“A novidade vem atrás da tradição”. O verso de Geraldo Roca na música “Rio Paraguai” resume a essência da caminhada de Mato Grosso do Sul ao longo da última década.
Desde a COP21, em Paris, em 2015, o Estado tem traduzido o compromisso climático global em políticas públicas concretas, fazendo da sustentabilidade não um discurso, mas um modo de governar.
Foi naquele momento histórico que Mato Grosso do Sul anunciou o seu projeto de futuro: tornar-se, até 2030, um território internacionalmente reconhecido como carbono neutro.
De lá para cá, o que era meta se transformou em realidade construída passo a passo: na recuperação de áreas degradadas, nos programas de Pagamento por Serviços Ambientais, na agropecuária de baixa emissão de carbono e na consolidação de uma economia verde que une produção, inovação e inclusão.
O mundo assistiu ao avanço desse projeto nas conferências climáticas seguintes. De Glasgow a Dubai, o Estado apresentou resultados, tecnologias e compromissos.
Criou o sistema Carbon Control, aderiu à coalizão internacional Under2 e participou ativamente do Consórcio Brasil Verde, levando o Pantanal ao centro do debate mundial sobre biomas estratégicos.
Assim, Mato Grosso do Sul se consolidou como protagonista da agenda climática subnacional, mostrando que a transição para uma nova economia é possível e envolvendo as questões produtiva, logística, energética, tributária e, sobretudo, ambiental.
Tudo isso aconteceu na gestão do governador Reinaldo Azambuja e, agora, sob a liderança do governador Eduardo Riedel. Sedimentamos os pilares para erguer um novo Mato Grosso do Sul: verde, próspero, inclusivo e digital. Verde, porque a sustentabilidade deixou de ser setor e passou a ser valor.
Próspero, porque o desenvolvimento sustentável é vetor de crescimento econômico, de atração de investimentos e de geração de renda. Inclusivo, porque nenhuma transição será justa se não alcançar o trabalhador, o pequeno produtor, o povo originário, a comunidade tradicional, o jovem e a mulher sul-mato-grossense.
E digital, porque a inovação é o fio condutor que integra a economia do carbono à nova economia do conhecimento.
Entre esses pilares, duas pontes para o futuro são fundamentais: a segurança alimentar e a transição energética. A segurança alimentar é hoje o elo entre o campo e a cidade, entre o alimento e o clima.
Com tecnologia, assistência técnica e manejo sustentável, o Estado garante que a produção de alimentos caminhe lado a lado com a conservação da biodiversidade. Já a transição energética é a engrenagem que impulsiona o novo ciclo de prosperidade.
O biogás, o biometano, o etanol, a biomassa, o hidrogênio verde e a energia solar fazem de Mato Grosso do Sul um laboratório vivo de inovação, reduzindo emissões e fortalecendo a competitividade da indústria e do agronegócio.
No caminho até a COP30, que acontece em Belém, Mato Grosso do Sul reafirma seu papel de referência nacional na integração entre desenvolvimento e sustentabilidade. A experiência de uma década o credencia a apresentar resultados mensuráveis e inspirar outras regiões.
Nosso estado é hoje um território que aprendeu a fazer da responsabilidade climática uma vantagem competitiva e da governança ambiental, um instrumento de justiça social.
“Não se mergulha nunca mais no mesmo rio”. As palavras de Geraldo Roca voltam, agora, como metáfora do tempo presente: o Estado não volta atrás.
Segue navegando em direção a um horizonte onde economia, natureza e pessoas coexistem em equilíbrio. Um futuro em que o desenvolvimento é sinônimo de vida, e o rio, de permanência.


