Cidades

joão alfredo danieze

Às vésperas da eleição, único prefeito de esquerda de MS entra na mira do MPE

Prefeito de Ribas do Rio Pardo, do PT, está sendo investigado porque empresa presetadora de serviços teria superfaturado serviços de roçada em áreas públicas

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Depois de emitir cobrança pelo serviço de roçada da vegetação em um Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) cuja área é totalmente concretada, a empresa Sol Brasil e o prefeito de Ribas do Rio Pardo, João Alfredo Danieze, viraram alvo de Inquérito Civil instaurado pelo Ministério Público Estadual. 

Conforme publicação do diário oficial do MPE desta quarta-feira (5), o inquérito vai “apurar eventual ocorrência de dano ao erário decorrente de superfaturamento nos pagamentos feitos pelo Município de Ribas do Rio Pardo à empresa Sol Brasil Soluções Ambientais LTDA, de serviços que, em tese, não teriam sido executados.”

A transformação do Procedimento Preparatório em inquérito acontece exatamente um ano depois da apresentação de uma denúncia apresentada em maio do ano passado, pelo borracheiro Álvaro Andrade dos Santos, que é vereador de Ribas do Rio Pardo. Tanto o vereador quanto o prefeito devem disputar a reeleição daqui a quatro meses. 

Esta denúncia apresenta uma série de áreas cuja metragem foi supostamente superdimensionada para justificar os altos valores repassados à Sol Nascente, que somente nos nove primeiros meses de 2022 recebeu R$ 1,3 milhão da prefeitura de Ribas do Rio Pardo. 

Entre estas denúncias aparece a roçada de passeio público em ruas com as calçadas completamente concretadas e até a Casa do Velório Municipal foi superdimensionada, de acordo com a denúncia.

Conforme o vereador, o terreno do local para velórios tem 467 metros quadrados e parte disso é ocupada pelo prédio. Porém, a empresa emitiu nota de cobrança como se tivesse roçado uma área de 852 metros quadrados. Em uma segunda passagem dos funcionários da Sol Brasil pelo velório, eles disseram ter roçado apenas 590 metros neste terreno público.

CEMITÉRIO 

E depois de passarem pelo velório, foram para o cemitério, onde, segundo o autor da denúncia, teriam emitido cobrança relativa à roçada de 5.672 metros quadrados do cemitério. O curioso, diz o vereador, é que tradicionalmente a limpeza deste cemitério é feita por servidores municipais. 

Além da área completamente concretada, a empresa também roçou 1,4 mil metros quadrados em um CRAS que está instalado em um terreno de apenas 317 metros. E, segundo a denúncia, o mesmo tipo de irregularidade ocorreu em todos os prédios públicos que supostamente receberam o serviço de roçada. 

As denúncias também apontam serviços de roçada em áreas particulares que supostamente foram pagos pelo poder público e uso de servidor municipal para realização dos serviços para a empresa privada. 

Do documento entregue ao MPE, o vereador diz que a prefeitura trocou o fiscal do contrato com a Sol Brasil e depois disso o tamanho das roçadas dispararam, chegando a 55 mil metros quadrados por mês. O novo fiscal deste contrato, segundo o vereador, teria sido funcionário da própria Sol Brasil. 

O vereador diz que as supostas irregularidades foram apresentadas ao prefeito, João Alfredo Danieze, e ao proprietário da Sol Brasil, Ibraim Godoy da Silva Neto. O empresário, segundo Nego da Borracharia, como é conhecido o vereador, teria reconhecido os “erros”. 

ADITIVO

Porém, em vez de barrar os pagamentos supostamente superfaturados, o Executivo Municipal teria premiado a empresa com um reajuste, em março de 2023, passando o valor anual do contrato para quase R$ 1,8 milhão por ano. 

Além dos serviços de roçada, a empresa faz o recolhimento do lixo domiciliar e varrição das ruas da área central de Ribas. 

AUTORIZAÇÃO

Para transformar o Procedimento Preparatório em inquérito, o promotor George Zarour Cezar teve de receber o aval do chefe do Ministério Público Estado, assim como ocorre ao se abrir investigação envolvendo qualquer outro prefeito. 

Ocorre que João Alfredo Danieze, que foi eleito em 2020 pelo PSOL e em novembro do ano passado se filiou ao PT, é o único prefeito de algum partido de esquerda do Estado. Ele pretende concorrer à reeleição em outubro deste ano. 

O MPE já tomou o depoimento de servidores da prefeitura e de funcionários da Sol Brasil, mas o inquérito não deixa claro se o Executivo já se manifestou para apresentar sua defesa. 

Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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