Artigos e Opinião

ARTIGO

Márcia Luz: "Gratidão transforma a vida de qualquer pessoa"

Psicóloga, professora, e realizadora do 1º Congresso Mundial da Gratidão

Redação

27/02/2017 - 02h00
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Imagine a seguinte situação: você vai a uma feira em busca, por exemplo, de morangos. Se você dedicar a sua atenção a isso, é provável que a visão seletiva dê a impressão de que haja somente morangos ao seu redor. Claro que se trata apenas de uma metáfora, porém o objetivo aqui é mostrar que isso se aplica também quando o assunto são as energias positivas ou negativas que atraímos para a nossa vida.

O fato é que as atividades, as pessoas e os acontecimentos aos quais dedicamos atenção e concentração representam exatamente aquilo que enxergamos e absorvemos. Ou seja, quando coisas ruins acontecem no dia e focamos demais nelas, nós amplificamos essa negatividade e temos a impressão de que nada de positivo tem acontecido. As dificuldades parecem se multiplicar. Infelizmente, o contrário é menos recorrente: quando o dia é repleto de acontecimentos positivos, nem sempre focamos nessas dádivas, elas não recebem a devida atenção e, consequentemente, não são amplificadas.

A essa altura, você pode estar pensando: mas como atrair energias positivas quando se está repleto de dívidas, desempregado, com a saúde debilidade ou o casamento em crise? Admito que, realmente, não é fácil modificar o padrão de pensamento e sentimento quando tudo à nossa volta vai de mal a pior. Acontece que, enquanto continuamos alimentando emoções negativas, não entramos em sintonia com a vibração dos nossos desejos e não atraímos as coisas de que necessitamos e almejamos para a vida.

E como sair da depressão ou da tristeza e saltar para o entusiasmo e a felicidade, a fim de vibrar na frequência correta? Só existe um jeito para começarmos a mudar a realidade, e só tem uma coisa que, quanto mais tivermos e produzirmos, mais atrairemos: a gratidão. A gratidão tira os olhos das faltas e passa a dirigi-los para as bênçãos.

A gratidão faz com que as pessoas concentrem a atenção no que está dando certo e, por pior que seja a situação, é fato que todos têm motivos para ser gratos. Você pode, por exemplo, ser grato pela sua família e amigos, por ter um teto para se abrigar, uma cama e um travesseiro para dormir, por ter comida para se alimentar e água potável para matar a sua sede, por ter roupas para cobrir o seu corpo e protegê-lo do frio, por poder falar, ouvir, enxergar, sentir o sabor dos alimentos e andar, por ter saúde, enfim, por estar vivo.

Em suma, gratidão é devolver ao universo a alegria pelas dádivas recebidas. E, como ele se dá conta da sua satisfação, continua ofertando mais do mesmo. Eu proponho que, a partir de hoje, você comece a agradecer a Deus, aos santos, ao cosmos, ao universo, a algo superior ou a qualquer outra coisa que motive a sua fé. Em pouquíssimo tempo, perceberá que essa vibração na frequência positiva fará com que somente coisas boas entrem em sua vida.

EDITORIAL

Crises de fim de ano expõem falha na gestão

A raiz comum dessas crises é conhecida, embora frequentemente ignorada: mau planejamento, gestão ineficiente e falta de zelo por parte de quem executa

19/12/2025 07h15

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A virada para 2026 entra para a história recente de Campo Grande como uma das mais conturbadas dos últimos anos. Talvez desde meados da década passada não se via uma sucessão tão clara de crises financeiras e falhas na engrenagem dos serviços públicos locais justamente no momento em que a cidade deveria buscar estabilidade para atravessar o novo ano.

O problema não é pontual tampouco isolado: ele se repete em áreas essenciais e expõe fragilidades estruturais que vêm sendo empurradas com a barriga.

A greve do transporte coletivo, encerrada apenas no início da noite de ontem, é um retrato fiel desse cenário. Durante quatro dias, a população ficou refém de um sistema que parou porque o Consórcio Guaicurus não tinha recursos para pagar salários.

A solução não veio de uma gestão eficiente ou de um planejamento responsável, mas de um socorro emergencial do governo do Estado, que antecipou mais de R$ 3 milhões referentes a uma das parcelas do subsídio ao passe do estudante. Ou seja, o serviço só voltou a funcionar quando o dinheiro público entrou para tapar mais um buraco.

