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A vitória de Trump e a integridade das plataformas digitais

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A recente vitória de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos não só sinaliza uma guinada no cenário político americano, como também aponta para novas perspectivas no debate sobre a regulamentação das redes sociais. Com promessas de uma administração focada na liberdade de expressão, eficiência governamental e menor interferência estatal, é provável que o setor digital enfrente mudanças significativas nos próximos anos.

A possível nomeação de Elon Musk para uma comissão de auditoria federal é um sinal claro de que Trump pretende se cercar de líderes empresariais para implementar uma governança mais enxuta e direcionada para resultados. Musk, um empresário amplamente conhecido pela defesa da liberdade individual e por sua resistência a controles excessivos, representa a visão de um setor público inspirado na eficiência privada.

Essa proposta reforça a orientação de uma economia liberal em que o governo atua como facilitador, e não como controlador. Integrar líderes empresariais como Musk pode abrir caminho para que plataformas digitais operem com menos regulamentação e menos barreiras para a liberdade de expressão dos usuários.

A Seção nº 230 do Communications Decency Act, que protege as plataformas de responsabilidade sobre o conteúdo postado por terceiros, deve ser revista. 

Sob a liderança de Trump, a proposta não é eliminar essa proteção, mas ajustá-la, para que as redes sociais não se sintam “blindadas” a moderar conteúdos de maneira unilateral e ideológica.

A premissa é a de que o público decide o que quer ver e ouvir, e não um pequeno grupo de moderadores. Em uma sociedade verdadeiramente livre, é essencial que a pluralidade de opiniões seja respeitada, sem que haja intervenções indevidas na liberdade de expressão individual.

O impacto da vitória de Trump e de suas políticas de incentivo à liberdade de expressão também pode influenciar países na América Latina, como o Brasil, que enfrentam dilemas semelhantes. 

A possibilidade de redes sociais mais livres e de menos interferência governamental pode inspirar um movimento de resistência contra a censura e de defesa da transparência. Contudo, é fundamental que as plataformas mantenham sua independência sem se tornarem instrumentos de controle.

A administração de Trump, ao trazer uma visão liberal e pragmática, pode redefinir as bases regulatórias das redes sociais. A possível presença de Musk no governo estadunidense reflete um desejo de modernizar a máquina pública, reforçar a transparência e limitar as intervenções governamentais no setor digital.

Esse é o momento para consolidar uma regulamentação que respeite a liberdade de expressão, incentive o mercado livre e fortaleça a integridade das plataformas digitais, promovendo um ambiente em que as ideias possam fluir sem restrições ideológicas.

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Inovar no Brasil é navegar em um mar indomável

08/11/2024 07h30

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Assim como o mar, podemos traçar um paralelo e dizer que hoje no Brasil não é fácil navegar nessas águas indomáveis da inovação e do empreendedorismo. 

Isso porque os modelos e as ferramentas que foram criadas ao longo das últimas quatro décadas vêm se mostrando menos eficientes no apoio ao desenvolvimento dos projetos de inovação e às startups. O mundo mudou nos últimos 40 anos, e os fatores críticos de sucesso também se alteraram. Por isso, é imprescindível que os empresários, ao longo da jornada, tenham no radar recomendações essenciais para ter sucesso em seus projetos e prosperar, independentemente da área de atuação.

Mas por onde começar? O primeiro passo é saber onde buscar boas oportunidades de inovação. Se for um projeto que será iniciado do zero, como inovação aberta ou uma startup, é importante focalizar em áreas pouco exploradas, como agronegócio, qualidade de vida, ESG ou sustentabilidade. São frentes em que se tem grandes oportunidades para desenvolvimento.

Agora, se for uma inovação incremental, ou seja, dentro de um negócio já existente, é preciso olhar detalhadamente os processos da empresa, principalmente os que se relacionam com clientes e fornecedores. Considerar tempo, custo envolvido, quantidade de pessoas, nível de satisfação e volume, que como indicadores podem ajudar a encontrar boas oportunidades.

O boom das informações digitais e o big data também pode ser um campo fértil para empreender, uma vez que informações sobre o comportamento da sociedade costumam ser de muito interesse para órgãos de controle público, agências de pesquisa e agentes financeiros. Mas vale lembrar a necessidade de olhar as oportunidades que estão relacionadas ao projeto que traçou.

Por exemplo, os aplicativos de mobilidade: além de alocar o trajeto e conseguir transporte, eles colecionam a estatística dos trajetos, criando mapas inteligentes de mobilidade urbana e mostrando hábitos da sociedade – e isso também vale dinheiro!

