Artigos e Opinião

OPINIÃO

Benedito Rodrigues da Costa: "Por que não capacitam o índio da Amazônia"

Economista

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A humanidade evoluiu desde sua aparição no Planeta Terra, e os estudos que chegam ao nosso conhecimento nos tempos atuais, dão conta de que suas primeiras habitações foram as cavernas. Como viviam em tribos familiares, eles dividiam as tarefas, na busca da sobrevivência, e a caça se constituía na sua principal atividade. Com isso aos poucos os humanos foram se deslocando, inicialmente pelas cercanias de suas moradias, mas, o senso de observação lhes indicava que era necessário afastar para lugares mais distantes, onde a caça era abundante.

Assim, os deslocamentos fizeram com que se habituassem a outros tipos de habitações, como barracas e ocas e outros tipos de proteção; era o princípio da evolução da espécie que aos poucos foram fazendo uso de suas faculdades mentais para a necessá-ria mudança dos usos e costumes pela sobrevivência. Isso foi  há milhares  de anos, até que o ser humano atingisse o nível atual.

O continente americano, com cinco séculos de descobrimento, tem muito a descobrir, muito embora tenhamos conhecimento de que Pedro Alvares Cabral quando aportou no Brasil, surpreendeu-se com a espécie humana que aqui habitava, ainda vivendo de forma primitiva, porém, com uma visível  noção de evolução e de sensibilidade, como também, de fácil convivência. Isso contribuiu para a dominação da terra descoberta, bem como o conhecimento de suas potencialidades.

A principal riqueza disponível, era o pau-brasil, que passou a ser explorada de imediato, e, segundo a história nos relata, os descobridores não conseguiam a colaboração dos índios nessa tarefa, eis que eles se recusavam  a trabalhar, e aos poucos, foram se recolhendo para o interior das florestas. Seria uma atividade para a qual não tinham aptidão, nem cultura, pois, vi-viam da caça e da pesca. Isso é muito curioso, pois, quinhentos anos após o descobrimento, ainda existem muitas tribos indígenas vivendo na condição de primitivos,sem contato com a civilização.

As queimadas nas florestas da Amazonia Legal que neste ano superou em muito todas as ocorrências anteriores, ao ponto de preocupar a ONU e os países mais ricos do Planeta, nos leva a uma reflexão em relação a vida dos silvícolas. Por que não ensiná-los por exemplo, a produzir mudas das espécies de árvores e plantas nativas da região, o que lhes possibilitariam a empregar seu tempo em uma atividade de maneira integral, remuneran-do-os de acordo com suas produtividades, para em seguida, tão logo  as mudas atinjam o tamanho ideal, promover o replantio das florestas que foram dizimadas pelas queimadas.

Entendemos que a Funai enfrentaria uma forte reação de parte dos Índios para a introdução de nova cultura, porém, um trabalho de convencimento deve ser incrementado junto as lideranças, até porque se trata da própria sobrevivência desses irmãos que precisam e necessitam evoluir de forma pacífica, e não sob grilhões de aventureiros invasores inescrupulosos que sempre estiveram na espreita para saquear as riquezas naturais de seus territórios. Além do mais, O replantio seria uma atividade permanente, e sem previsão de término, o que levaria várias gerações em atividades.

EDITORIAL

É preciso passar um pente-fino na Cosip

O que a sociedade exige e com razão é transparência permanente sobre a aplicação da Cosip. Trata-se de uma contribuição pesada no bolso do contribuinte

20/12/2025 07h15

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A deflagração da Operação Apagar das Luzes, nesta sexta-feira, pelo Grupo Especializado de Combate à Corrupção (Gecoc) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), é mais um daqueles episódios que deixam claro que a iluminação pública de Campo Grande guarda muito mais sombras do que se imaginava.

E, ao que tudo indica, ainda há muito a ser revelado sobre contratos, cifras e responsabilidades envolvendo um serviço essencial para a cidade.

Campo Grande figura entre os municípios que mais arrecadam no Brasil com a Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip). Trata-se de uma arrecadação robusta, bilionária ao longo dos anos, paga mensalmente pelo cidadão na conta de energia elétrica.

Ainda assim, a realidade vista nas ruas é contraditória: bairros inteiros convivem com postes apagados, avenidas mal iluminadas e áreas que se tornam vulneráveis à criminalidade justamente pela ausência de luz.

A investigação que apura fraudes estimadas em R$ 62 milhões lança uma pergunta inevitável: como é possível faltar iluminação em um município que arrecada tanto?

Reportagem publicada pelo Correio do Estado no ano passado mostrou que a Cosip de Campo Grande superava, à época, a arrecadação de Curitiba – cidade com mais que o dobro da população. Mesmo assim, a capital sul-mato-grossense convive com um serviço precário e reclamações recorrentes da população.

