Cidades

ALIMENTO SAUDÁVEL

Araticum, jatobá, guavira, macaúba, são ''vedetes'' em Mato Grosso do Sul

Ministério da Saúde lançou livro Alimentos Regionais Brasileiros na última terça-feira

Da Redação

12/04/2015 - 15h00
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 O nome parece escolhido por chef famoso de restaurante internacional: Araticum, jatobá, guavira, macaúba, são ''vedetes'' em Mato Grosso do Sul

Araticum

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Essa é a denominação da famosa ''fruta do mato (cerrado)" araticum, conhecida como pinha-do-cerrado, fruta-do-conde pequena, imbira, pinha, entre outros. 

É encontrado no cerrado, em Mato Grosso do Sul, mas também no Distrito Federal, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Pará e Piauí, Tocantins.

Faz parte do grupo de comida saudável e figura no livro Alimentos Regionais Brasileiros, lançado na última terça-feira (7) pelo ministro Arthur Chioro em comemoração ao Dia Mundial da Saúde que teve como tema a ''alimentação''.

Mais sobre o araticum: 

Os frutos podem ser consumidos ao natural e sua polpa pode ser utilizada em doces, sucos, geleias, iogurtes, licores, tortas e sorvetes. A polpa de araticum pode ser conservada por meio de congelamento. Foi verificado que, após um ano, nessas condições, a polpa apresentou o mesmo sabor e coloração.

Obra

O Ministério da Saúde informa que o objetivo do livro é estimular a população para o consumo de uma alimentação saudável capaz de promover saúde e mais qualidade de vida, reduzindo a obesidade, diabetes, hipertensão e outras doenças.

Para reforço à proposta, são apresentados dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2014) mostrando que apenas um quarto da população brasileira (24,1%) consome a quantidade de frutas e hortaliças recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em cinco ou mais dias da semana.

Segundo a OMS, a ingestão necessária é de pelo menos 400 gramas desses alimentos diariamente. Esse consumo é ainda menor entre os homens, quando o índice é de 19,3%, e maior entre as mulheres, 28,2%.

A obra do Ministério da Saúde apresenta, ainda, receitas fáceis com a utilização dessa matéria-prima.

ARATICUM: RECEITA

 

Ingredientes Peso bruto medida caseira.
 

  • Frango 400 g ou 2 peitos;
  • Cebola 150 g ou 1 unidade média;
  • Alho 15 g ou 5 dentes;
  • Água 240 ml ou 1 xícara de chá;
  • Polpa de araticum 200 g ou 1 prato
    Caldo de frango 840 ml ou 3 xícaras de chá;
  • Pão francês amanhecido 150 g ou 3 unidades;
  • Azeite 30 ml ou 3 colheres de sobremesa;
  • Aveia 15 g ou 1 colher de sopa;
  • Cheiro-verde 10 g ou 1 colher de sopa;
  • Rendimento: 560 g ou 5 porções;
  • Porção: 110 g ou 2 colheres de sopa.
     

Modo de preparo

1. Cozinhar o frango com a cebola, o alho e a água;
2. Coar o caldo e desfiar o frango;
3. Juntar o frango ao caldo de cocção, acrescentar a polpa de araticum e o caldo de frango preparado previamente;
4. Aquecer a mistura e adicionar os pães esmigalhados;
5. Mexer e colocar em um refratário redondo (30 cm de diâmetro);
6. Regar com o azeite, polvilhar a aveia e levar ao forno para gratinar por 10 minutos;
7. Salpicar com o cheiro-verde e servir.

Jatobá

Hymenaea sp

Quem não conhece? O cheiro é forte, mas o fruto pode ser consumido cru ou cozido com leite. 

O alimento, fornece farinha de ótimo valor nutritivo. 

1 quilo de farinha pode ser obtido com 60 ''vagens'' desse fruto de casca escura e que são coletados de setembro a dezembro. 

Na culinária, a polpa farinácea é utilizada em bolos, pães, mingaus, só para citar algumas iguarias.

Mais uma utilidade do jatobá: a resina produzida é utilizada na indústria e na área farmacêutica, sem contar que a árvore é comumente empregado na arborização urbana.

JATOBÁ: RECEITA

 

Ingredientes Peso bruto Medida caseira.

