Mas, afinal, o que é um “serial killer”? Trata-se de alguém que, tendo sofrido uma grande injúria e sofrimento na infância, gira a sua vida em torno desses sentimentos de dor e frustração. A partir daí, busca solução para suas dores produzindo, nas outras pessoas, as angústias e sofrimentos pelos quais passou! O serial killer difere-se do psicopata, pois este não tem sentimentos ou paixões, buscando apenas a satisfação imediata de seus instintos e a tentativa de prazer. Mata, mente, apenas para eliminar um obstáculo aos seus objetivos imediatos. Já o serial killer mata suas vítimas apenas após ver em seus olhos que ela sabe que vai morrer. Nesse instante, ele tem um sentimento de poder e superação vendo, no outro, o momento de dor pelo qual passou. Portanto, ele tem paixão na prática de seus crimes!
Fica claro para mim, leitor, que os grandes embustes e embusteiros de uma nação, que despertam esperanças, confiança nas massas e depois as traem uma a uma, aliando-se ao que de pior existe nessa nação, passando a praticar todos os vícios amorais que dantes em outros criticavam, repito, esses embusteiros funcionam exatamente como “Serial Corruptos”, pela paixão com que praticam seus crimes!
Mas, por uma questão de sobrevivência, esses elementos mantêm os seus mitos libertadores por meio de seitas por eles criadas! Com estas, mantêm uma relação de comensalismo, em que a grandeza e a onipotência do líder alimentam o ego coletivo das massas carentes, e o culto destas pelo grande líder alimenta a sua autoglorificação. É uma relação de dependência mútua muito estudada pela Psicopatologia Social.
Percebe-se ainda que tais manifestações doentias se acasalam com sistemas ideológicos onipotentes, ora redentores de classes sociais, ora de raças ou de nações, que as usam e são usadas pelos “Serial Corruptos”, com fins pessoais e ideológicos! A história nos conta que o século passado pariu duas crias diabólicas, o nazismo e o marxismo, que competiram na maldade e ruína, deixadas nas nações por onde passaram! Não nos permitem mentir os povos da Rússia, Alemanha, Polônia, Hungria, Tchecoslováquia, Albânia, Romênia, Iugoslávia! Ainda hoje e perto de nós, a Venezuela também nos confirma! Sabe-se que tais sistemas ideológicos são por definição totalitários, onipotentes, amorais, a tudo se permitindo por suas causas redentoras! Seus militantes deliram serem deuses acima dos mortais comuns, que nem consideram seres humanos se não “companheiros” forem! Um exemplo concreto: o lulopetismo alimentou financeiramente a instalação de um sistema totalitário na Venezuela, do que já resultou miséria e mais de milhão de refugiados para a Colômbia e milhares para o Brasil! Mas, os que aqui se acumpliciaram na desgraça venezuelana, continuam apoiando o regime, desprezando solenemente a desgraça dos refugiados!
Ou seja, a ideologia vale mais que a tragédia humana e moral de toda uma nação!
Seria ainda covardia se não encarássemos tais fenômenos entre nós e onde, como já foi dito pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo, “a esperança venceu o medo, o cinismo venceu a esperança, e o escárnio venceu o cinismo”! Após um sonho fugidio de quase toda a nação, sonho no qual as “maracutaias” seriam superadas, assistimos impotentes surgir o reino dos “mensalões”, “petrolões”, em que a propina, o cinismo e a mentira soterraram a esperança de milhões! Não bastassem tais manifestações amorais, nos impacta a tragédia pessoal daqueles que, possuídos pelo fanatismo próprio do sistema totalitário, negam-se a contatar com a realidade que abale seus ídolos com pés de barro, corações impuros e ações ruinosas! Até onde tais delírios de onipotência e de impunidade, tanto de ídolos como de seus idólatras, se manterão amalgamadas pelas mais insustentáveis mentiras, escandalosas propinas e corrupção? Até quando tão grosseiro fanatismo permanecerá entre nós, como fantasmas, zumbis de ideologias que tanta desumanidade e miséria moral trouxeram ao mundo? Até quando “Serial Corruptos” ideológicos se divertirão contemplando a ilusão de seus idólatras, com suas mentiras, cinismo e negação da realidade?


