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Proibição do uso de celular em escolas: por que é importante?

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A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 30 de outubro, um projeto que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos nas escolas públicas e privadas. Inúmeros trabalhos científicos falam que o uso do celular está tendo um efeito importante no desenvolvimento das nossas crianças. Isso tem impacto muito relevante, pois uma criança passa 200 dias letivos em uma escola e no mínimo quatro horas por dia nela.

Todas as pesquisas neurocientíficas são a favor dessa medida, pois a criança poderá se envolver mais com os outros e trabalhar habilidades que estão sendo deixadas de lado. Há habilidades e competências no boom do desenvolvimento, cujos pontos sensíveis, por exemplo, acontecem justamente na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. 

Então, precisamos preservar o cérebro e o desenvolvimento cognitivo, o desenvolvimento emocional e o aprimoramento em todas as áreas.
É fundamental os pais se prepararem. Aliás, isso é um ponto de reflexão para os próprios responsáveis. Porque, às vezes, há pais que acabam colocando na tecnologia uma dependência extremamente excessiva. E acabam pormenorizando as relações sociais que eles precisam desenvolver com os filhos.

Estamos vendo crianças com problemas e atrasos de linguagem. Ou que não têm transtorno, mas que acabam desenvolvendo deficits de linguagem, de habilidades sociais, além de ficarem mais ansiosas.

Nossas crianças estão adoecendo por conta da tecnologia. Não podemos negar que a tecnologia é muito boa e importante, mas ela não pode ter a dimensão que está tendo em uma época tão importante quanto a de desenvolvimento.

Por exemplo, desde 2018, certas pesquisas têm demonstrado que, na Inglaterra, as crianças estão com dificuldade de segurar no lápis e de terem habilidades básicas, como escovar os dentes. Isso se dá por não utilizarem as mãos, não utilizarem outras habilidades motoras. Elas estão perdendo essas funções e diminuindo as habilidades por conta dos aparelhos eletrônicos, como smartphones e tablets. A tecnologia é muito boa e pode ser uma grande aliada, mas ela tem que ser mediada. Mediada por quem? Pelos pais, pela família.

Os pais também devem ficar atentos aos sinais de agressividade. Se eles acontecem, isso já mostra uma dependência. A escola é um momento extremamente relevante na vida da criança, pois, além de aprender, desenvolve várias habilidades e competências, uma vez que seu cérebro é muito plástico.

Inclusive, o projeto de lei fala algo muito importante: ele proíbe o porte. Já há pesquisas que mostram que o simples fato de termos o porte de celular já é uma atividade que pode provocar distração. Por exemplo, uma criança de cinco ou seis anos vai ter essa dificuldade em se autorregular e saber se agora pode ou agora não pode mexer. Não há malefícios, somente benefícios.

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A vitória de Trump e a integridade das plataformas digitais

09/11/2024 07h45

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A recente vitória de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos não só sinaliza uma guinada no cenário político americano, como também aponta para novas perspectivas no debate sobre a regulamentação das redes sociais. Com promessas de uma administração focada na liberdade de expressão, eficiência governamental e menor interferência estatal, é provável que o setor digital enfrente mudanças significativas nos próximos anos.

A possível nomeação de Elon Musk para uma comissão de auditoria federal é um sinal claro de que Trump pretende se cercar de líderes empresariais para implementar uma governança mais enxuta e direcionada para resultados. Musk, um empresário amplamente conhecido pela defesa da liberdade individual e por sua resistência a controles excessivos, representa a visão de um setor público inspirado na eficiência privada.

Essa proposta reforça a orientação de uma economia liberal em que o governo atua como facilitador, e não como controlador. Integrar líderes empresariais como Musk pode abrir caminho para que plataformas digitais operem com menos regulamentação e menos barreiras para a liberdade de expressão dos usuários.

A Seção nº 230 do Communications Decency Act, que protege as plataformas de responsabilidade sobre o conteúdo postado por terceiros, deve ser revista. 

Sob a liderança de Trump, a proposta não é eliminar essa proteção, mas ajustá-la, para que as redes sociais não se sintam “blindadas” a moderar conteúdos de maneira unilateral e ideológica.

