Cidades

Prejuízo

Falta de energia elétrica afeta moradores em 34 bairros de Campo Grande

Moradores e comerciantes de alguns bairros estão preocupados com o prejuízo financeiro após mais de 12 horas sem energia elétrica

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Após 12 horas da tempestade que atingiu Campo Grande, deixando rastros de destruição, 34 bairros ainda estão sem fornecimento de energia, preocupando moradores e comerciantes com os prejuízos financeiros causados pela interrupção. 

Segundo a última atualização da Energisa, cerca de 85% dos clientes afetados pela interrupção do fornecimento de energia já tiveram o serviço restabelecido. De acordo com dados da empresa, nas últimas 12 horas, foram restabelecidos 10 vezes mais clientes por hora do que em dias normais de serviço. É importante ressaltar que a concessionária está priorizando o atendimento a hospitais, unidades de saúde e ocorrências que coloquem a segurança da comunidade em risco.

Os bairros parcialmente afetados pela falta de energia são: 

  • Jardim São Lourenço
  • Pioneiros
  • Parque Residencial Rita Vieira
  • Alves Pereira
  • Universitário
  • Tiradentes
  • Cruzeiro
  • Chácara Cachoeira
  • São Francisco
  • Chácara dos Poderes
  • Vila Nasser
  • Jardim Autonomista
  • Santo Amaro
  • Jardim dos Estados
  • Coronel Antonino
  • Chácara das Mansões
  • Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian
  • Parque do Lageado
  • Mata do Segredo
  • Jardim Centro Oeste
  • Vila Sobrinho
  • Vila Santo Antônio
  • Conjunto Residencial Mata do Jacinto
  • Monte Castelo
  • Jardim Panamá
  • Moreninha
  • Jardim Paulista
  • Núcleo Industrial
  • Nova Lima
  • Conjunto Aero Rancho
  • Jardim Noroeste
  • Vila Taveirópolis
  • Conjunto Jose Abrão
  • Jardim Seminário

Após 18 dias de seca severa, Campo Grande registrou nesta quarta-feira (9) chuva de granizo, com rajadas de vento de até 85 km/h e mais de 220 mil descargas atmosféricas. A tempestade causou rompimentos de cabos e queda de galhos de árvores sobre a rede elétrica em vários bairros, e as equipes estão atuando simultaneamente nos reparos.

A Energisa alerta a população para que, ao encontrar cabos rompidos, mantenha distância, pois os cabos soltos podem estar energizados. A orientação é: não se aproxime em hipótese alguma e acione a Energisa. A tempestade deixou um rastro de destruição em Campo Grande, com ruas sujas de barro, lixo, queda de árvores, placas e até outdoors.


Inmet alerta para tempestades nas próximas 24 horas 

Alertando a população para as próximas horas, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), renovou nesta quinta-feira (10) o alerta de tempestades em todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul nas próximas 24 horas.

Conforme informações meteorológicas, a chuva esperada no estado pode atingir entre 30 até 100 milímetros, com rajadas de vento que devem atingir entre 60 a 100km por hora. 

Preocupados com a magnitude do vendaval que pode atingir os municípios de Mato Grosso do Sul, o Inmet reforça a população que não se abrigue debaixo de árvores e não estacione veículos próximos a placas de publicidade e também de torres de transmissão. 

Na chuva desta madrugada, segundo dados do meteorologista Natálio Abrahão, em Campo Grande, caiu mais 2.450 raios em mais de três horas de chuva. Por causa desta preocupação, o Inmet alerta que se possível  desligue aparelhos elétricos e também o quadro geral de energia elétrica. 

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Julgamento

Acusado de matar ator e depois se esconder em MS é julgado em São Paulo

Após cinco anos do crime, Paulo Cupertino Matias está sendo julgado em São Paulo. Ele esteve escondido em várias cidades de Mato Grosso do Sul, onde, em uma delas, trabalhava como cuidador de gado.

10/10/2024 17h00

Paulo Cupertino Matias, acusado de matar o ator Rafael Miguel e os pais do jovem, em julho de 2019, em São Paulo

Paulo Cupertino Matias, acusado de matar o ator Rafael Miguel e os pais do jovem, em julho de 2019, em São Paulo Divulgação/ Polícia Civil de São Paulo

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Paulo Cupertino Matias, acusado de matar o ator Rafael Miguel e os pais do jovem, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Silva Miguel, de 52 e 50 anos, respectivamente, em 9 de julho de 2019, começou a ser julgado nesta quinta-feira (10), no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Após o crime, o réu ficou 8 meses escondido em Mato Grosso do Sul, usando um nome falso, até ser preso em 15 de maio de 2022.

