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Após eleições, obras em EMEIs voltam a ser pauta na Prefeitura

As Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI) dos bairros Popular, Anache e Radialista estão com suas licitações em andamento e devem ter as empresas responsáveis pelas obras anunciadas em breve

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Um dos temas mais debatidos entre os candidatos à Prefeitura de Campo Grande, as obras nas Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI) voltou a ser pauta após o término das eleições. Nesta segunda-feira (04), foi publicada a homologação de uma empresa para a prestação do serviço na EMEI do Jardim Anache e outras duas estão em andamento.

Na publicação do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) de hoje, o executivo anunciou que a empresa campo-grandense 3HF Construção e Empreendimentos Ltda venceu a licitação pelo valor de R$ 2.014.105,64, mais de R$ 600 mil de deságio do estimado (R$ 2.650.987,72). Atualmente, a EMEI encontra-se abandonada.

Ainda, há outras duas licitações para obras em EMEIs em andamento. A primeira delas é na EMEI Radialista, do qual também está abandonada. O preço estimado pela prefeitura para a realização do serviço é de R$ 3.564.399,00, mas ainda está sob análise de proposta e documentação das empresas interessadas.

A outra é a EMEI Popular, onde consta na mesma situação da anterior, análise de propostas e documentação dos interessados. O valor total presente nesta licitação é de R$ 2.121.780,01. Ambas estão em situação de abandono e, inclusive, com obras paralisadas há anos.

Em maio deste ano, o Correio do Estado reportou que das 13 construções inacabadas, apenas três foram retomadas, segundo a Prefeitura de Campo Grande, e as demais, estavam em fase de ajustamentos de projeto ou de licitação.

Segundo nota enviada pela prefeitura na época, as Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) dos bairros Jardim São Conrado, Oliveira III e Jardim Inápolis, tiveram suas obras retomadas, sendo a última dessas, em fase final de acabamento, e deve ser entregue nos próximos dias.

Já as Emeis dos bairros Radialista, Talismã, Popular e Anache, a prefeitura informou que a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), "está finalizando a documentação necessária para encaminhas à licitação. A previsão de encaminhamento é no mês de junho". Portanto, percebeu-se que o encaminhamento das licitações atrasou e foram finalizadas somente em outubro, quatro meses depois do previsto.

Vagas

Em 2023, 9 mil alunos aguardavam na fila de espera de creches em Campo Grande. Este ano, o número diminuiu para 6.919 crianças, segundo documento da Semed.

Enquanto isso, a Secretaria de Estado de Educação (SED) aponta que abriu 38 mil novas vagas no ano passado, em todo o território sul-mato-grossense, tanto para o Ensino Médio quanto principalmente para o Ensino Fundamental (25,4 mil vagas), visando colaborar para que os municípios conseguissem dar uma maior atenção à Educação Infantil. 

Desse total, 6 mil vagas foram abertas pelo Estado em Campo Grande. Ainda assim, o deficit na Educação Infantil só registrou 23% de queda.

Por meio de nota, a Semed comunica que neste ano foram disponibilizadas 6.369 vagas das Emeis e que, ao todo, a Reme atende cerca de 105 mil alunos. Em 2023, esse total era de 108 mil estudantes. 

Já a Prefeitura de Campo Grande anunciou em 2023 que realizaria uma série de investimentos na educação, como a abertura de mais de 6.600 vagas, sendo 5 mil delas somente para a Educação Infantil, a criação de 166 novas salas modulares nas escolas da Capital, entre outras iniciativas. 

No início do ano, o Executivo municipal não tinha conseguido entregar o pacote de ações no prazo, o que, segundo a assessoria da prefeitura, o planejamento das iniciativas foi dividido em etapas que se estenderão ao longo deste ano.

Pesquisa

Dados do Educação Já Municípios, realizado pela ONG Todos Pela Educação, mostram que somente 35% das crianças entre zero e três anos estão matriculados em creches em Campo Grande. A procura por vagas em creches é três vezes maior (94%) em relação à faixa etária de quatro a cinco anos.

