Cidades

CAMPO GRANDE

Após ter Jeep apreendido, influenciador afronta polícia em Ferrari

Com mais de 2 milhões de seguidores, César Rincon postou vídeo passeando com a Ferrari em frente ao Batalhão de Choque em Campo Grande e questionou se haveria nova apreensão

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Após ter o Jeep Gladiator, avaliado em cerca de meio milhão de reais, apreendido por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, o influenciador digital César Rincon providenciou outro veículo para transitar nas ruas de Campo Grande: uma Ferrari.

Em vídeo postado nas redes sociais, onde tem mais de 2,6 milhões de seguidores, nessa sexta-feira (11), o influencer afronta a polícia, ao passar com a Ferrari em frente ao Batalhão de Choque, no Parque dos Poderes.

Em outra publicação, ele posa na frente da Ferrari e questiona se o novo veículo também será apreendido. "Agora pode? Ou muito baixo também tem problema?", diz.

Logo após a apreensão, ele já havia se manifestado afirmando que "um presente misterioso" chegaria, se referindo a Ferrari.

Apreensão

Jeep foi apreendido por irregularidadesJeep foi apreendido por modificações em desacordo com a legislação

César Rincón é de Goiás e veio para Campo Grande participar de um encontro com seguidores e amigos nos altos da Avenida Afonso Pena.

Devido a aglomeração que se formou no local, uma equipe do Batalhão de Choque, que realizava patrulhamento pela avenida, se deslocou para o estacionamento do Bioparque Pantanal com a finalidade de reforçar o policiamento. 

Durante a abordagem, os policiais teriam identificado irregularidades no veículo utilizado pelo influenciador. Conforme informações, o Jeep Gladiator Rubicon era modificado, e tais mudanças não constavam no Certificado de Segurança Veicular (CSV), em desacordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

"As modificações que alteram características estruturais, como suspensão, e outros, comprometem a estabilidade do veículo, podem aumentar significativamente o risco de acidentes. Isso não apenas coloca o motorista e passageiros em perigo, mas também outros usuários da via. Foi observado também som alto e algazarra defronte o parque da avenida Afonso Pena", disse a PM, em nota.

Em função desses aspectos, o veículo foi recolhido por representar um risco à administração da ordem pública e à segurança dos demais usuários que transitam nas vias.

Um segundo veículo presente no evento estava sem a placa dianteira de identificação e com características originais alteradas. No entanto, não foram identificadas infrações passíveis de recolhimento.

Nas redes sociais, o influencer negou qualquer irregularidade, brincou com a situação e acusou os policiais de "criarem leis".

"Gente, se eu estivesse errado eu calava a minha boca, era outros quinhentos. Agora, eu fico indignado, como o pessoal consegue inventar lei, criar lei que não existe, entendeu? (...) Aí eu fico 'grilado', agora eu vou aloprar também, os caras ficaram aqui até agora me esperando para apreender meus 'trem' aqui, e amanhã eles colhem o presente misterioso", disse em vídeo.

Em outra postagem, utilizou uma foto da abordagem, mostrando os policias, e escreveu "Gostaram tanto do Jeep que vão levar pra eles".

Mesmo sem o Jeep, na noite de sexta-feira o influenciador participou de evento em Nova Andradina, onde também havia policiamento devido a aglomeração de pessoas, mas não houve intercorrências.

Reincidente

No dia 30 de dezembro do ano passado, o influencer vivenciou situação semelhante em Itapema, no litoral de Santa Catarina. A Polícia Militar foi acionada porque o encontro organizado por César estava causando "perturbação do sossego".

No local, os policiais constataram que o veículo utilizado por ele, uma caminhonete Dodge RAM 1500, estava modificada, pintada de branco enquanto no documento constava que o veículo era preto.

Na ocasião, ele também debochou dos policiais, perguntando "o que foi, tá encantado?” enquanto o veículo passava por vistoria.

tjms

Salário é de R$ 151 mil, mas 27% faltam à 1ª prova de concurso

Prova do 34º concurso para juiz de MS foi realizada na tarde deste domingo (21) e gabarito será divulgado nesta terça-feira (23)

22/12/2025 07h56

Equipe organizadora do 34º do Tribunal de Justiça acompanhou a aplicação da prova na tarde deste domingo, na UCDB

Equipe organizadora do 34º do Tribunal de Justiça acompanhou a aplicação da prova na tarde deste domingo, na UCDB

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Mesmo estando em disputa o segundo maior salário de juiz do Brasil, que em 2024 teve média mensal de R$ 151.156,00, um total de 27,22% dos 2.814 inscritos para o concurso de juiz de Mato Grosso do Sul não compareceram à prova objetiva realizada na tarde deste domingo (21), em Campo Grande. 

As provas do 34º concurso para a magistratura estadual foram realizadas na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) e a previsão é de que o gabarito oficial seja publicado nesta terça-feira (23).