Segundo a denúncia do Ministério Público de São Paulo, Paulo Cupertino é acusado de matar o ator por não aceitar o relacionamento dele com sua filha, Isabela Tibcherani, que, na época, tinha 18 anos. Atualmente, a jovem deixou de usar o sobrenome do pai.

O ator Rafael Miguel, que atuou em novelas como Chiquititas, e seus pais foram assassinados em 2019 em uma rua próxima ao carro da família, quando deixavam Isabela na casa da mãe, localizada na zona sul de São Paulo.

Logo após o crime, Paulo Cupertino fugiu. Segundo as investigações, ele chegou a se esconder em uma fazenda em Mato Grosso do Sul, onde trabalhou como cuidador de gado. Ele também passou por um abrigo em Rio Brilhante, a 160 quilômetros de Campo Grande, e, quando foi preso, utilizava documentos falsos com o nome de Manoel Machado da Silva.

Paulo Cupertino também morou em Eldorado, a 441 quilômetros de Campo Grande, onde foi reconhecido por uma testemunha enquanto frequentava uma barbearia. Desde então, a polícia não teve mais notícias sobre o seu paradeiro.

Desde então, Paulo Cupertino Matias foi um dos criminosos mais procurados pelas autoridades de São Paulo. Ele foi preso em maio de 2022, quando foi encontrado escondido em um hotel em Interlagos, zona sul da capital paulista.

Como réu no julgamento, Cupertino responde na Justiça por triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Além dele, dois amigos, Eduardo José Machado e Wanderley Antunes Ribeiro, serão julgados no mesmo processo; porém, a dupla responde em liberdade.

Ambos são acusados de favorecimento pessoal, pois ajudaram Paulo Cupertino a fugir e se esconder após os homicídios. Eduardo é dono de uma pizzaria na zona sul, enquanto Wanderley morava em Sorocaba.

De acordo com informações do Portal G1, a previsão é que o júri termine até a próxima sexta-feira (11). Segundo a Justiça, a filha e a ex-mulher de Paulo Cupertino pediram para ser ouvidas de forma virtual, ou seja, sem a necessidade de estarem presentes no plenário.

O pedido chegou a ser recusado pelo juiz, mas foi autorizado que elas prestem depoimento sem a presença do réu.


O crime

Conforme relatos do Portal G1, câmeras de segurança gravaram o momento em que Paulo Cupertino atira em Rafael, João e Miriam em frente à casa onde Isabela morava com a mãe. Após os tiros, Cupertino fugiu do local.

Segundo as investigações, foram sete tiros em Rafael (um na cabeça, um no peito, três nas costas e dois no braço esquerdo). João foi atingido por quatro disparos (um no peito, dois no braço esquerdo e um no braço direito). Miriam acabou baleada duas vezes (uma no peito e outra no ombro).

Após três anos do crime, em maio de 2022, a Polícia Civil encontrou Paulo Matias Cupertino disfarçado, usando uma identidade falsa com outro nome em um hotel de São Paulo.

 

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Prefeitura de Ivinhema

CGU vê fraude em licitação do "mais louco do Brasil"

Além de superfaturar merenda, controladoria indica que administração do prefeito Juliano Ferro (PSDB) favoreceu fornecedor e ainda restringiu licitação

10/10/2024 16h03

Juliano Ferro, que se autoproclama o prefeito mais louco do Brasil, terá de explicar irregularidades à CGU

Juliano Ferro, que se autoproclama o prefeito mais louco do Brasil, terá de explicar irregularidades à CGU Reprodução Instagram

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Auditoria realizada pela Controladoria Geral da União (CGU) com os recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), enviados ao município de Ivinhema, indicou favorecimento a uma empresa que omitiu seu faturamento milionário para concorrer com microempresas, burlando o edital, que, segundo os auditores, já havia sido considerado muito restritivo.

A cidade de Ivinhema, localizada a 289 quilômetros de Campo Grande, é administrada pelo influencer Juliano Ferro (PSDB), que se autodenomina “o prefeito mais louco do Brasil”. O município foi apontado pela CGU no mesmo relatório como responsável por um superfaturamento de R$ 224,9 mil com os recursos enviados pelo Ministério da Educação, por meio do PNAE.

O Correio do Estado teve acesso em primeira mão às constatações dos controladores da União. 

Juliano Ferro, que se autoproclama o prefeito mais louco do Brasil, terá de explicar irregularidades à CGUJuliano Ferro comemora sua reeleição

Os auditores da CGU, ao inspecionarem os contratos da prefeitura, cujo responsável é o prefeito reeleito Juliano Ferro, notaram que a empresa C E G de Matos Eireli declarou ser uma microempresa e informou ter movimentado R$ 360 mil nos documentos anexados no processo licitatório para a contratação de merenda, realizados no início de 2022.