Essa porcentagem é menor do que a média nacional (40%) e a encontrada nas capitais brasileiras (38%). Ainda, acerca do considerado "alfabetização adequada" pelo Ministério da Educação, Campo Grande está abaixo das médias, 46% contra 55% dos municípios brasileiros. O estudo apurou que a Capital tem 233 escolas, 113.700 alunos e 6.582 professores.

*Colaborou Ketlen Gomes

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Educação

Enade: inscritos devem responder questionários até 23h59 de hoje

Exame teórico será aplicado neste domingo

23/11/2024 20h00

Estudante com prova do Enade

Estudante com prova do Enade Foto: UFT/Divulgação

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Os estudantes que farão o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2024 das Licenciaturas neste domingo (24) devem responder ao Questionário do Estudante até as 23h59 (horário de Brasília) deste sábado (23).

A prova teórica será aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para 283.550 inscritos.

O questionário do Estudante coleta informações que permitam caracterizar o perfil dos estudantes e o contexto de sua formação acadêmica, consideradas pelo Inep como relevantes para a compreensão dos resultados teóricos e práticos dos estudantes no Enade e para subsidiar os processos de avaliação dos cursos de graduação.

O preenchimento completo do Questionário do Estudante é um dos itens que caracteriza a efetiva participação do estudante no exame.

Anualmente, a inscrição no Enade é obrigatória para todos os estudantes de cursos de licenciatura habilitados à avaliação teórica ou à avaliação prática, vinculados às áreas avaliadas, conforme o edital.

A partir desta edição, o exame passa a ter dois tipos de avaliação: a teórica, tradicionalmente realizada, e a nova prova prática dos estudantes de graduações direcionadas à docência.

Cada uma das avaliações terá um cronograma específico.

Áreas de conhecimento avaliadas

O exame das licenciaturas será aplicado em cursos de 17 áreas de conhecimento diferentes. A edição de 2024 avaliará licenciaturas das áreas de artes visuais; ciências biológicas; ciências sociais; computação; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras (inglês); letras (português); letras (português e espanhol); letras (português e inglês); matemática; música; pedagogia e química.

O exame terá foco na avaliação dos cursos que formam professores para a educação básica. O Inep informa que o objetivo é aprimorar as avaliações e a formação de docentes no Brasil.

Aplicação da prova
Para saber o local de aplicação da prova, bem como obter informação sobre atendimento especializado e tratamento pelo nome social, quando for o caso, o participante deve acessar o Cartão de Confirmação de Inscrição, disponível no Sistema Enade, com CPF . O acesso ao documento só é liberado após o preenchimento do Questionário do Estudante.

Neste domingo, os portões de acesso aos locais de provas serão abertos às 12h (horário de Brasília) e fechados às 13h. O início da aplicação será às 13h30, com encerramento às 18h para os participantes regulares. Os estudantes que solicitaram tempo adicional e tiveram o pedido aprovado pelo Inep terão mais uma hora para finalizar a prova.

Orientações para o Enade 2024

Neste domingo, o participante deverá comparecer ao local das provas com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, Cartão de Confirmação de Inscrição e documento de identidade original com foto válido.

Antes da participação na prova, é importante que o inscrito guarde, no envelope porta-objetos, o telefone celular e quaisquer outros aparelhos eletrônicos desligados, além de óculos escuros e artigos de chapelaria (boné, chapéu, gorro ou similares), e material de papelaria (caneta de material não transparente, lápis, réguas e borracha, entre outros).

Também não é permitido ficar com celulares e quaisquer outros aparelhos eletrônicos descritos no edital ou fone de ouvido.

O envelope porta-objetos deve ser mantido, durante todo o período de prova, debaixo da carteira, lacrado e identificado.

Enade

Realizado anualmente pelo Inep, o Enade é um dos componentes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

O exame avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos previstos nas diretrizes curriculares, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para formação geral e profissional, bem como o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.

