar que mesmo em casos de abuso sexual, o perdão deve ser incondicional

14/03/2025 18h30

Em culto, cantora e pastora Baby do Brasil pediu para que vítimas de abuso sexual 'perdoem' seus agressores

Em culto, cantora e pastora Baby do Brasil pediu para que vítimas de abuso sexual 'perdoem' seus agressores Foto: Reprodução

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Uma casa noturna de São Paulo repercutiu nas redes sociais após a realização de um evento evangélico ocorrido na noite da última segunda-feira (10).

Durante o culto, a cantora e pastora Baby do Brasil discursou dizendo que, mesmo em casos de abuso sexual, se ocorrido dentro da família, o perdão deve ser incondicional.

Conforme a pastora, "Se teve abuso sexual, perdoa. Se foi da família, perdoa", enfatizou. O comentário gerou várias críticas e debates.

Após a imediata repercussão negativa, o campograndense e dono do estabelecimento, Renato Ratier, publicou uma nota oficial nesta tarde de quarta-feira (12).

No texto, o empresário destacou que o discurso não representa seus valores e nem os da D-Edge, nome oficial da tradicional casa noturna.

"Infelizmente, algumas falas isoladas de convidados vão contra aquilo que acredito. Antes de mais nada, quero expressar meu profundo respeito a todas as pessoas que foram atingidas por declarações de terceiros durante o culto e reafirmar os valores que sempre guiaram minha trajetória. Jamais foi minha intenção ferir ou desrespeitar qualquer pessoa", disse Ratier.

O campograndense reforçou ainda que o evento foi um caso isolado e que a programação tradicional deve retornar.

"O evento do culto foi uma exceção isolada e não irá mais acontecer. A casa continua com suas atividades normais, oferecendo a cada noite um espaço de música eletrônica, como sempre fez", concluiu.

Influente na cena da música eletrônica, vale destacar que a D-Edge já foi palco de apresentações de artistas renomados do gênero, como Steve Aoki, Mark Farina e Gui Boratto. 

O culto "Frequência de Deus" foi marcado por louvores e testemunhos religiosos e reuniu aproximadamente 150 pessoas na casa noturna.

Confira a nota publicada por Renato Ratier:

 

 

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RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

Concessionária que administra usina de MS é processada pelo MPF

A UHE Ilha Solteira, localizada no Rio Paraná e instalada entre o município paulista e Selvíria, está há mais de 50 anos sem cobertura florestal, segundo ação do órgão fiscalizador

14/03/2025 17h00

Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, com a concessionária processada pelo MPF

Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, com a concessionária processada pelo MPF Foto: Divulgação

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A concessionária Rio Paraná Energia S.A., que administra a Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira (SP), localizada no Rio Paraná e instalada entre o município paulista e Selvíria, está sendo processada pelo Ministério Público Federal (MPF) por “negligenciar” a cobertura florestal do reservatório.

Segundo ação civil pública, o órgão fiscalizador cobra que a concessionária realize a recuperação ambiental da faixa que contorna todo o lago da usina no prazo estabelecido na licença ambiental.

Ainda, o MPF reforça que desde 2016, quando a empresa “adquiriu” a administração da unidade, reflorestou apenas 3,66% do que deveria na área degradada: 235,5 hectares contra 6.427,91 hectares.

Diante disso, o órgão exige que a Justiça Federal ordene que a concessionária plante 671 mil mudas de árvores por ano, além de investir R$ 7,7 milhões anuais em medidas para a recomposição florestal. Tudo isso dentro de 16 anos, já que o limite previsto na licença de operação da usina é de 25, mas nove já passaram.

Também consta na ação que a Rio Paraná deve iniciar o plantio de uma faixa de árvores na divisa entre a área de preservação permanente da unidade e as propriedades vizinhas dentro de 90 dias, como se fosse um primeiro passo para o cumprimento da punição.

Esse mesmo prazo de três meses também vale para a empresa elaborar um projeto ambiental de reflorestamento da área, com cronograma detalhado, solicitado pelo MPF e já pedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) há quatro anos, mas sem resposta adequada da concessionária.

Como forma de comprovar que a empresa tem condições de realizar todas essas solicitações, o MPF afirmou que todo o investimento necessário para concluir o reflorestamento representa menos de 6% do lucro líquido da Rio Paraná, que chegou a R$ 2,2 bilhões em 2023.

Por fim, o órgão pede que haja punições para a empresa no caso de descumprimento das medidas, como, por exemplo, R$ 100 milhões para cada ano de atraso na conclusão do reflorestamento.

UHE Ilha Solteira

A Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira começou suas operações em julho de 1973. Hoje, ela é uma das dez maiores usinas do Brasil em capacidade instalada, com 3.444 MW.

Segundo dados da CTG Brasil, detentora da empresa Rio Paraná Energia S.A., gerou no ano passado cerca de 11.768.314 MWh, suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 4 milhões habitantes.

O reservatório da UHE Ilha Solteira tem um volume de cerca de 21 bilhões de m³, o equivalente a seis vezes a Baía da Guanabara no Rio de Janeiro.

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