No entanto, a empresa auferiu, em 2021, um total de R$ 1,76 milhão em receita, valor muito superior ao limite de R$ 360 mil para ser considerada uma microempresa.

Além disso, em 2022, a C E G de Matos Eireli obteve receitas de R$ 1,07 milhão. “Dessa forma, a empresa obteve vantagem em relação às demais concorrentes ao declarar seu enquadramento como microempresa”, apontam os auditores da CGU.

A prefeitura de Ivinhema não se pronunciou sobre as irregularidades encontradas pelos auditores.

Limitação de concorrência

Os auditores também encontraram cláusulas no edital que podem ter limitado a concorrência no pregão. Embora a Lei de Licitações priorize os princípios de isonomia (igualdade entre os concorrentes), seleção da proposta mais vantajosa e vinculação ao edital, a lei também proíbe admitir, prever, incluir ou tolerar cláusulas ou condições que comprometam ou frustrem o caráter competitivo da licitação.

Os auditores identificaram uma cláusula com potencial de restringir indevidamente a competitividade no pregão de número 21/2022. A prefeitura exigiu que os licitantes apresentassem uma Declaração de Enquadramento do Porte Empresarial (MEI/EPP/EPP) emitida por contador ou técnico contábil com firma reconhecida. A legislação, no entanto, não exige o reconhecimento de firma.

Essa restrição pode ter sido a razão pela qual apenas três empresas se candidataram ao certame, que posteriormente resultou em compras superfaturadas.

Superfaturamento

O mesmo documento da CGU identificou superfaturamento de R$ 229,4 mil na compra de ítens da merenda escolar, conforme publicou o Correio do Estado nesta quarta-feira (9)

A reportagem mostra que o sobrepreço que resultou no superfaturamento ocorreu na compra de itens como carne bovina, carne de frango, ovos de galinha, pão, leite e outros alimentos destinados aos estudantes das escolas públicas do município.

O maior sobrepreço identificado pela CGU foi na compra de carne bovina. Enquanto os supermercados de Ivinhema consultados pela CGU cobravam, em média, R$ 33,99 pelo quilo do alimento nas especificações contidas no edital, o município pagou R$ 44,90 pelo produto, resultando em uma diferença de R$ 10,91 por quilo. Como foram adquiridos 9 mil quilos de carne durante o período analisado, o sobrepreço na compra de carne bovina foi de R$ 98.190,00.

Além disso, houve sobrepreço, com posterior superfaturamento, na compra de pão francês. A prefeitura pagou R$ 16,20 pelo quilo do pão, enquanto o preço estipulado no Diário Oficial, que deveria ser seguido, era de R$ 10,61, gerando uma diferença de R$ 61.490,00 em recursos públicos repassados pelo governo federal. A administração do “prefeito mais louco do Brasil” terá de explicar essa discrepância.

“Houve prática de superfaturamento decorrente de sobrepreço contratual no Pregão Eletrônico nº 21/2022 no valor apurado de R$ 224.955,00 (R$ 155.515,00 em favor da C E G de Matos EIRELI e R$ 69.440,00 em favor da B A Marques LTDA), o equivalente a 20% do valor da amostra (10 itens de maior materialidade financeira — 81,03% do valor total adjudicado)”, apontou a CGU em seu relatório.

Para efeito de comparação, o valor utilizado para a compra dos itens foi de R$ 778,2 mil. Ainda segundo a CGU, os recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) foram devidamente transferidos. A prefeitura de Ivinhema não ofereceu qualquer explicação ao órgão federal de controle sobre as inconsistências encontradas.

O sobrepreço foi identificado nos seguintes itens:

  • 12 mil quilos de frango: sobrepreço de R$ 14,1 mil;
  • 12 mil litros de leite pasteurizado: sobrepreço de R$ 17,4 mil;
  • 3 mil litros de óleo de soja refinado: sobrepreço de R$ 12,4 mil;
  • 3 mil quilos de feijão carioquinha tipo 1: sobrepreço de R$ 2,1 mil;
  • 3 mil dúzias de ovos de galinha brancos: sobrepreço de R$ 1,4 mil;
  • 2 mil quilos de cenoura: sobrepreço de R$ 15,3 mil;
  • 2,5 mil quilos de repolho: sobrepreço de R$ 10,025 mil;
  • 9 mil quilos de carne bovina: sobrepreço de R$ 98,1 mil;
  • 11 mil pães franceses: sobrepreço de R$ 14,1 mil.
  • Em contrapartida, o município pagou um item com preço abaixo da média de mercado: R$ 7,6 mil pela compra de 6 mil quilos de coxa e sobrecoxa de frango.

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