Somos seres humanos carcados por sinais distintos entre si e os demais seres portadores de vida e de sensibilidade. São seres trazendo em seu front a marca de um passado nem sempre entre os mais felizes. Trazem em seu olhar uma luz de esperança. Todos percorrendo o seu próprio caminho.
Caminhos diferentes conduzindo para algum lugar nem sempre claro nem definido. Às vezes inseguro. Outras vezes não muito atraente e promissor. Caminho perturbado pela dúvida, exigindo cautela e prudência. Outras vezes sugerindo revisão do percorrido, para não ter que amargar algum tropeço ou até mesmo fracasso.
Esses seres não são de outro planeta, são limitados em seus planos frágeis, em seus sonhos, e muito dependentes em tudo quanto sonham e/ou imaginam. Mesmo assim, é admirável a ousadia com que se jogam pelo universo afora em busca de conhecimentos, descobertas e aventuras pelo infinito do espaço.
São seres audaciosos. Buscam corajosamente novas e desafiadoras descobertas, tanto no campo científico quanto no industrial e no biológico. Chegam a desafiar certas normas do campo espiritual e religioso.
Sempre querendo mais aperfeiçoamento em suas pesquisas. E isso embora sejam necessárias mais cautela e prudência.
Sempre será necessário o respeito quanto às leis morais e princípios da ética.
Com Deus não se brinca nem se desafia. É ele o único Criador. A ele a humanidade toda deverá honrar e louvar, bendizer e respeitar.
Analisando o calendário litúrgico, constatamos que estamos celebrando os derradeiros dias do ano. Nesse período, o convite se estende a todos quantos alimentam sua fé a se unirem para uma reflexão séria sobre a proposta do Mestre dos mestres no Evangelho de Mateus (Mt. 13:24-34).
O Escritor sagrado, querendo esclarecer as muitas dúvidas do povo, publica uma imagem um tanto preocupante. Partindo da lembrança da destruição de Jerusalém, chama atenção daquilo que acontecerá com todo esse povo que não está tratando com o devido respeito ao que está para ocorrer.
Lembra que Deus não estaria satisfeito com o comportamento. E se esse povo não der mostras de conversão, haverá sinais no céu. E serão tantas as ameaças que terão a impressão de que o sol escurecerá, a lua perderá seu brilho, os astros cairão por terra e o medo tomará conta de toda a comunidade.
E então acontecerá o fim para o mundo. Mas qual seria esse mundo? Se o mundo em que vivemos for destruído, Deus teria fracassado em sua criação, pois o mundo é obra dele. O mundo a que se refere o escritor será o mundo do pecado. Esse pecado que gera o ódio, a injustiça, a falsidade, a guerra e tantos outros males.
Essa atitude de Deus poderá provocar um mal-estar na fé simples do povo humilde e de pouca instrução nos mandamentos de Deus. Muita gente poderá se sentir ameaçada diante de tantas catástrofes que se sucedem nas diversas regiões do planeta. Catástrofes nos oceanos, nas enchentes, nos longos períodos de estiagem, nas epidemias e em tantos acidentes aéreos. Apesar disso, seremos eternos vitoriosos.