Artigos e Opinião

OPINIÃO

Valfrido M. Chaves: "Serial Killers", "Serial Corruptos" e ideologia nos dias atuais!"

Psicólogo, pós-graduado em Política e Estratégia-ADESG/UCDB

Redação

24/05/2018 - 01h00
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Mas, afinal, o que é um “serial killer”? Trata-se de alguém que, tendo sofrido uma grande injúria e sofrimento na infância, gira a sua vida em torno desses sentimentos de dor e frustração. A partir daí, busca solução para suas dores produzindo, nas outras pessoas, as angústias e sofrimentos pelos quais passou! O serial killer difere-se do psicopata, pois este não tem sentimentos ou paixões, buscando apenas a satisfação imediata de seus instintos e a tentativa de prazer. Mata, mente, apenas para eliminar um obstáculo aos seus objetivos imediatos. Já o serial killer mata suas vítimas apenas após ver em seus olhos que ela sabe que vai morrer. Nesse instante, ele tem um sentimento de poder e superação vendo, no outro, o momento de dor pelo qual passou. Portanto, ele tem paixão na prática de seus crimes!

Fica claro para mim, leitor, que os grandes embustes e embusteiros de uma nação, que despertam esperanças, confiança nas massas e depois as traem uma a uma, aliando-se ao que de pior existe nessa nação, passando a praticar todos os vícios amorais que dantes em outros criticavam, repito, esses embusteiros funcionam exatamente como “Serial Corruptos”, pela paixão com que praticam seus crimes!

Mas, por uma questão de sobrevivência, esses elementos mantêm os seus mitos libertadores por meio de seitas por eles criadas! Com estas, mantêm uma relação de comensalismo, em que a grandeza e a onipotência do líder alimentam o ego coletivo das massas carentes, e o culto destas pelo grande líder alimenta a sua autoglorificação. É uma relação de dependência mútua muito estudada pela Psicopatologia Social.

Percebe-se ainda que tais manifestações doentias se acasalam com sistemas ideológicos onipotentes, ora redentores de classes sociais, ora de raças ou de nações, que as usam e são usadas pelos “Serial Corruptos”, com fins pessoais e ideológicos! A história nos conta que o século passado pariu duas crias diabólicas, o nazismo e o marxismo, que competiram na maldade e ruína, deixadas nas nações por onde passaram! Não nos permitem mentir os povos da Rússia, Alemanha, Polônia, Hungria, Tchecoslováquia, Albânia, Romênia, Iugoslávia! Ainda hoje e perto de nós, a Venezuela também nos confirma! Sabe-se que tais sistemas ideológicos são por definição totalitários, onipotentes, amorais, a tudo se permitindo por suas causas redentoras! Seus militantes deliram serem deuses acima dos mortais comuns, que nem consideram seres humanos se não “companheiros” forem! Um exemplo concreto: o lulopetismo alimentou financeiramente a instalação de um sistema totalitário na Venezuela, do que já resultou miséria e mais de milhão de refugiados para a Colômbia e milhares para o Brasil! Mas, os que aqui se acumpliciaram na desgraça venezuelana, continuam apoiando o regime, desprezando solenemente a desgraça dos refugiados!

Ou seja, a ideologia vale mais que a tragédia humana e moral de toda uma nação!

Seria ainda covardia se não encarássemos tais fenômenos entre nós e onde, como já foi dito pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo, “a esperança venceu o medo, o cinismo venceu a esperança, e o escárnio venceu o cinismo”! Após um sonho fugidio de quase toda a nação, sonho no qual as “maracutaias” seriam superadas, assistimos impotentes surgir o reino dos “mensalões”, “petrolões”, em que a propina, o cinismo e a mentira soterraram a esperança de milhões! Não bastassem tais manifestações amorais, nos impacta a tragédia pessoal daqueles que, possuídos pelo fanatismo próprio do sistema totalitário, negam-se a contatar com a realidade que abale seus ídolos com pés de barro, corações impuros e ações ruinosas! Até onde tais delírios de onipotência e de impunidade, tanto de ídolos como de seus idólatras, se manterão amalgamadas pelas mais insustentáveis mentiras, escandalosas propinas e corrupção? Até quando tão grosseiro fanatismo permanecerá entre nós, como fantasmas, zumbis de ideologias que tanta desumanidade e miséria moral trouxeram ao mundo? Até quando “Serial Corruptos” ideológicos se divertirão contemplando a ilusão de seus idólatras, com suas mentiras, cinismo e negação da realidade?

EDITORIAL

É preciso passar um pente-fino na Cosip

O que a sociedade exige e com razão é transparência permanente sobre a aplicação da Cosip. Trata-se de uma contribuição pesada no bolso do contribuinte

20/12/2025 07h15

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A deflagração da Operação Apagar das Luzes, nesta sexta-feira, pelo Grupo Especializado de Combate à Corrupção (Gecoc) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), é mais um daqueles episódios que deixam claro que a iluminação pública de Campo Grande guarda muito mais sombras do que se imaginava.

E, ao que tudo indica, ainda há muito a ser revelado sobre contratos, cifras e responsabilidades envolvendo um serviço essencial para a cidade.

Campo Grande figura entre os municípios que mais arrecadam no Brasil com a Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip). Trata-se de uma arrecadação robusta, bilionária ao longo dos anos, paga mensalmente pelo cidadão na conta de energia elétrica.