  • Farinha de trigo 245g ou 2 ½ xícaras de chá;
  • Farinha de jatobá 40g ou 1 xícara de chá;
  • Água 150 ml ou ¾ xícara de chá;
  • Ovo 110g ou 2 unidades;
  • Fermento biológico seco 5g ou ½ sachê;
    Açúcar 20g ou 1 colher de sopa;
  • Queijo muçarela ralado 100g;
  • Orégano 0,5g ou 1 pitada;
  • Sal 4g ou 1 colher de chá cheia;
  • Óleo vegetal o suficiente para untar a assadeira.
  • Rendimento: 535g 17 porções
    Porção: 30g

Modo de preparo

1. Colocar as farinhas em um recipiente plástico e juntar metade da quantidade de água e os ovos;
2. Amassar até formar uma massa uniforme e acrescentar o fermento biológico e o açúcar dissolvido no restante da água (morna);
3. Continuar sovando a massa até que ela se desprenda naturalmente do recipiente e das mãos;
4. Deixar em repouso por 30 minutos;
5. Sovar a massa novamente;
6. Deixar repousar por mais 2 horas;
7. Misturar o queijo ralado, o orégano e o sal;
8. Fazer bolas médias e colocar em uma assadeira untada com o óleo vegetal;
9. Levar ao forno preaquecido (200 ºC) por 30 minutos.

Guavira

Quem também pede passagem como alimento saudável é a guavira, conhecida ainda como guabiroba. 

As informações do alimento são de que representa uma das maiores famílias da flora brasileira, com 23 gêneros e cerca de mil espécies. 

Os frutos são globosos e a polpa, quando maduros, é amarelada.

Apesar de não ser uma das principais fontes de vitamina C – como o caju, que contém 219,7 mg de vitamina C –, apresenta quantidade razoável (33 mg) de ácido ascórbico. 

O florescimento ocorre de modo bem intenso, por curto período de tempo, de agosto a novembro, com pico em setembro. Frutifica de setembro a novembro. 

Veja a referência que faz o livro do Ministério da Saúde: "A comunidade da cidade de Bonito (MS), promove todo ano, no mês de novembro – época de frutificação da espécie –, o Festival da Guavira, com o intuito de resgatar a cultura e a história da comunidade. 

A escolha da fruta como nome do festival surgiu da necessidade de conservação dos recursos naturais, em consequência da substituição do cerrado por pastagens. O festival envolve concurso para eleger a melhor “guavira” da região, apresentações musicais, teatro, dança, palestras, exposições, comidas típicas e os mais diversos produtos derivados da guavira".

Macaúba

Mboca” (que se quebra estalando) + “ya” (fruto) + “iba” (árvore). 

Seus outros nomes são bocaiúva, bocaiuveira, bacaiúva, coco-babão, coco-baboso, cocomacaúba, coqueiro-de-espinho, macaúba, macaúva, macajuba.

Esse é o nome guarani da macaúba que mede de 2 cm a 4 cm de comprimento, por 3 cm a 5 cm de diâmetro, e que pesa de 30 g a 50 g. 

Nasce de árvore imponente: as macaubeiras maiores atingem, por exemplo, dimensões próximas a 20 m de altura na idade adulta.

A polpa é consumida in natura. É doce e mucilaginosa, prestando-se para o preparo de refresco, doces, geleias e extração de gordura. A polpa da macaúba também é utilizada na produção de farinha utilizada em bolos, mingaus, vitaminas e sorvetes. 

O óleo da amêndoa é incolor e substitui o azeite de oliva, podendo ser usado para cozinhar. 

A amêndoa pode ser comida torrada, como o amendoim, ou pode ser consumida in natura, na forma de doces. 

O peso da parte comestível do palmito varia de 1 kg a 3 kg. Com o palmito, podem-se preparar pratos.

O óleo e a polpa são usados na fabricação de sabão caseiro.

E o Alimento informa: "Há um centro de produção de farinha de macaúba em Corumbá, Mato Grosso do Sul, ligado à Casa do Artesão. 

É um trabalho comunitário que desenvolve atividades em bases artesanais valorizando a mão de obra local e tem como objetivo sensibilizar a população sobre o valor dos produtos da região"

 

BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

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