O mais preocupante é que essas suspeitas de irregularidades surgem em meio a um discurso constante de crise financeira propagado pela administração municipal.

Se confirmadas, as fraudes não estariam ocorrendo em um cenário de escassez, mas sim em um verdadeiro manancial de recursos. Isso agrava ainda mais o quadro, pois revela que o problema pode não ser falta de dinheiro, mas falhas graves de gestão, fiscalização e zelo com o dinheiro público.

É legítimo esperar explicações detalhadas sobre os contratos firmados, os critérios de pagamento e a execução dos serviços. Mas isso, por si só, não basta. O que a sociedade exige – e com razão – é transparência permanente sobre a aplicação da Cosip. Trata-se de uma contribuição pesada no bolso do contribuinte, que deveria retornar em forma de ruas iluminadas, mais segurança e melhor qualidade de vida.

Nesse contexto, o trabalho do Gecoc merece reconhecimento. Mais uma vez, o MPMS cumpre seu papel institucional de investigar, cobrar respostas e iluminar áreas em que a administração pública falhou.

Combater a corrupção não é apenas punir culpados, mas também criar condições para que os serviços públicos funcionem melhor e com mais eficiência.

Iluminação pública não é luxo. É segurança, mobilidade e dignidade urbana. Se há dinheiro sobrando e luz faltando, algo está profundamente errado – e precisa ser corrigido com urgência, transparência e responsabilidade.

ARTIGOS

Redes sociais: o "estacionamento" da reputação corporativa

Qual é o limite entre a liberdade de expressão do trabalhador e a proteção da honra e da imagem empresarial

19/12/2025 07h45

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No ambiente corporativo contemporâneo, a fronteira entre opinião pessoal e responsabilidade profissional se tornou quase invisível. Com a hiperconectividade, qualquer manifestação nas redes sociais tem potencial para alcançar ampla visibilidade. Um único comentário ofensivo de um funcionário é capaz de comprometer a confiança interna, afetar a reputação da marca e desencadear litígios.

Quando as manifestações de funcionários ultrapassam o limite da crítica construtiva e se convertem em acusações ou declarações com potencial de impactar negativamente a imagem e a credibilidade da organização, abre-se espaço a um debate essencial: qual é o limite entre a liberdade de expressão do trabalhador e a proteção da honra e da imagem empresarial?

A repercussão, em casos como esse, costuma ser imediata. Colegas, clientes, fornecedores e demais parceiros têm acesso ao conteúdo, potencializando seus efeitos e ampliando o risco reputacional.

Qualquer que seja o caminho de resposta, a análise jurídica deve ser cuidadosa. A Consolidação das Leis do Trabalho (art. 482, alíneas j e k) prevê a possibilidade de dispensa por justa causa quando o empregado pratica ato lesivo à honra ou à boa fama de qualquer pessoa “no serviço”, especialmente quando dirigido ao empregador ou superiores hierárquicos.

A jurisprudência tem entendido que publicações em redes sociais podem produzir efeitos equivalentes aos de condutas praticadas no ambiente físico de trabalho, legitimando a aplicação da penalidade.

A Constituição Federal (art. 5º, incisos IV, V e X) assegura a liberdade de expressão, mas estabelece limites claros quando essa manifestação viola direitos relacionados à honra, à imagem e à dignidade. Já o Marco Civil da Internet reforça mecanismos de responsabilização de plataformas mediante notificação, permitindo respostas mais ágeis a conteúdos ilícitos.

Com a evolução da sociedade, a linha que separa opinião de ofensa se tornou cada vez mais tênue. A liberdade de expressão é garantida, mas não é absoluta: quando a crítica se transforma em injúria ou difamação, há quebra de confiança, podendo configurar justa causa, inclusive quando a conduta ocorre fora do expediente.

O desafio, agora, reside na interpretação. A definição do que constitui “crítica legítima” ou “falta grave” ainda é variável entre diferentes julgadores, o que aumenta o risco de reversão de penalidades, pedidos de indenização e danos à reputação corporativa.

Em um ambiente empresarial cada vez mais exposto ao escrutínio público, sobretudo nas redes sociais, torna-se imprescindível que as organizações adotem políticas claras, protocolos seguros de apuração e documentação robusta para fundamentar suas decisões e que as decisões e a gestão de tópicos sensíveis considerem estratégia, cautela e respaldo técnico.

Condutas inadequadas de colaboradores podem gerar impactos relevantes, mas a resposta empresarial deve estar alinhada à legislação e às melhores práticas de governança.

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