Cidades

EM CHAMAS

Animais são queimados vivos em incêndios no Pantanal

Sapos, cobras, macacos, sucuris, tamanduás, iguanas e capivaras são surpreendidos pelo fogo e acabam morrendo queimados pelas chamas e intoxicados pela fumaça

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Incêndios devastam milhares de hectares de áreas verdes em Mato Grosso do Sul nos últimos dias.  As regiões mais afetadas são Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema e Pantanal do Paiaguás, Nabileque, Nhecolândia e Rio Negro.

Imagens divulgadas pela Assembleia Geral do Povo Guarani-Kaiowá (Aty Guasu) mostram que animais estão sendo, literalmente, queimados vivos em incêndios.

Sapos, cobras, macacos, sucuris, tamanduás, iguanas e capivaras são surpreendidos pelo fogo, não tem para onde correr e acabam morrendo queimados pelas chamas e intoxicados pela fumaça. Veja as fotos:

Árvores, plantas, flores, gramas e campos viraram pó e cinzas. Após serem tomadas pelo fogo, árvores foram ao chão e o horizonte se tornou cinza e sem vida. Veja o vídeo:

QUEIMADAS NO PANTANAL

O Pantanal, bioma localizado entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e países da Bolívia e Paraguai, está em chamas novamente. Mais de 1,2 mil espécies de animais e duas mil plantas nativas estão ameaçadas.

O fogo tomou conta do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema e Pantanal do Paiaguás, Nabileque, Nhecolândia e Rio Negro. O que era verde, virou cinza. Veja a foto ao lado.

As queimadas estão transformando cenários verdes e cheios de vida em cinzas e mortes. 

Incêndio transformou o Pantanal de verde em cinzas

O fogo está destruindo matas, áreas verdes, vegetações, florestas, biodiversidade e espécies nativas do Pantanal.

As queimadas são extremamente nocivas ao meio ambiente, pois emitem poluentes atmosféricos, reduzem a biodiversidade, destroem matas, devastam a vegetação, prejudicam a fauna e flora, eliminam a cobertura vegetal nativa, comprometem florestas, campos e savanas e matam o ecossistema.

Mudanças climáticas, onda de calor, escassez de chuvas e baixa umidade relativa do ar favorecem a ocorrência de queimadas no Estado.

De acordo com o presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), Ângelo Rabelo, incêndios no Pantanal de Mato Grosso podem causar danos em Mato Grosso do Sul.

“O fogo vem destruindo o refúgio da vida selvagem no Pantanal norte. Em MT, os incêndios já destruíram mais de 100 mil hectares e está atravesando os limites geográficos. Não podemos mais pensar de forma compactada e assistir ao caos que se aproxim

Nuvem de fumaça na Serra do Amolar

Gigante nuvem de fumaça cobriu o céu na região da Serra do Amolar, por volta das 16h desta sexta-feira (10). De acordo com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), a câmera que captou a imagem da cortina de fumaça está instalada a quase mil metros de altitude.

A nuvem chegou a alcançar o topo da Serra do Amolar e cobriu a antena instalada no local.O evento foi registrado depois que os ventos passaram a soprar no sentido da Serra do Amolar/Bolívia. Após as 19h, não havia mais fumaça no local.

COMBATE

Ao todo, 44 bombeiros militares atuam na prevenção, combate e controle de incêndios florestais no Paiaguás (desde 24 de outubro), Nabileque (desde 3 de novembro), Nhecolândia (desde 6 de novembro) Rio Negro desde 9 de novembro) e Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema (desde 2 de novembro). A atuação faz parte da Operação Pantanal 2023, iniciada em 17 de julho de 2023.

Os militares utilizam equipamentos específicos de proteção para combate do fogo, como drones, roupas com tecnologia de resfriamento, botinas resistentes as chamas, óculos, máscaras, capacetes, luvas e avião Air Tractor (tem capacidade para transportar até três mil litros de água, é usado em regiões de difícil acesso).

Além disso, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) tem parceria com a National Aeronautics and Space Administration (Nasa) para combater e prevenir incêndios florestais no Pantanal e Cerrado sul-mato-grossense.

A corporação utiliza monitoramento via satélite e tecnologia de navegação, dados e inteligência artificial, em convênio com a Agência do governo dos Estados Unidos, para controlar o fogo no território sul-mato-grossense.

A Polícia Federal (PF), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) também auxiliam no monitoramento via satélite e tecnologia de navegação.

PREVENÇÃO

Uma forma de evitar a propagação de incêndios florestais no Pantanal é implementar aceiros, que são faixas desprovidas de vegetação que servem para barrar o fogo e impedir que ele continue seu rumo. Manter terrenos limpos e capinados e evitar jogar pontas de cigarro acesas na vegetação à beira de rodovias também são opções.

Outra forma eficaz de combater o fogo no Pantanal é realizar queimadas na época correta, frequência correta e locais corretos, chamadas popularmente de queimadas preventivas ou controladas.

A chuva também é eficiente no combate às chamas porque deixa o solo úmido. Outra forma é evitar o uso de fogo em julho, agosto e setembro, meses do inverno, pois as condições climáticas são desfavoráveis para a época.

CRIME

Incendiar espaços públicos e áreas preservadas é crime. 

De acordo com o Artigo 250 do decreto lei nº 2.848 de 7 de dezembro de 1940 do Código Penal Brasileiro, causar incêndio que cause perigo à vida ou ao patrimônio público é crime, com pena de três a seis anos de reclusão e multa. A detenção diminui para seis meses a dois anos caso o incêndio for culposo.