E, por conta da falta de 766 inscritos, a disputa pelas 15 vagas caiu de 187 candidatos por vaga para 136 candidatos. Nesta primeira etapa, composta pela prova objetiva seletiva, 2.048 candidatos compareceram. Do total de 2.814 inscritos, 691 candidatos se autodeclararam negros e 249 com deficiência.

E os altos salários certamente são a explicação por esta alta procura. Dados do Conselho Nacional de Justiça relativos a 2024 revelam que os magistrados de Mato Grosso do Sul estão em segundo lugar no ranking salarial, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro. Em 2023, porém, os juízes de Mato Grosso do Sul estiveram em primeiro lugar, conforme o mesmo CNJ. 

Além das 15 vagas para contratação imediata, o Tribunal de Justiça também vai formar um cadastro reserva, permitindo que possíveis aprovados sejam convocados posteriormente. 

A primeira prova foi composta por 100 questões de múltipla escolha, com cinco alternativas cada, sendo atribuído o valor de 0,1 ponto para cada questão respondida de acordo com o gabarito oficial. 

Das 15 vagas e formação de cadastro de reserva para o cargo de juiz substituto, um total de  5% são reservadas para candidatos com deficiência e 20% destinadas a candidatos negros. O certame será composto por cinco etapas, sendo a primeira e a segunda executadas pela Fundação Getúlio Vargas, e as demais pela sua comissão organizadora. Todas, no entanto, serão realizadas em Campo Grande.

A próxima etapa do concurso será composta por provas escritas, nas modalidades discursiva e elaboração de sentenças, ambas de caráter eliminatório e classificatório.

Na terceira etapa, com caráter eliminatório, os candidatos classificados nas duas primeiras fases serão convocados para, no prazo de 15 dias úteis, requererem sua inscrição definitiva, mediante formulário próprio por eles assinado e dirigido ao Presidente da Comissão do Concurso, Des. Dorival Renato Pavan. 

Depois disso, a comissão organizadora fará sindicância da vida pregressa e investigação social do candidato, o qual deverá se submeter a exames de saúde física e mental e psicotécnicos, por ele próprio custeados.
A quarta etapa corresponde à prova oral, de caráter eliminatório e classificatório, momento em que os candidatos serão arguidos pelos examinadores, individualmente. A quinta e última fase do certame consiste na avaliação dos títulos apresentados pelos candidatos no momento de sua inscrição definitiva e entregues na Secretaria da Magistratura do TJMS.

O prazo de validade do concurso será de dois anos, contados da publicação da homologação do resultado final, prorrogável, uma única vez, por igual período, a critério do Tribunal de Justiça. 

São requisitos para investidura cargo de juiz substituto: ser brasileiro, ou de naturalidade portuguesa amparada pelo Decreto n. 70.391/1972; estar em gozo de seus direitos civis e políticos; estar em dia com as obrigações eleitorais e com o serviço militar (se do sexo masculino); ser bacharel em Direito com diploma reconhecido; ter, no mínimo, três anos de atividade jurídica depois de formado; não registrar antecedentes criminais; gozar de sanidade física e mental, dentre outros requisitos.
 

SUPERSALÁRIOS

Em 2023, o custo salarial médio de cada juiz de MS era de R$ 120,354,00, deixando Mato Grosso do Sul em primeiro lugar no rankig dos magistrados mais caros do país. Mas,  do aumento da ordem 25% nestes cursos em 2024, o Estado foi superado pelo Rio de Janeiro, onde o custo médio mensal subiu de R$ 92.643,00 para R$ 162.897,00. 

A disparada nos custos não é exclusividade de Mato Grosso do SUl. O relatório do CNJ aponta que, em média, os valores cresceram em 20% na despesa por magistrado em todo o país, passando de R$ 73.777,00 para R$ 92.752,00 mensais.

Os dados mostram que os juízes de Mato Grosso do Sul custam 63% acima da média nacional aos contribuintes locais. Porém, se a comparação for Amazonas, estado onde é registrado o menor custo, de R$ 41.555,00, a diferença é de 263%. 

Assim como em anos anteriores, o relatório do CNJ diz que "é importante esclarecer que os valores incluem os pagamentos de remunerações, indenizações, encargos sociais, previdenciários, imposto de renda, despesas com viagens a serviço (passagens aéreas e diárias), o que não corresponde, portanto, aos salários, tampouco aos valores recebidos pelos(as) servidores(as) públicos". 

A maior parte dos recursos destinados ao pagamento dos salários e benefícios dos magistrados estaduais provem do repasse de impostos do Executivo. Uma parcela, porém, é bancada com a cobrança de taxas e repasses feitos pelos cartórios. 

E no ranking do valor das taxas, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul também está no topo. "O Diagnóstico das Custas Processuais Praticadas nos Tribunais (BRASIL, 2023) produzido pelo CNJ, mostra que os maiores valores praticados nas custas iniciais ou taxas judiciárias mínimas estão no TJRJ, no TJMS, no TJMT e no TJGO". 

(Com informações da assessoria do TJMS)

CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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