A premissa é a de que o público decide o que quer ver e ouvir, e não um pequeno grupo de moderadores. Em uma sociedade verdadeiramente livre, é essencial que a pluralidade de opiniões seja respeitada, sem que haja intervenções indevidas na liberdade de expressão individual.

O impacto da vitória de Trump e de suas políticas de incentivo à liberdade de expressão também pode influenciar países na América Latina, como o Brasil, que enfrentam dilemas semelhantes. 

A possibilidade de redes sociais mais livres e de menos interferência governamental pode inspirar um movimento de resistência contra a censura e de defesa da transparência. Contudo, é fundamental que as plataformas mantenham sua independência sem se tornarem instrumentos de controle.

A administração de Trump, ao trazer uma visão liberal e pragmática, pode redefinir as bases regulatórias das redes sociais. A possível presença de Musk no governo estadunidense reflete um desejo de modernizar a máquina pública, reforçar a transparência e limitar as intervenções governamentais no setor digital.

Esse é o momento para consolidar uma regulamentação que respeite a liberdade de expressão, incentive o mercado livre e fortaleça a integridade das plataformas digitais, promovendo um ambiente em que as ideias possam fluir sem restrições ideológicas.

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Caminhos da vida

09/11/2024 07h30

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Somos seres humanos carcados por sinais distintos entre si e os demais seres portadores de vida e de sensibilidade. São seres trazendo em seu front a marca de um passado nem sempre entre os mais felizes. Trazem em seu olhar uma luz de esperança. Todos percorrendo o seu próprio caminho.

Caminhos diferentes conduzindo para algum lugar nem sempre claro nem definido. Às vezes inseguro. Outras vezes não muito atraente e promissor. Caminho perturbado pela dúvida, exigindo cautela  e prudência. Outras vezes sugerindo revisão do percorrido, para não ter que amargar algum tropeço ou até mesmo fracasso.

Esses seres não são de outro planeta, são limitados em seus planos frágeis, em seus sonhos, e muito dependentes em tudo quanto sonham e/ou imaginam. Mesmo assim, é admirável a ousadia com que se jogam pelo universo afora em busca de conhecimentos, descobertas e aventuras pelo infinito do espaço.

São seres audaciosos. Buscam corajosamente novas e desafiadoras descobertas, tanto no campo científico quanto no industrial e no biológico. Chegam a desafiar certas normas do campo espiritual e religioso.

Sempre querendo mais aperfeiçoamento em suas pesquisas. E isso embora sejam necessárias mais cautela e prudência.

Sempre será necessário o respeito quanto às leis morais e princípios da ética. 

Com Deus não se brinca nem se desafia. É ele o único Criador. A ele a humanidade toda deverá honrar e louvar, bendizer e respeitar.

Analisando o calendário litúrgico, constatamos que estamos celebrando os derradeiros dias do ano. Nesse período, o convite se estende a todos quantos alimentam sua fé a se unirem para uma reflexão séria sobre a proposta do Mestre dos mestres no Evangelho de Mateus (Mt. 13:24-34).

O Escritor sagrado, querendo esclarecer as muitas dúvidas do povo, publica uma imagem um tanto preocupante. Partindo da lembrança da destruição de Jerusalém, chama atenção daquilo que acontecerá com todo esse povo que não está tratando com o devido respeito ao que está para ocorrer.

Lembra que Deus não estaria satisfeito com o comportamento. E se esse povo não der mostras de conversão, haverá sinais no céu. E serão tantas as ameaças que terão a impressão de que o sol escurecerá, a lua perderá seu brilho, os astros cairão por terra e o medo tomará conta de toda a comunidade.

E então acontecerá o fim para o mundo. Mas qual seria esse mundo? Se o mundo em que vivemos for destruído, Deus teria fracassado em sua criação, pois o mundo é obra dele. O mundo a que se refere o escritor será o mundo do pecado. Esse pecado que gera o ódio, a injustiça, a falsidade, a guerra e tantos outros males.

Essa atitude de Deus poderá provocar um mal-estar na fé simples do povo humilde e de pouca instrução nos mandamentos de Deus. Muita gente poderá se sentir ameaçada diante de tantas catástrofes que se sucedem nas diversas regiões do planeta. Catástrofes nos oceanos, nas enchentes, nos longos períodos de estiagem, nas epidemias e em tantos acidentes aéreos. Apesar disso, seremos eternos vitoriosos.

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