Ainda assim, a realidade vista nas ruas é contraditória: bairros inteiros convivem com postes apagados, avenidas mal iluminadas e áreas que se tornam vulneráveis à criminalidade justamente pela ausência de luz.

A investigação que apura fraudes estimadas em R$ 62 milhões lança uma pergunta inevitável: como é possível faltar iluminação em um município que arrecada tanto?

Reportagem publicada pelo Correio do Estado no ano passado mostrou que a Cosip de Campo Grande superava, à época, a arrecadação de Curitiba – cidade com mais que o dobro da população. Mesmo assim, a capital sul-mato-grossense convive com um serviço precário e reclamações recorrentes da população.

O mais preocupante é que essas suspeitas de irregularidades surgem em meio a um discurso constante de crise financeira propagado pela administração municipal.

Se confirmadas, as fraudes não estariam ocorrendo em um cenário de escassez, mas sim em um verdadeiro manancial de recursos. Isso agrava ainda mais o quadro, pois revela que o problema pode não ser falta de dinheiro, mas falhas graves de gestão, fiscalização e zelo com o dinheiro público.

É legítimo esperar explicações detalhadas sobre os contratos firmados, os critérios de pagamento e a execução dos serviços. Mas isso, por si só, não basta. O que a sociedade exige – e com razão – é transparência permanente sobre a aplicação da Cosip. Trata-se de uma contribuição pesada no bolso do contribuinte, que deveria retornar em forma de ruas iluminadas, mais segurança e melhor qualidade de vida.

Nesse contexto, o trabalho do Gecoc merece reconhecimento. Mais uma vez, o MPMS cumpre seu papel institucional de investigar, cobrar respostas e iluminar áreas em que a administração pública falhou.

Combater a corrupção não é apenas punir culpados, mas também criar condições para que os serviços públicos funcionem melhor e com mais eficiência.

Iluminação pública não é luxo. É segurança, mobilidade e dignidade urbana. Se há dinheiro sobrando e luz faltando, algo está profundamente errado – e precisa ser corrigido com urgência, transparência e responsabilidade.

ARTIGOS

Redes sociais: o "estacionamento" da reputação corporativa

Qual é o limite entre a liberdade de expressão do trabalhador e a proteção da honra e da imagem empresarial

19/12/2025 07h45

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No ambiente corporativo contemporâneo, a fronteira entre opinião pessoal e responsabilidade profissional se tornou quase invisível. Com a hiperconectividade, qualquer manifestação nas redes sociais tem potencial para alcançar ampla visibilidade. Um único comentário ofensivo de um funcionário é capaz de comprometer a confiança interna, afetar a reputação da marca e desencadear litígios.

Quando as manifestações de funcionários ultrapassam o limite da crítica construtiva e se convertem em acusações ou declarações com potencial de impactar negativamente a imagem e a credibilidade da organização, abre-se espaço a um debate essencial: qual é o limite entre a liberdade de expressão do trabalhador e a proteção da honra e da imagem empresarial?

A repercussão, em casos como esse, costuma ser imediata. Colegas, clientes, fornecedores e demais parceiros têm acesso ao conteúdo, potencializando seus efeitos e ampliando o risco reputacional.

Qualquer que seja o caminho de resposta, a análise jurídica deve ser cuidadosa. A Consolidação das Leis do Trabalho (art. 482, alíneas j e k) prevê a possibilidade de dispensa por justa causa quando o empregado pratica ato lesivo à honra ou à boa fama de qualquer pessoa “no serviço”, especialmente quando dirigido ao empregador ou superiores hierárquicos.

A jurisprudência tem entendido que publicações em redes sociais podem produzir efeitos equivalentes aos de condutas praticadas no ambiente físico de trabalho, legitimando a aplicação da penalidade.

A Constituição Federal (art. 5º, incisos IV, V e X) assegura a liberdade de expressão, mas estabelece limites claros quando essa manifestação viola direitos relacionados à honra, à imagem e à dignidade. Já o Marco Civil da Internet reforça mecanismos de responsabilização de plataformas mediante notificação, permitindo respostas mais ágeis a conteúdos ilícitos.

Com a evolução da sociedade, a linha que separa opinião de ofensa se tornou cada vez mais tênue. A liberdade de expressão é garantida, mas não é absoluta: quando a crítica se transforma em injúria ou difamação, há quebra de confiança, podendo configurar justa causa, inclusive quando a conduta ocorre fora do expediente.

O desafio, agora, reside na interpretação. A definição do que constitui “crítica legítima” ou “falta grave” ainda é variável entre diferentes julgadores, o que aumenta o risco de reversão de penalidades, pedidos de indenização e danos à reputação corporativa.

Em um ambiente empresarial cada vez mais exposto ao escrutínio público, sobretudo nas redes sociais, torna-se imprescindível que as organizações adotem políticas claras, protocolos seguros de apuração e documentação robusta para fundamentar suas decisões e que as decisões e a gestão de tópicos sensíveis considerem estratégia, cautela e respaldo técnico.

Condutas inadequadas de colaboradores podem gerar impactos relevantes, mas a resposta empresarial deve estar alinhada à legislação e às melhores práticas de governança.

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