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Além dos olhos, lavoura de girassol enche o bolso

Neste ano, faturamento bruto da lavoura deve ser 50% superior ao retorno do milho safrinha, que está com os preços em queda

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A lavoura de 396 hectares de girassol próximo à usina termoelétrica William Arjona, na saída de Campo Grande para Sidrolândia, atraiu em torno de 15 mil curiosos no feriadão da semana passada, segundo o proprietário da fazenda, João Carlos Libreloto Stefanello. Mas, além de atrativo turístico, a plantação também é lucrativa e dará retorno 50% superior ao do milho safrinha, que foi a opção da maior parte dos produtores do Estado. 

Se tivesse plantando milho, João Carlos, único produtor de girassol da região central do Estado, estaria faturando em torno de R$ 3 mil por hectare, levando em consideração o baixo preço do produto neste ano, em torno de R$ 38 a saca. Com a “flor”, vai faturar em torno de R$ 4,5 mil, já que a saca da semente de girassol tem cotação semelhante à da soja (R$ 130,00) e rende em torno de 35 sacas por hectare, explica o produtor. 

Além disso, diz, os  gastos para produzir girassol geralmente são menores que os custos do milho nesta época do ano. No ano passado, exemplifica, os produtores tiveram de passar agrotóxico até oito vezes contra a chamada cigarrinha do milho. 

“Na produção de girassol também são necessários alguns cuidados, mas são menores”, garante João Carlos, que é agrônomo e desde o início dos anos 80 do século passado cultiva a planta que nos últimos anos virou atrativo turístico. "A falta de opção de lazer dos campo-grandenses ajuda a explicar esse interesse todo pela planta", acredita o produtor

E apesar da grande quantidade de gente na lavoura, só no último domingo foram em torno de 3 mil carros na beira da estrada, estima Stefanello, os danos à lavoura são mínimos, garante. “Nos primeiros anos até que tinha algum vandalismo, mas agora chega a ser surpreendente o bom comportamento dos curiosos. Nem lixo as pessoas estão jogando”, comemora.

Embora esteja dando retorno bem melhor que o milho nesta safra, o cultivo de girassol “não é só flores”, lembra o produtor. “A venda precisa ser fracionada e muitas vezes ao longo de um ano inteiro. É muito mais difícil do que vender milho ou soja. Por isso, preciso ter espaço para estocar a produção”, lembra. 

E, como é híbrida e no Brasil não existe uma cadeia produtiva estruturada, a semente precisa ser importada de países como Canadá, Argentina, Estados Unidos e até da Ucrânia, país que responde por 80% da produção mundial. E esse é mais um fator que dificulta a atividade por aqui. Se replantasse a semente que colheu, a produtividade despencaria, explica.

O ciclo completo de uma plantação se estende por cerca de 130 dias, mas o período de floração mais vistosa, segundo Stefanello, é de cerca de 15 dias. Neste ano, por conta de chuvas, o plantio teve de ser feito por etapas e por isso trechos diferentes da Fazenda Estrela estão florindo separadamente e atraindo os curiosos por um período mais prolongado. 

Marcela, filha do proprietário da fazenda, e o noivo Afonso aproveitaram o cenário florido para ensaio fotográfico às vésperas do casamento

Mas não são somente os curiosos urbanos que têm percorrido cerca de 40 quilômetros para visualizar ou tirar uma lembrança da lavoura um tanto diferente. O próprio João Carlos diz que retardou um pouco o plantio de parte da fazenda para que a floração surgisse às vésperas do casamento de uma das quatro filhas, previsto para este sábado (16).

E como o plano deu certo e a lavoura cresceu pujante, nesta sexta-feira Marcela Stefanello, de 39 anos, e Afonso José Souto Neto, de 37 anos, aproveitaram o cenário rural para fazer um ensaio fotográfico às vésperas da festa de casamento oficial. Montaram até uma plataforma na altura das flores para melhorar o visual e levaram boa parte da família.

ALTERNATIVA ECONÔMICA

Mas, muito mais do que oferecer um cenário para lembranças fotográficas para a filha ou milhares de curiosos, o que o pai gostaria mesmo é que o cultivo de girassol ganhasse status de commoditie. Segundo ele, se houvesse investimentos públicos para profissionalizar o setor, assim como acontece com o milho, soja e trigo, por exemplo, em menos de uma década o país poderia ser o maior produtor mundial. 

Com isso, além de reduzir o preço do óleo de girassol, que é mais saudável que o de soja, mas cerca de 40% mais caro, o país teria uma alternativa para fazer rotatividade de culturas e, principalmente, ter uma opção econômica em anos em que os preços do milho safrinha ou do trigo estão com preços em queda, como ocorre agora. 

A parte atrativa da fazenda deve acabar em cerca de uma semana. Porém, o início da colheita começa somente daqui a um mês. A expectativa é colher entre 12 e 14 mil sacas, que serão vendidas para praticamente todas as regiões do país, dependendo da atividade do comprador, que pode destinar os grãos para fabricação de produtos medicinais, óleo comestível, alimento para pássaros e outros. 
 

Foto: Gerson Oliveira

 

VAI A SANÇÃO

Aprovado projeto que transforma multas leves e médias em advertência

Para ter a multa convertida, o motorista não deve ter cometido nenhuma infração no período de um ano

16/04/2025 18h30

Motoristas com

Motoristas com "bom comportamento" no trânsito poderão ter multas convertidas em advertência Foto: Arquivo

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Deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul aprovaram, nesta quarta-feira (16), projeto de lei que prevê a conversão de multas leves e médias em advertência. A proposta passou pela segunda votação e vai a sanção do governador Eduardo Riedel (PSDB).