Decisão

Caixa demite ex-vice-presidente por assédio sexual e moral

Decisão foi publicada no Diário Oficial da União

23/11/2024 18h00

Agência bancária da Caixa Econômica Federal

Agência bancária da Caixa Econômica Federal Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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Por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU), a Caixa Econômica Federal demitiu, por justa causa, o ex-vice-presidente Antônio Carlos Ferreira de Sousa. Funcionário de carreira do banco, ele estava afastado do cargo desde julho de 2022, quando sugiram denúncias de assédio sexual e moral durante a presidência de Pedro Guimarães, que comandou o banco entre 2019 e 2022.

A CGU publicou na sexta-feira (22) a portaria do desligamento no Diário Oficial da União. Durante a gestão de Guimarães, Sousa foi vice-presidente de Estratégia de Pessoas e de Logística e Operações.

Além da demissão, o ex-vice-presidente está impedido de ocupar cargos comissionados ou funções de confiança no Poder Executivo Federal por 8 anos. Desde a divulgação das denúncias, Sousa estava afastado do cargo, mas continuava a trabalhar na Caixa.

Na época da divulgação das acusações de assédio moral e sexual por Pedro Guimarães, que pediu demissão em junho de 2022, a Caixa criou um canal interno de denúncias. Com base nos relatos recebidos no Contato Seguro da Caixa, o banco investigou os casos e constatou várias ocorrências de assédio por parte de Sousa.

Em nota, a Caixa afirma que não tolera nenhum tipo de assédio por parte de dirigentes ou empregados. O banco também informou ter começado a investigar os casos por meio da corregedoria interna e que o processo seguiu as regras de administração pública.

“Com a finalização das investigações feitas dentro dos ritos da governança, o banco enviou o relatório conclusivo à Controladoria-Geral da União (CGU) em outubro de 2023. O ex-dirigente já estava afastado do cargo desde julho de 2022. Com a ciência da decisão da CGU, a Caixa iniciará as providências devidas para o cumprimento”, informou a assessoria de imprensa do banco.

Histórico
Em junho de 2022, surgiram denúncias em série de casos de assédio sexual e moral durante a gestão de Pedro Guimarães na Caixa. Imediatamente após a divulgação dos relatos, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho passaram a investigar os casos. Além do então presidente, vice-presidentes e diretores foram acusados.

Guimarães pediu demissão no dia seguinte à publicação das denúncias, e outros vice-presidentes do banco renunciaram em seguida.

Desdobramentos

Em março de 2023, Guimarães virou réu por denúncias de assédio sexual e moral feitas por funcionárias da Caixa. A ação tramita sob sigilo, e a defesa do executivo nega as acusações.

Em uma outra ação, movida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a Caixa foi condenada a pagar R$ 3,5 milhões de indenização por um evento no interior de São Paulo em que Guimarães obrigou funcionários a fazer flexões em estilo militar.

Acordos

Em abril do ano passado, a Caixa fechou um acordo com o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal para pagar uma indenização de R$ 10 milhões para encerrar a denúncia das funcionárias. Em janeiro deste ano, o banco assinou um termo de ajuste de conduta (TAC), que concedeu vantagens em processos internos de seleção a funcionários que sofreram perseguição na gestão de Guimarães.

O banco foi condenado em outros processos em São Paulo, no Amazonas e no Distrito Federal. Somadas as condenações e os TAC, o banco até agora desembolsou cerca de R$ 14 milhões em indenizações, que poderiam ser mais altas se não houvesse acordo. Sem eles, a instituição financeira teria de pagar multa de até R$ 300 milhões. No ano passado, a Caixa informou que cobraria de Pedro Guimarães, na Justiça, o dinheiro das indenizações.

Em março deste ano, a Comissão de Ética da Presidência da República aplicou uma “censura ética” a Guimarães. Aplicada a autoridades que deixaram o cargo, a penalidade prevê apenas advertência. A ação contra Guimarães na Justiça Federal ainda está na fase de audiências.

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