Cidades

BIOMA

A+ A-

Área de refúgio dos animais vira novo foco de incêndio no Pantanal de MS

Queimada na Serra do Amolar voltou esta semana por falta de chuvas e raios constantes

Continue lendo...

A área da Serra do Amolar, no Pantanal, registra novos focos de incêndios esta semana, devido falta de chuvas significativas e muitos raios na região. 

O local foi um dos poucos preservados durante o período crítico de incêndios nos últimos dois meses e se tornou o único abrigo para animais que conseguiram sobreviver às queimadas.

De acordo com o analista ambiental do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), Alexandre Pereira, os novos incêndios iniciaram com raios que atingiram a região do Parque Nacional do Pantanal de Mato Grosso. 

No dia 31 de outubro o fogo atingiu a região da Serra Amolar, única preservada dos últimos incêndios e refúgio dos animais em Mato Grosso do Sul.

O analista relata que os incêndios não são tão intensos quanto os que ocorreram nos meses anteriores, mas que precisam ser combatidos rapidamente por serem áreas de refúgio dos animais. 

“Esse é um incêndio que preocupa muito porque os animais estão todos ali, a maior parte deles que conseguiram fugir do fogo se refugiaram ali. É muito importante a gente conseguir proteger e minimizar o mais rápido possível os impactos nesta região”, disse.

BRIGADISTAS

As últimas operações no Pantanal encerraram no dia 24 de outubro, quando todos os brigadistas de outros estados voltam para as bases, pois os incêndios já estavam contidos. 

Pereira ressaltou em entrevista para o Correio do Estado que não havia possibilidade de retorno de grandes queimadas, e o que pudesse surgir de incêndios a partir da data, o contingente local de Corumbá seria suficiente para atender as ocorrências.  

Com os novos focos, brigadistas de outras regiões foram chamados para atuar no local novamente. 

A área de incêndios conta com 17 pessoas do Ibama Prevfogo de Corumbá, cinco brigadistas do Instituto Homem Pantaneiro e 10 bombeiros militares de Corumbá, Aquidauana e Jardim para combater o fogo. 

Pereira explica que a Serra do Amolar é uma região de difícil acesso, o que dificulta as ações de prevenção. “É uma área difícil para acesso e deslocamento, é uma região montanhosa, a equipe tem que subir e descer”.

No Pantanal do Mato Grosso, região vizinha da Serra do Amolar, há brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) do Parque Nacional, brigadistas do Ibama Prevfogo e um helicóptero do Ibama.

Todos eles ajudam no combate nos dois estados, com deslocamento de pessoas e lançamento de água nas frentes de incêndio.

RAIOS

Pereira explica que uma parte dos incêndios foi causada por raios que atingiram a região no Mato Grosso e por focos remanescentes das queimadas anteriores. 

“Tudo isso somou com uma não ocorrência de chuvas, ou com pouco volume, nessa região norte do Pantanal sul-mato-grossense, que fez com que esses incêndios permanecessem ou até mesmo surgissem, como no caso do raio”, afirmou.

De acordo com a meteorologista, Franciane Rodrigues, em outubro choveu mais do que foi esperado em Corumbá, a estimativa era de 76,1 milímetros e o volume atingiu 120,8 mm. 

Rodrigues detalha que mesmo com alto volume de chuva, nos últimos dias de outubro foi verificado uma intensa atividade elétrica sem chuva.  

Segundo a meteorologista, isso ocorre porque para gerar um raio não é necessário a presença de chuva, apenas  nuvens de médio a grande porte. 

“Qualquer formação de nuvem que seja de médio porte possui atividade elétrica sem necessariamente chover. Isso ocorre porque dentro da nuvem há correntes ascendentes e descendentes, o qual as gotas acabam se atritando. Quando a nuvem está saturada de carga elétrica ela dispara”.

 

PREVISÃO

Segundo o meteorologista da Estação Meteorológica da Uniderp, Natálio Abrahão, uma frente fria do litoral do país vai atingir Mato Grosso do Sul na próxima semana, com chuvas isoladas e fortes, com queda de granizo no sul. 

Já na região de Corumbá e Ladário, a instabilidades pode ocasionar raios e ventos intesos até a terça-feira (10). O fim de semana, porém, será de predomínios de sol, calor e poucas nuvens, devido a presença de massa de ar em todo o Estado.  

ÁREA QUEIMADA

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que os focos de incêndio voltaram a crescer a partir de segunda-feira. Na semana do dia 26 de outubro a 1º de novembro foram registrados apenas seis focos no Pantanal de Mato Grosso do Sul. 

Nos últimos quatro dias já foram notificados 20 novos focos de queimadas na região, com um aumento de 3,5%.

Com as fortes queimadas que atingiram o Pantanal em setembro e outubro, durante o ano foram identificados 21.375 mil focos de incêndio no bioma, com aumento de 131% em relação ao mesmo período de 2019, de acordo com o Inpe.  

Segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), 28% do bioma foi consumido pelo fogo, tanto em Mato Grosso, quanto no Estado. 

ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

Continue Lendo...

A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

Assine o Correio do Estado

PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Continue Lendo...

O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

   Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).