Conforme reportagem do Correio do Estado, essa proposta muda pontos da Lei número 4.282, de 2012, que trata dos valores de taxas da Tabela de Serviços do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS).

Conforme o texto acrescido à norma, para se livrar de possíveis multas o motorista fica condicionado a ter um bom comportamento no período de um ano, imediatamente anterior à infração observada. 

Ou seja, caso não tenha cometido outra infração nos últimos 12 meses, o condutor poderá se livrar de possíveis multas de natureza média ou leve.

Isso porque, antes de aplicar a multa, o agente fiscalizador deverá examinar o Sistema Nacional de Trânsito (SNT) sobre as informações contidas no prontuário dos condutores e veículos.

O presidente da Casa de Leis, deputado Gerson Claro (PP) é autor do Projeto de Lei, com coautoria do deputado Paulo Duarte (PSB), que justificam a apresentação do PL "a fim de evitar prejuízo ao direito dos condutores e a arrecadação indevida de multas que deveriam ser convertidas em advertências escritas". 

“Existe uma previsão legal federal para a possibilidade de converter multa em advertência quando há multa de natureza de leve a média, ocorre a maioria dos Departamentos Estaduais de Trânsito [Detrans] estão fazendo isso tornar-se lei e não ser de definição do Detran, e sim, obrigatório, uma vez que for identificado no sistema somente uma multa, que seja convertida em advertência, isso passa a ser obrigatório com esse projeto”, ressaltou.

Multas de trânsito

Pelo Código de Trânsito Brasileiro, infrações cometidas por condutores de veículos são passíveis de penalidade, que pode varia conforme a gravidade, com a seguinte classificação: 

  • Leve: R$ 88,38 e 3 pontos na CNH
  • Média: R$ 130,16 e 4 pontos na CNH
  • Grave: R$ 195,23 e 5 pontos na CNH
  • Gravíssima: R$ 293,47 e 7 pontos na CNH

As mais diversas infrações podem gerar uma multa média, como dirigir usando fones de ouvido, não dar passagem para veículos mais rápidos, ficar sem combustível ou até mesmo jogar lixo pela janela. 

Já as multas leves são aquelas que não trazem risco imediato a segurança no trânsito, como estacionar na calçada ou acostamento, uso de buzina em lugares proibidos (como hospitais) ou ainda transitar pelas faixas que são reservadas exclusivamente para o fluxo dos ônibus. 

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EMPREGO

Feirão da Funtrab oferecerá mais de 170 vagas de emprego para quem não tem experiência

A iniciativa é voltada para estudantes do ensino médio e universitários que buscam o primeiro emprego ou estágio

16/04/2025 18h00

Funtrab realizará primeiro feirão voltado para estudantes e acadêmicos

Funtrab realizará primeiro feirão voltado para estudantes e acadêmicos FOTO: Divulgação/Funtrab

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Na próxima quinta-feira (24), a Funtrab – (Fundação do Trabalhador de Mato Grosso do Sul), vai realizar o 1º Feirão do Jovem Trabalhador, que contará com mais de 170 vagas de emprego e estágio, voltadas para estudantes do ensino médio e universitários que estão em busca de uma oportunidade de trabalho e não possuem experiência.

O evento acontecerá das 8h às 11h, na sede da Funtrab, localizada na Rua 13 de Maio, nº 2.773, em Campo Grande, e é em comemoração ao Dia Internacional do Jovem Trabalhador, celebrado em 24 de abril. Entre os segmentos com oportunidades estão: administração, arquitetura, educação física, direito, enfermagem, ciências contábeis, nutrição, entre outros.

O maior objetivo da ação é facilitar o acesso de adolescentes e jovens, entre 16 e 24 anos, ao mercado formal de trabalho, promovendo processos seletivos com empresas parceiras que valorizam o desenvolvimento profissional desde o início da carreira.

Para participar, é necessário comparecer ao local com RG, CPF e Carteira de Trabalho (física ou digital). Não será necessário agendamento prévio.

Na opinião do diretor de relações de emprego e atendimento ao trabalhador, Luiz Eduardo Ferreira Rocha, a iniciativa vai conectar os jovens com empresas que valorizam o potencial a adolescência.“Este feirão é mais uma oportunidade que a Funtrab proporciona aos jovens para ingressarem no mercado de trabalho ou um estágio em sua área de formação, ou que estão buscando o primeiro emprego”, disse.

Conforme o trainee da Funtrab, José Luiz de Oliveira Neto, que é idealizador da ação, o primeiro feirão da empregabilidade para o jovem trabalhador pretende facilitar e encurtar a trajetória do candidato até uma oportunidade. “Além das empresas presentes no dia, outras vagas disponíveis na Funtrab também serão oferecidas”, destacou.

A DATA

Criado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Dia Internacional do Jovem Trabalhador, comemorado no dia 24 de abril, busca chamar a atenção para os desafios enfrentados pelos jovens em sua inserção profissional e a importância de políticas públicas de incentivo ao primeiro emprego.

No Brasil, a Lei da Aprendizagem (Lei nº 10.097/2000) determina que empresas de médio e grande porte devem contratar de 5% a 15% de aprendizes em relação ao seu quadro funcional.

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