Cidades

PRIVATIZAÇÃO

Após Campo Grande, Aena assume administração do aeroporto de Ponta Porã

Terminal do Mato Grosso do Sul é o quarto da nova rodada de concessão

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A estatal espanhola Aena assumiu, nesta terça-feira (7), a administração do Aeroporto de Ponta Porã, arrematado junto com outros dez em agosto do ano passado. No mês passado, a empresa assumiu o Aeroporto Internacional de Campo Grande.

O terminal de Ponta Porã é o quarto da nova rodada de concessão a passar para o controle da Aena, que já teve desembolsos de R$ 3,3 bilhões em pagamentos iniciais, segundo a estatal. Na próxima sexta-feira (10), a estatal deve assumir o aeroporto de Corumbá.

O primeiro pouso em Ponta Porã sob a gestão da Aena ocorreu por volta das 13h40 de hoje, proveniente de Campinas (SP).

Já a primeira decolagem foi às 14h20, também com destino a Campinas (SP).

O aeroporto de Ponta Porã é o segundo mais movimentado no Estado. Dados divulgados pela Aena apontam que, em 2022, 53.211 passageiros passaram pelo local. Neste ano, de janeiro a setembro, o movimento foi de 52.951 passageiros.

Ainda de acordo com a estatal, para atender à demanda crescente, o terminal de Ponta Porã receberá algumas obras de melhorias, entre elas, a ampliação do terminal de passageiros que irá triplicar a área total, passando dos atuais 800 metros quadrados para 2,6 mil metros quadrados.

Além disso, serão construídas áreas de segurança no final da pista, em ambas as cabeceiras, três posições de estacionamento de aeronaves tipo C no pátio.

O anteprojeto será entregue à ANAC até o dia 2 de dezembro e as obras devem começar no segundo semestre de 2024, com previsão de entrega em 2026.

Expectativa positiva

O prefeito de Ponta Porã, Eduardo Campos (PSDB), disse ao Correio do Estado que a expectativa para o município com a concessão é "muito positiva".

Ele disse que recebeu os representantes da Aena, que apresentaram todo o cronograma.

"A expectativa do município em relação a isso é muito positiva diante da agilidade que a iniciativa privada tem em fazer as coisas acontecerem muito mais do que o poder público. "Eu sou um defensor da terceirização de serviços para a iniciativa privada", disse o prefeito.

"O estado é muito grande, muito pesado, não tem agilidade para dar uma resposta pronta a eventuais demandas, e a conversa que a gente teve aqui com esses representantes foi muito positiva nesse sentido, já estão anunciando investimentos em pista, investimentos no prédio, no aeroporto, no saguão, vai melhorar, vai quase que triplicar o tamanho do receptivo do nosso aeroporto, oferecer conforto aos passageiros", acrescentou.

"Eles [Aena], como iniciativa privada, têm interesse de buscar novas empresas que venham se instalar aqui em Porta Porã para fazer voo aqui também, porque a gente só é servido por um voo diário, só pela Azul, e eles têm contato com a Gol e com a Latam no sentido de trazer mais empresas para cá. Então, nesse sentido, a prefeitura só tem a aplaudir a ascensão deles na condição de administrador do aeroporto local aqui e eu acho que a população só tem a ganhar", concluiu o chefe do Executivo Municipal.

Concessão

Em agosto do ano passado, a Aena venceu a licitação da sétima rodada de concessões para gerir 11 aeroportos nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Pará. A empresa assumirá a operação dos demais aeroportos, de forma escalonada, até o dia 30 de novembro.

Durante a primeira fase do processo, foram feitas a elaboração e aprovação dos planos de transferência operacionais. 

Atualmente, a companhia opera os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, Campo Grande (MS), Uberlândia (MG), Recife (PE), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Aracaju (SE), Campina Grande (PB) e Juazeiro do Norte (CE). 

Ao final do processo da nova rodada, a Aena estará presente em nove estados do país, com a gestão de 17 equipamentos que são responsáveis por cerca de 20% do tráfego aéreo nacional.
 

Confira o cronograma para os próximos aeroportos:

  • 10/11 – Corumbá (MS) 
  • 13/11 – Uberaba (MG) 
  • 16/11 – Montes Claros (MG) 
  • 21/11 – Marabá (PA) 
  • 24/11 – Carajá (PA) 
  • 27/11 – Santarém (PA) 
  • 30/11 – Altamira (PA)

 

CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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