Os números para denúncia são:

  • 156 - Semadur (Prefeitura de Campo Grande)
  • 193 - Corpo de Bombeiros
  • 0800 061 8080 - Ibama

Cidades

Idoso e criança morrem em acidente entre dois veículos em Campo Grande

Carros bateram de frente próximo ao Autódromo Internacional; Vítimas eram da mesma família

21/12/2025 13h33

Acidente aconteceu na BR-262, em Campo Grande

Acidente aconteceu na BR-262, em Campo Grande Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Um idoso de 80 anos e uma criança, de 11, morreram em acidente envolvendo dois carros, na tarde deste domingo (21), na BR-262, próximo ao Autódromo Internacional de Campo Grande. 

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, as vítimas eram da mesma família e seguiam em um Honda Fit, conduzido por uma mulher, que era filha do homem e avó da menina que faleceram.

Informações preliminares do Corpo de Bombeiros era de que a vítima havia dormido ao volante, mas testemunhas disseram que ela tentou realizar uma ultrapassagem indevida e acabou batendo de frente um HB20, que seguia no sentido contrário.

Com o impacto da colisão, o Fit saiu da pista e parou às margens da rodovia, em uma área de vegetação.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros foram acionados para prestar os atendimentos às vítimas.

O pai da condutora e a criança, que estavam de passageiros, morreram no local, enquanto ela foi socorrida com fratura na perna e encaminhada a Santa Casa de Campo Grande, consciente e orientada.

No outro veículo estava apenas o motorista, que também estava consciente e recusou atendimento.

Durante o trabalho de socorro e perícia, o trânsito no local ficou parcialmente interditado.

O caso deverá ser investigado pela Polícia Civil.

 Acidente aconteceu na BR-262, em Campo GrandeHB20 foi atingido por outro veículo que tentava ultrapassagem (Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado)

Operação Rodovida

Na última terça-feira (16), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou a Operação Rodovida, com intensificação da fiscalização e prevenção de acidentes nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul no período das férias escolares, Natal, Ano Novo e o Carnaval.

A Operação Rodovida é a maior operação de segurança viária do Brasil. No período da operação, instituições responsáveis pela fiscalização em vias urbanas e rurais se unem para reduzir a letalidade e o índice no trânsito.

As metas estão previstas no Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), que segue o índice previsto pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo é reduzir em pelo menos metade, até 2030, o número de mortes no trânsito brasileiro.

Apuração

MP investiga danos ambientais e turvamento de água em Bonito

Investigação foi aberta pela 2ª Promotoria de Justiça após fiscalização do Imasul

21/12/2025 11h45

Município é conhecido por áreas verdes e pelo ecoturismo

Município é conhecido por áreas verdes e pelo ecoturismo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades ambientais em uma área rural no município de Bonito, interior do Estado. A investigação foi aberta pela 2ª Promotoria de Justiça após fiscalização do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) constatar uma série de problemas ambientais no local, sobretudo o turvamento dos rios da região, conhecida pelo ecoturismo.

De acordo com o laudo técnico do Imasul, as Áreas de Preservação Permanente (APPs) ao longo de cursos d'água não possuem cercamento, o que permite o acesso de gado. Também foram identificados trechos sem vegetação arbórea, passagens de animais e veículos diretamente dentro dos córregos, situação que provoca o turvamento da água,  além do armazenamento inadequado de tanques de combustíveis próximo à sede da propriedade, sem a devida licença ambiental. Apesar das irregularidades, não foi constatada contaminação do solo.

A fiscalização resultou em auto de infração e em determinações claras para a regularização da área. Entre as medidas exigidas estão o cercamento integral das APPs para impedir a entrada de animais, a recuperação das áreas degradadas com recomposição da vegetação nativa por meio de um Projeto de Recuperação de Área Degradada ou Alterada (Prada), a adequação das travessias para que gado e veículos não cruzem mais os cursos d'água, e a impermeabilização, com sistema de contenção, da área destinada ao armazenamento e abastecimento de combustíveis. Também foi solicitada a comprovação da existência de plano de manejo e conservação do solo e da água.

Além disso, o proprietário deverá apresentar relatório técnico conclusivo sobre o corte de árvores nativas isoladas, vinculado à autorização ambiental correspondente, bem como enviar registros fotográficos das adequações realizadas. Os prazos estabelecidos variam entre 30 e 60 dias, conforme cada exigência.

Para ampliar o controle e a transparência do procedimento, o Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoma) encaminhou o caso ao Núcleo de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto (Nugeo), fatores que originaram o inquérito. 

A Promotoria de Justiça publicou edital, notificou o responsável pela área para apresentar defesa no prazo de dez dias e solicitou ao cartório de registro de imóveis a matrícula atualizada da propriedade. 

Do ponto de vista jurídico, o Ministério Público destacou que, além das responsabilidades administrativa e civil, as condutas apuradas podem, em tese, caracterizar crime ambiental, a depender da análise detalhada dos documentos e das circunstâncias verificadas ao longo do inquérito. Paralelamente, o MPMS abriu a possibilidade de solução consensual por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), priorizando a recuperação ambiental e a regularização da área. Caso não haja acordo ou cumprimento das exigências, o órgão poderá ajuizar ação civil pública ou promover o arquivamento, conforme o resultado das diligências.

Saiba*

Medidas como cercamento das APPs, travessias adequadas e recomposição da vegetação nativa são consideradas simples e eficazes para evitar erosão, assoreamento e turvamento das águas. Da mesma forma, o armazenamento correto de combustíveis, com piso impermeabilizado e sistema de contenção, é essencial para prevenir vazamentos e possíveis danos ambientais.

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