Situação semelhante se repete na Saúde. A Santa Casa, há anos em crise, agora está sob determinação judicial para apresentar um plano capaz de enfrentar um deficit que parece não ter fim. No transporte coletivo, a Justiça foi além e determinou uma intervenção no consórcio responsável pelo serviço.

Quando decisões judiciais passam a ditar os rumos da gestão, fica evidente que algo falhou muito antes, seja na formulação dos contratos, seja na fiscalização ou na condução cotidiana desses serviços.

A raiz comum dessas crises é conhecida, embora frequentemente ignorada: mau planejamento, gestão ineficiente e falta de zelo por parte de quem executa e, principalmente, de quem deveria fiscalizar contratos milionários. Não se trata apenas de escassez de recursos.

Trata-se de como esses recursos são utilizados, de modelos que se mostram esgotados e de contratos que não resistem ao primeiro choque mais sério.

O mais preocupante é que, mesmo após a injeção de milhões de reais do poder público na Santa Casa e no Consórcio Guaicurus, o dinheiro continua insuficiente. Isso deixa claro que o problema é estrutural.

As verbas estão, de fato, mais apertadas neste ano, mas a crise não nasceu agora. Ela é fruto de anos de escolhas erradas, de ausência de transparência e de tolerância com resultados ruins.

A virada de ano conturbada serve, portanto, como um alerta. Não basta apagar incêndios com aportes emergenciais, é preciso rever modelos, refazer contas, cobrar responsabilidades e, sobretudo, planejar com seriedade.

Caso contrário, Campo Grande corre o risco de transformar crises excepcionais em rotina permanente, e isso, definitivamente, a cidade não pode mais aceitar.

ARTIGOS

O combalido Congresso Nacional

A prática do corporativismo, dos conchavos, da legislação em causa própria, com um "orçamento secreto" que nada mais é do que um passaporte para a impunidade, aprovado na calada da noite

18/12/2025 07h45

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Para falar sobre o tema, não poderia deixar de citar uma frase célebre do ilustre brasileiro Ruy Barbosa, que foi político, jurista, advogado, diplomata e jornalista, nascido em 1849 e falecido em 1923.

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.

Uma frase com cerca de um século de sua criação nunca foi tão atual, se comparada com os mórbidos acontecimentos vividos neste último período pela Câmara dos Deputados.

Fica evidente a prática do corporativismo, dos conchavos, da legislação em causa própria, com um “orçamento secreto” que nada mais é do que um passaporte para a impunidade, aprovado na calada da noite, propiciando a prática de atos ilícitos e imorais, travestidos de legalidade.

Deputados processados pelos mais variados tipos de crime, inclusive de lesa-pátria, incitando nação poderosa a invadir nosso país e a causar enormes prejuízos às classes produtoras e trabalhadoras, que geram as receitas que proporcionam a força necessária ao bom funcionamento da roda da economia.

Pior: parece que tudo o que vem acontecendo é encarado como fato corriqueiro pelo comandante da Câmara dos Deputados, que até chegou a ser deposto de sua cadeira por um grupo de parlamentares desordeiros e, até o momento, sem qualquer punição.

As telecomunicações alcançaram níveis impensáveis em termos de transmissão de dados, como imagens e sons de alta precisão, e, com isso, o planeta Terra tem assistido às barbáries ocorridas no plenário da Casa de Leis, habitada por um seleto grupo de homens e mulheres escolhidos pelo voto e que lhes proporciona os mais variados tipos de privilégios, consumindo recursos bilionários oriundos de pessoas físicas e jurídicas pagadoras de impostos, que não veem o necessário retorno em obras e serviços essenciais, como saúde, segurança pública e transportes.

Um fator preponderante para a continuidade desses desmandos é a hereditariedade nos cargos políticos, em que os ungidos não precisam provar capacidade técnica ou profissional para exercer um mandato.

Basta ter QI de força para manter em cabrestos os seus apaniguados, com nomeações que os tornam fiéis aos seus patrões e que, quase sempre, só deixam o cargo aposentados, com gordos salários, diferentemente do trabalhador brasileiro aposentado pelo famigerado INSS.

No ano que vem, teremos eleições majoritárias. É evidente que quem está lá não quer sair, mas está passando da hora de o cidadão consciente valorizar o poder de sua arma, qual seja, o Título Eleitoral, para promover a varredura necessária no Poder Legislativo, tanto federal como estaduais.

Por uma questão de justiça, a exceção se faz em relação aos parlamentares que reconhecidamente prestam bons serviços à comunidade.

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