Cidades

CAMPO GRANDE

Após 9 anos, Prefeitura muda regras para piso tátil em calçadas

Alterações foram anunciadas hoje pelo Executivo Municipal

NATALIA YAHN

27/06/2019 - 11h54
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A instalação de piso tátil nas calçadas deixa de ser exigência em Campo Grande a partir de hoje, após mais de nove anos sem a efetiva adequação de empresas e moradores. Decreto publicado nesta quinta-feira pelo prefeito Marcos Trad, alterou o anterior de janeiro de 2010, e flexibilizou as regras dando alternativas para quem ainda não colocou o piso utilizado como referência de locomoação por pessoas cegas. 

Além de mudar as normas a prefeitura também suspendeu a partir desta quinta-feira - por tempo indeterminado - a fiscalização e as punições, já que a exigência não é mais válida. O gerente de fiscalização e controle urbanístico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), Admir Cristaldo, explicou ao Correio do Estado que continua em vigor as exigências relativas a pavimentação das calçadas, bem como sinalização das rampas com piso tátil. “Vamos continuar punindo casos de ausência ou danos da calçada, como buracos e obstáculos inadequados. Mas o decreto publicado hoje muda drasticamente as regras e por isso perde o objeto da multa. Já os casos que foram notificados não tem jeito, a mudança é a partir de agora”.

Entre as mudanças a instalação de piso tátil em calçadas com tamanho inferior a 4 metros não é mais exigida e no caso das calçadas maiores do que 4 metros, há opções. A dimensão do piso também mudou, antes variava de 20 a 40 cm e agora é patronizado em 25 cm. “Será um tamanho só independente do tamanho da calçada. No caso das pequenas a obrigatoriedade de instalação não existe mais. O muro vai servir de guia imaginária. Lembrando que é exigido o pavimento, não pode ser na terra, com inclinação adequada. Já nas calçadas maiores não precisa ser colocado o piso em toda a extensão dela, apenas no centro ou 40% do lado do muro”, explicou Cristaldo.

Por mês a Semadur emite em torno de 400 notificações e multas relativas a diversos tipos de irregularidades, entre elas as que envolvem calçadas. “As multas variam entre R$ 22,43 por metro no caso de ausência do piso tátil até R$ 6 mil relativo a falta de sinalização nas rampas, esta é a mais pesada e continua valendo. Deve haver sinalização desde a guia até o muro”, explicou.

O valor da multa pela ausência de acessibilidade varia entre R$ 448,60 e R$ 2.243,00 por obstrução do passeio, e em casos de obstrução por conta de obra, o valor é de R$ 1.093,50, no caso de ausência ou adequação de rampa o valor é de R$ 6.729,00.

Em julho de 2015, o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso Sul (TJ/MS) concedeu liminar favorável a Prefeitura de Campo Grande em ação de inconstitucionalidade movida contra a Câmara dos Vereadores por aprovação da Lei Complementar nº 257, que transferia paro o Executivo a responsabilidade pela adequação e manutenção das calçadas da Capital. 

No início do ano de 2010 a Prefeitura de Campo Grande publicou decreto regulamentando o artigo 19 da Lei 2.909, de 1992, que estabelece regras para as calçadas. Na época a regulamentação previa que além da faixa pavimentada para circulação de pedestres, revestidas de material antiderrapante, com piso tátil, sem degraus ou obstáculos. O decreto passou a ser válido para projetos de construção, reforma e regularização de imóveis. Mas a instalação do piso tátil foi determinada por lei federal, válida desde dezembro de 2008.

Agora a legislação municipal foi alterada pelo Decreto nº 13.909, publicado hoje, estabelecendo que o Decreto anterior - n° 11.090 de 13 de janeiro de 2010 - passe a vigorar com a seguinte redação: “As calçadas deverão ser executadas, de maneira contínua e alinhada na quadra, em concreto simples, desempenado, com superfície antiderrapante, com utilização de piso tátil e/ou linha guia, conforme indicação nos Anexos I, II e III, sem degraus ou obstáculos que prejudiquem a circulação de pessoas”.

A Semadur explicou ainda que o piso tátil não será a única exigência para servir de linha-guia (que pode ser qualquer elemento natural ou não, utilizado como referência de orientação direcional especialmente para pessoas com deficiência visual). Com a mudança da legislação novos elementos também podem servir de "linha-guia" como o muro. (Matéria editada às 14h para acréscimo de informações)

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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