Mesmo faltando medicamentos e exames que são de extrema importância para o tratamento de crianças e adolescentes atendidos no Centro de Tratamento de Oncologia Infantil (Cetohi), no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), em Campo Grande, o setor só deve ser transferido para o Hospital do Câncer Alfredo Abrão (HCAA) no final de 2020.
Conforme informações do diretor-geral do HCAA, Marcelo Santos Souza, as obras para receber a ala de atendimento, que já estão em andamento, só devem ser terminadas neste período citado. “Agora é impossível a gente receber porque não temos espaço; não tem onde colocar o setor. Só quando as obras acabarem”, disse ele ao Correio do Estado.
O serviço funciona em comunhão com a Associação dos Amigos das Crianças com Câncer (AACC) e a Secretaria do Estado de Educação (SAD), proporcionando atendimento voluntário multidisciplinar, com apoio biopsicossocial, com atividades específicas das áreas da nutrição, enfermagem, fisioterapia, psicologia, assistência social e ludicopedagogia, que inclui a escolaridade formal.
Mas em decorrência da falta de medicamentos a AACC/MS fará uma denúncia formal ao Ministério Público do Estado (MPMS) contra o hospital. Segundo a assessoria da associação, o setor vem enfrentando a falta de quimioterápicos há mais de um ano.
Entre os medicamentos está um dos mais eficazes no tratamento da leucemia infantojuvenil, a Vincristina, cuja falta é determinante no tratamento das crianças assistidas. Além disso, exames laboratoriais estão também faltando. O déficit pode comprometer na cura dos pacientes.
CETOHI
O setor funciona desde maio de 2000 e atende crianças e adolescentes de 0 à 18 anos, portadores de doenças onco-hematológicas. Por mês, o hospital mantém uma média de 60 a 70 crianças em quimioterapia. Já as consultas ambulatoriais são 100 por semana.
Todos os tratamentos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o Cetohi proporciona ainda atendimento especializado em doenças oncológicas e hematológicas não neoplásicas.


