Cidades

SAÚDE

Após redução de 79% dos leitos, setor
de psiquiatria da Santa Casa será fechado

Hospital suspendeu atendimento até 15 de setembro e minimizou medida

NATÁLIA YAHN

05/09/2017 - 18h52
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O setor da psiquiatria da Santa Casa, que teve redução de 79% dos leitos em uma década, deverá ser fechado definitivamente na próxima semana. Médicos da área no hospital confirmam que há dez anos eram 48 leitos para internação e 1 mil para consultas - que em dez anos sofreu 90% de redução.

“Agora são só dez vagas para internação e 100 para consultas no ambulatório. Com o fechamento do serviço tudo será prejudicado, inclusive os outros hospitais que já trabalham no limite possível”, diz uma médica, que não terá o nome divulgado.

A Santa Casa confirmou a suspensão no atendimento até o dia 15 de setembro e minimizou a decisão de fechar o setor. “Nenhum paciente em tratamento vai ficar abandonado. Vai ser oferecido o atendimento do mesmo jeito no Hospital Nosso Lar. Temos poucos pacientes de psiquiatria. Para decidir sobre isso foi feito estudo, há muito tempo discutimos. Foi pensado e estudado”, explicou o vice-presidente do hospital, Heitor Freire.

Novos pacientes não serão admitidos a partir da próxima semana e os que tiverem internados serão transferidos para o Hospital Nosso Lar. A Santa Casa informou que vai custear o tratamento dos pacientes que forem transferidos. “No Nosso Lar os pacientes internados são crônicos. Já na Santa Casa são pessoas que precisam de cuidado clínico de outras especialidades. E para os profissionais do setor só nos falaram agora que o prédio, recém reformado com a promessa de melhorias, vai abrir a área de cuidados paliativos”, disse uma médica.

Campo Grande

Encomenda explosiva continha lança-perfume; três foram presos

Droga popularmente conhecida como "loló" é produzida sob pressão dentro de tubos, saiba mais

19/11/2024 11h48

Reprodução

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A Força Tática da Polícia Militar revelou que o pacote que explodiu ao ser manuseado pelo funcionário de uma transportadora continha lança-perfume, um entorpecente líquido condicionado sob pressão dentro de tubos. A informação de que havia entorpecente na encomenda havia sido adiantada pelo Correio do Estado nesta manhã.

O lança-perfume, conhecido popularmente como loló, é uma droga psicoativa, inalada pela boca e pelo nariz, feita a partir de solventes químicos. Geralmente, é composta por éter, clorofórmio, cloreto de etila e uma essência perfumada. O entorpecente é produzido sob pressão dentro de tubos, assim, quando entra em contato com o ar, evapora rapidamente.

 É comum que o lança-perfume seja armazenado em latinhas de bebidas e garrafinhas plásticas. O armazenamento inadequado pode trazer riscos, já que a mistura é corrosiva, e pode perfurar recipientes, além de causar queimaduras na pele.

A Polícia revelou ainda que três homens foram presos no fim da noite da última segunda-feira (18), apontados como o intermediário da entrega do pacote, o destinatário, e um terceiro apontado como fornecedor de drogas aos dois primeiros citados.

Os homens não demonstraram resistência às ações policiais. O primeiro, confirmou que aguardava pela correspondência, mas que apenas faria a entrega para outra pessoa. Com ele, foram apreendidos entorpecentes e balanças de precisão.

Com o segundo homem, que confirmou ser o destinatário final da encomenda, também foram apreendidos entorpecentes e materiais utilizados no fracionamento de drogas.

Após as diligências, a polícia chegou a um terceiro homem, que seria o responsável por fornecer entorpecentes para os dois outros suspeitos venderem.

O remetente do pacote ainda não foi identificado. O que se sabe, até o momento, é que o pacote veio de uma empresa de refrigeração do Rio de Janeiro.

O caso foi encaminhado para a Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar). 

Explosão em transportadora

Na tarde da última segunda-feira (18), um pacote explodiu ao ser manuseado pelo funcionário de uma transportadora localizada no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande.

Imagens da câmera de segurança da transportadora mostram que o funcionário não chegou a abrir a caixa. Ele derrubou o pacote, e no momento em que pegou de volta, a embalagem explodiu. Confira:

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, o funcionário sofreu um corte no rosto, e foi socorrido pelos próprios colegas.

Lança-perfume

O lança-perfume se popularizou no Brasil no início do século XX, importado da Argentina. Inicialmente, era utilizado em bailes e carnavais, e borrifado entre os foliões, se tornando, inclusive, símbolo das festividades cariocas.

A "brincadeira" tomou maiores proporções quando a mistura deixou de ser borrifada em determinado público e passou a ser diretamente inalada pelos jovens. Para isso, eram utilizados lenços molhados. A droga proporcionava uma rápida sensação de euforia e bem-estar, além de causar risos imotivados e alterações sensoriais.

