Artigos e Opinião

OPINIÃO

Gilson Cavalcanti Ricci: "Crianças italianas cantam canção da FAB"

Advogado

Redação

21/01/2017 - 01h00
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Deparo-me no Google com um inusitado clipe, a mostrar criancinhas italianas cantando entusiasticamente em bom português, a Canção do Expedicionário. Detenho-me incrédulo  por ver e ouvir a ternura daquelas crianças ao enaltecerem o soldado brasileiro, em comovente homenagem aos combatentes da FEB - FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA, a 1ª Divisão de Infantaria do Exército Brasileiro em ação na Europa, na 2ª Guerra Mundial, que venceu a neve inclemente na cordilheira dos Apeninos, e a fuzilaria ferrenha dos vigorosos inimigos. 

Segundo historiadores especializados europeus e americanos, mormente os anais de guerra dos Estados Unidos, aquele bravo punhado de brasileiros escreveu páginas épicas no explosivo solo italiano, elevando bem alto a dignidade do Brasil, e do povo brasileiro, e libertou as cidades italianas de Monte Castelo e Montese, quando ocorreu o fim da guerra na Itália, tendo a FEB feito prisioneiros 16.000 alemães e 7.000 italianos, num total de 23.000 soldados inimigos aprisionados, e mais uma colossal quantidade de armamento pesado – uma façanha digna dos grandes exércitos!

     Ainda, em conformidade com aquelas fontes fidedignas, os soldados brasileiros praticaram atos pessoais de bravura, inclusive em ajuda humanitária às populações civis, acuadas pela crueldade de seus próprios compatriotas fascistas, que agiam em conluio com os nazistas alemães. Consta que três soldados brasileiros do 11º RI, que estavam em serviço de patrulha na região de Montese, foram inopinadamente cercados por um batalhão alemão, e assim estavam em condição numérica bem inferior, mas não se intimidaram. Lutaram até acabar a munição de que dispunham.

Sem munição, colocaram a baioneta na boca do fuzil, e  continuaram a lutar com arma branca, com assustadora coragem diante do inimigo numericamente maior e melhor armado, até caírem mortos diante dos alemães. O comandante alemão, diante da bravura dos brasileiros caídos no campo da honra, prestou continência aos três heróis, e mandou fazer um sepultamento cristão, prestando solene homenagem à  dignidade dos valentes. Eis seus nomes: Geraldo Rodrigues de Souza, de 26 anos; Arlindo Lúcio da Silva, de 25 anos; e Geraldo Baeta da Cruz, de 28 anos. Reze por eles!   

As crianças mostradas no clipe são residentes em Montese, situada próxima a Monte Castelo, cidades italianas libertadas pelas tropas brasileiras, onde ocorreram os últimos combates da 2ª Guerra Mundial na Itália, ficando assim aquele país livre de uma vez por todas do jugo nazi-fascista, graças à intrepidez dos valorosos soldados do Brasil, que lutaram em desagravo dos milhares de civis indefesos brasileiros, assassinados no mar à traição por submarinos alemães e italianos, pois Hitler suspeitava que o Brasil mandava matéria prima para os Estados Unidos, inclusive borracha.

Vendo o entusiasmo daquelas crianças, em agradecimento aos libertadores da região onde moravam seus ancestrais oprimidos pela guerra, não posso entender porque razão nenhuma autoridade civil ou militar brasileira se interessou em mostrar ao povo brasileiro tão sublime demonstração de gratidão e respeito por um punhado de heróis brasileiros. Não deveria o povo brasileiro ficar alheio a um fato inusitado como este, que nos torna dignos diante de todas as crianças do mundo.

     Agora mesmo, o Oriente Médio se convulsiona em uma guerra destruidora, que vem sacrificando milhares de crianças sírias e africanas, mostradas ao mundo pela televisão – uma tristeza de sangrar o coração! Entre a grande alegria das crianças italianas mostrada no clipe, e as imagens cruentas das criancinhas massacradas no Oriente Médio e na África, elevo aqui meu agradecimento a Deus pelo arrojo dos soldados brasileiros, que tiveram participação efetiva na pacificação da Europa, e mais recentemente, livraram o Brasil das garras do comunismo.

EDITORIAL

2026: o ano do cerco ao crime organizado

Que 2026 seja, de fato, o ano em que o Estado brasileiro avance além do discurso eleitoral e entregue à sociedade ações concretas, eficazes e permanentes

22/12/2025 07h15

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O ano de 2026 desponta no horizonte como um marco decisivo para o enfrentamento ao crime organizado no Brasil. Não por acaso, trata-se de um ano eleitoral, quando a segurança pública volta a ocupar o centro do debate político e social.

Mas seria um erro reduzir o endurecimento do discurso e das ações apenas ao calendário das urnas. A realidade impõe, por si só, uma resposta mais firme, coordenada e inteligente do Estado frente ao avanço das facções criminosas e à sofisticação de suas engrenagens financeiras e operacionais.

É verdade que, em anos eleitorais, governos tendem a intensificar operações e anúncios na área da segurança. A sociedade, cansada da violência cotidiana, cobra respostas.