O próximo passo é fazer algumas perguntas. Essa inovação interessa ao cliente? E o mercado comprador vê valor na oferta e está maduro para essa escolha, em vez de outras opções? Pois o custo e a curva de tempo podem inviabilizar um projeto. Então, priorizar esse eixo é obrigatório, se houver clientes e foi um nicho escalável, a chance de sucesso aumenta muito.

A partir do lançamento de uma versão da solução, todos os esforços têm que se voltar para o crescimento da curva de clientes. Nessa etapa do projeto, a prioridade é conquistar um rápido desenvolvimento sustentável, ou seja, ganhar clientela. Um projeto que não achou seu modelo de crescimento de clientes, ou seja, escalando, normalmente não encontrará investidores. Você pode subordinar tudo a essa prioridade – depois que colocou o carro na pista, não para tampouco desacelera.

Outro ponto de atenção aos empreendedores é que, exceções à parte, o mercado de investimento não está mais receptivo a fazer aporte para queima de caixa em prol do crescimento. Principalmente em oceano vermelho, aqueles em que já têm vários participantes tentando se posicionar e crescer. Então, para essa etapa do projeto de inovação, não é interessante sobrecarregar o custo.

Vale planejar uma estratégia de custo variável, por exemplo pessoas em tempo parcial ou a compra de mão de obra pontual nas necessidades devem ser consideradas como forma de melhorar o payback (é um indicador financeiro que mede o tempo necessário para que o valor investido em um projeto seja recuperado). Pois o mercado não compra passivo.

Para ajudar nessas etapas e em outros problemas dentro desse cenário de inovação, existem as aceleradoras. Mas os programas de investimento dos aparelhos de aceleração estão cada vez mais restringindo a aplicação do capital para pagamento de salários e desenvolvimento de softwares. O racional por trás dessa questão é que, na fase de aceleração, o pequeno time que se propõe a tocar o projeto é geralmente composto por fundadores, com perfil empreendedor e alocação parcial no início do projeto ou atuando em horários alternativos com suas outras atividades.

Portanto, se o projeto não conseguir reunir um pequeno núcleo que compartilhe do propósito da startup e que prove sua disposição em investir, não vai encontrar eco no mercado. A mesma lógica se dá com o software. Se eu não consigo empolgar um desenvolvedor com um projeto para a construção da versão 1.0 nas suas horas de folga em troca de participação societária, porque alguém mais deveria investir?

Esses são alguns dos muitos pontos que passam a inovação e seus projetos e que devem estar no radar de todo bom empreendedor, esteja ele começando ou em pleno crescimento. Buscar conhecimento e orientação é sempre o melhor caminho para o sucesso na inovação!

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Como você quer ser quando envelhecer?

07/11/2024 07h45

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Assim como um dia já nos perguntamos o que queríamos ser quando crescer, devemos nos perguntar o que queremos ser quando envelhecer. Vamos ficar velhos? Ninguém sabe. Mas, e se, de repente, acontecer e não tivermos um projeto? Se desejamos uma velhice com autonomia, independência e qualidade de vida, precisamos começar a nos planejar, cuidando da saúde física, emocional e financeira.

Para aproveitar bem o tempo que nos resta, é fundamental mantermos uma boa saúde. Não tem como falar em uma velhice ativa sem pensar na importância de uma alimentação saudável, que mantenha o corpo funcional e bem-disposto. Além disso, é essencial que façamos um planejamento das finanças, buscando assegurar uma renda estável, capaz de cobrir nossas despesas, sem sobrecarregar nossos filhos ou outros familiares com essa responsabilidade. As decisões financeiras que garantirão tranquilidade na velhice devem ser tomadas com bastante antecedência, antes de entrarmos na terceira idade.

Às vezes temos medo de nos aposentar e ficar sem fazer nada, com uma sensação de vazio. O que pode acontecer de pior é ficar sentado no sofá e passar o dia vendo TV ou mexendo no celular. Aí não tem emocional que resista, não tem como escapar da depressão, da sensação de uma vida sem sentido. Nosso corpo e nosso cérebro vão atrofiar, por falta de atividade. Por isso, também temos que nos preparar para a aposentadoria. Fazer planos para quando tivermos tempo disponível, ao deixarmos de trabalhar ou com menos tarefas domésticas.

As relações são uma parte importante de nossa vida. Quanto melhores são os relacionamentos que os idosos mantêm com a família, os amigos, a vizinhança, os grupos de apoio, melhor e mais saudável é o envelhecimento. A proximidade com pessoas, o se sentir aceito – importante e necessário –, impede o isolamento dos mais velhos. A solidão deteriora a saúde física e mental.

É necessário, sim, refletir que tipo de velhice queremos viver e nos planejarmos para ela, pensando em um projeto de envelhecimento. Tire um tempo para pensar em como você planeja envelhecer.

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