Mas também existem os malefícios: alteração da frequência cardíaca, destruição de células cerebrais, alucinação, vertigem, confusão mental, dor de cabeça e náusea.

Os efeitos duram pouco tempo, uma média de 10 a 30 minutos, o que faz com que os usuários utilizem cada vez mais as doses da droga.

O uso do lança-perfume foi proibido no Brasil em 1961, após alguns usuários morrerem por parada cardíaca após o abuso da substância.

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MATO GROSSO DO SUL

Governador defende rapactuação da BR-163 mas cobra início das obras

Além de pedir começo "o mais rápido possível", Eduardo Riedel faz questão de pontuar "duplicação em volume muito maior do que já foi feito"

19/11/2024 11h16

Riedel respondeu imprensa em quebra-queixa após entrega do 19º prêmio sul-mato-grossense de Inovação na Gestão Pública, hoje (19) no Bioparque

Riedel respondeu imprensa em quebra-queixa após entrega do 19º prêmio sul-mato-grossense de Inovação na Gestão Pública, hoje (19) no Bioparque Marcelo Victor/Correio do Estado

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Governador do Estado de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel defendeu, na manhã desta terça-feira (19), a recente repactuação da BR-163 aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), cobrando, porém, que isso se reverta no início das obras na rodovia "o mais rápido possível". 

"Tem que lembrar que 2007 foi um lote de concessão, depois de 2014, 2015... e existe uma demanda judicial enorme em torno desse caso, com um passivo favorável para a CCR. Então essa discussão tem que se traduzir em uma única coisa: início das obras o mais rápido possível para equacionar a 163", disse Riedel durante evento realizado no Bioparque Pantanal. 

Após entrega do 19º prêmio sul-mato-grossense de Inovação na Gestão Pública, feita pela equipe técnica do Governo do Estado hoje (19) no Bioparque, Riedel foi questionado pela equipe do Correio do Estado durante "quebra-queixo" com a imprensa e foi categórico quanto à possibilidade de nova licitação. 

"Se não houver essa pactuação, nós vamos para um novo processo de licitação, a CCR vai ter um saldo a receber, da União, muito provavelmente, e nós vamos ter muito tempo para iniciar as obras", comentou. 

Riedel frisa a necessidade de entender o caso para avaliar melhor a situação, o governador esclarece que, do ponto de vista do Estado, o que está cobrado dos órgãos de controlo, como o próprio TCU e União, é que a solução realmente aconteça o mais rápido possível. 

"E início de um projeto viável, uma vez que já está concessionado. Que a tarifa de pedágio esteja dentro do pactuado da média estadual, que não seja nada exorbitante, mas principalmente que as obras de investimento aconteçam". 

Ainda, em complemento do que aparece no olhar do Governo do Estado como cobrança diante dessa repactuação, Riedel cita uma "duplicação em volume muito maior do que já foi feito". 

"Serviço; terceira faixa; o anel aqui de Campo Grande, que a gente precisa resolver essa passagem e travessia... então temos buscado essas soluções", afirma o governador. 

Relembre

Na última quarta-feira (13), o TCU aprovou a otimização do contrato de concessão dos 847,2 quilômetros da BR-163 que, desde 2014, é administrada pela MSVia, em uma repactuação que prevê R$ 12 bilhões de investimentos.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do MS (Setlog-MS) teceu duras críticas à repactuação do acordo de concessão, como bem acompanha o Correio do Estado, diferente da postura adotada há uma década, quando se mostrou entusiasta e defensor da privatização com a chegada da CCR MSVia. 

Vale lembrar que, ainda em setembro de 2023 o início dos investimentos na 163 eram esperados para janeiro deste ano, porém, não foi o que aconteceu. 

Se lançado olhar sobre esses adiamentos, o investimento previsto para janeiro de 2024 mudou para abril deste ano; foi para agosto e outubro, depois alterado para o início de 2025, até cravarem no mês passado que os recursos devem ficar só para o segundo semestre do próximo ano

Segundo previsão atualizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), os investimentos devem acontecer, agora, dentro de um prazo de oito meses, ou seja, entre meados de junho e julho. 

Há uma década a CCR MSVia ganhou a concessão de 30 anos, para investir nos 843 quilômetros concedidos da BR-163 que passam por 21 municípios em MS, instalando um total de nove praças de pedágio em funcionamento atualmente. 

Porém, diferente do que estava previsto, apenas 150 km da rodovia foram duplicados e, por isso, a falta de investimentos e obras foram cobradas tanto do Tribunal de Contas quanto da bancada federal, pelos deputados da Assembleia Legislativa ainda no fim de outubro. 

 

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