Ainda assim, pouco importa a motivação inicial, desde que as ações sejam efetivas, estratégicas e produzam resultados duradouros. Combater o crime organizado não pode ser sinônimo de operações midiáticas ou ações pontuais. É preciso ir ao coração do problema: o dinheiro.

Descapitalizar e desmobilizar quadrilhas deve ser o objetivo central. Facções sobrevivem e se expandem porque movimentam cifras milionárias, lavadas por meio de empresas de fachada, contratos simulados, criptomoedas e uma infinidade de artifícios cada vez mais sofisticados.

Sem atacar a lavagem de dinheiro, qualquer combate ao crime será superficial e ineficaz. O mesmo vale para os golpes cibernéticos, que se multiplicam em velocidade alarmante, atingindo cidadãos comuns, empresas e o próprio poder público.

A criminalidade de rua também precisa ser enfrentada com seriedade. Roubos e furtos, especialmente de telefones celulares, tornaram-se uma epidemia urbana.

Para muitas famílias de baixa renda, o celular é o principal – e às vezes o único – patrimônio, além de ferramenta essencial de trabalho, comunicação e acesso a serviços básicos. Proteger esse bem é, também, proteger a dignidade de milhões de brasileiros.

No contexto regional, o alerta é ainda mais grave. Combater o crime organizado é também impedir que grandes facções ampliem seu domínio territorial.

Mato Grosso do Sul já convive com a presença do PCC e do Comando Vermelho, organizações conhecidas por sua capacidade de infiltração, violência e articulação interestadual.

Agora, conforme mostramos nesta edição, o Terceiro Comando Puro (TCP) também chegou ao Estado. Trata-se de mais uma engrenagem criminosa a disputar espaço, rotas, mercados ilegais e poder.

Esse cenário exige das forças de segurança muito mais do que retórica. É necessário levar esse combate a sério, com integração entre polícias, Ministério Público, Judiciário e órgãos de inteligência financeira. Investigações técnicas, compartilhamento de informações, uso de tecnologia e foco na asfixia financeira das facções precisam ser prioridades absolutas.

O crime organizado não se combate apenas com viaturas nas ruas, mas com inteligência, planejamento e coragem institucional.

Que 2026 seja, de fato, o ano em que o Estado brasileiro avance além do discurso eleitoral e entregue à sociedade ações concretas, eficazes e permanentes. A população já esperou demais.

ARTIGOS

Câncer na juventude: inesperado e devastador

Costuma ser associada a idosos, porém isso é um engano fatal, porque desde que nascemos, estamos sujeitos a ela

20/12/2025 07h45

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O diagnóstico de câncer não é algo simples, pois muitas vezes requer diversos exames. Mas, desde o momento em que se cogita a possibilidade, o reflexo desta simples suposição começa a impactar a vida do paciente e de todos à sua volta.

Esta doença costuma ser associada a idosos, porém isso é um engano fatal, porque desde que nascemos, estamos sujeitos a ela. São tipos e riscos diferentes, mas tanto um bebê quanto um idoso podem sofrer de câncer.

Um idoso entende a doença como consequência da sua longevidade, e um bebê não compreende o que está acontecendo. Porém, um jovem, que muitas vezes se acha imortal, com tantos anos de vida pela frente, sofre um abalo devastador, não apenas financeiro, mas também emocional.

Um jovem acha que pode superar qualquer obstáculo, e, de repente, a vida lhe coloca diante de uma doença que pode abreviar sua longa história, transformando o que seria um livro num simples artigo de uma página. 

Nada passa a ser racional. Alguns são mais receptivos, outros mais agressivos. O fato é que toda ajuda será necessária, e agora aquele jovem independente e invencível precisará entender que, sozinho, não vai a lugar nenhum.

Um jovem morrendo não é algo fácil para seus pais, família e amigos aceitarem. A doença se entranha na estrutura familiar e abala seus alicerces. 

A vida social é deixada de lado para enfrentar um tratamento no qual o paciente não sabe se sairá vivo ao final. Sua vida está por um fio, e ele precisa acreditar que vai dar certo, ter esperança. Por isso, o suporte emocional é um forte aliado no sucesso do tratamento.

Existem entidades privadas e governamentais que trabalham para reduzir o sofrimento criando bancos de sangue e órgãos, profissionais que dão apoio, organizações que apoiam financeiramente o tratamento, voluntários que se propõem a ajudar no dia a dia. 

Nessa busca por suporte, apesar do importante papel das entidades, é nas histórias contadas por meio de livros, filmes e outras famílias que o paciente encontra um colo para deitar, um ombro amigo. São experiências que foram vividas por outras pessoas, mas que servem de referência sobre as batalhas que estão por vir, as mudanças de hábitos, sequelas e dores.

São histórias de vida e de superação que transmitem acolhimento, trazem esperança e dão forças para seguir em frente na busca da cura de uma doença implacável que não tem idade.

Essas histórias criam conexões que afastam a solidão, trazem o conhecimento de quem passou pela mesma dor e ajudam a criar pontes para superar os maus momentos.

É importante que o jovem perceba que não está enfrentando essa batalha sozinho, que ele se sinta acolhido, que acredite no tratamento. Como toda doença, identificar cedo é importante e a melhor chance de cura. Vamos estar alertas porque ninguém está livre do câncer.

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