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Halloween

Bruxa da Sapolândia, realidade que chocou a Capital nos anos 70

Bruxa da Sapolândia, realidade que chocou a Capital nos anos 70

BEATRIZ LONGHINI

31/10/2011 - 00h02
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Hoje (31) se comemora o Halloween, mais conhecido no Brasil como o "Dia das Bruxas". As manifestações são mais comuns nos países anglo-saxônicos, em especial nos Estados Unidos. Mas, nos anos 70, Campo Grande (MS) também teve sua bruxa, conforme a imprensa noticiou à época. Nada, porém, para se comemorar dado a tragédia que representou o episódio na então pacata Cidade Morena .

Ainda hoje, algumas pessoas dizem que não passa de lenda. Outras, ouvem comentários a respeito sem ter convicção de que realmente teria ocorrido.

Mas não se trata de lenda ou ficção.

O caso teve grande repercussão na cidade e ficou conhecido como os crimes da Bruxa da Sapolândia, uma mulher que foi presa acusada de matar crianças - vítimas de maus tratos e desnutrição - e que eram enterradas nos fundos de sua casa, numa área de brejo.

A mulher ganhou essa denominação nas manchetes dos jornais que associaram seus atos a das bruxas das histórias infantis - a mulher má que prendia criancinhas - mas com a realidade cruel: a morte de ao menos dez crianças, noticiou-se.

Por morar num bairro conhecido como Sapolândia, a associação foi inevitável. Afinal, além do corvo amigo, as bruxas - conforme os gibis - tinha o sapo como animal apropriado para poções maléficas.

'Cemitério' no brejo

O jornalista Fausto Brites, do Portal Correio do Estado foi testemunha dessa história, quando adolescente. O ocorrido pode parecer ficção, mas foi uma realidade, afirma.

"O cenário era perfeito para um filme de terror", diz o jornalista que esteve na casa da Bruxa da Sapolândia. Movido pela curiosidade, ele que morava na Rua Engenheiro Alírio de Matos, no Bairro Taquarussu, foi com alguns colegas e os irmãos mais velhos até o local. "A casa era de tábua, sem pintura e ficava às margens de um trilheiro que levava ao bairro. O terreno fazia fundos com o brejo e ali era onde criou-se o cemitério das crianças", conta.

Segundo o jornalista, os pequenos caixões, que ela mesmo fazia, eram de  ripas de madeira. Os corpos das crianças eram enrolados em redes ou colchas velhas. "Cheguei com meus amigos e irmãos logo depois da prisão da mulher. Havia uns cinco caixões ainda ao lado dos buracos. Estavam sujos de lama, assim como os tecidos. Os corpos já tinham sido retirados, mas os tecidos, usados como mortalhas, foram deixados. Como era brejo, daquelas sepulturas improvisadas minavam água. As muitas árvores no local criavam aquele clima de pântano de filme de horror. Fiquei impressionado".

A Bruxa da Sapolândia morava com um rapaz que também foi preso. "Quando chegamos na casa, havia um homem que estava tentando fazer uma moto funcionar. Ele depois entregou a chave para os policiais e foi levado dali na viatura. Umas pessoas que estavam próximas gritavam que ele era o ‘bruxo’. Não sei se era o marido dela, ou não".

Um dos jornais na época, publicou a foto da mulher, já presa, caída numa das celas da delegacia. "A matéria dizia que ela tinha entrado em transe", afirma o jornalista. Passados os dias os jornais não deram mais sequência ao caso. "Mas a história da Bruxa da Sapolândia não caiu no esquecimento",diz Fausto Brites.

Segundo ele, ainda hoje recebe telefones de acadêmicos em jornalismo, principalmente, qurendo saber  informações a respeito do caso. "Embora já naquela época eu sonhasse em ser jornalista, eu era adolescente e minhas recordações são da visita à casa da mulher e do que os jornais publicavam na época", explica.

Mas ele é categórico em afirmar que o caso é verdadeiro. Sobre a mulher, o jornalista explica que existem algumas versões a respeito, desde que teria morrido no presídio até que, passados alguns anos na cadeia, mudou-se da cidade para o interior do Estado.

"É como você fechar o livro de histórias de bruxa, quando se é criança, e elas (as histórias) ficam em sua mente, no início causando temor profundo; depois, já adulto, você dá boas risadas. O caso da Bruxa da Sapolândia, porém, não é para se dar risada. Ela  não tinha nariz adunco ou verruga no rosto e seu cabelo não era coberto por um chapéu preto. Mas, pela tragédia a qual foi acusada de ter protagonizado, com certeza ainda continuará sendo lembrada por muito tempo", frisa Fausto Brites.

Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

Cidades

Operação Natal:PRF fiscalizará 4 mil km de rodovias em MS

Polícia atuará no combate à alcoolemia ao volante, excesso de velocidade e ultrapassagens proibidas

22/12/2025 16h30

Foto: PRF / Divulgação

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia nesta terça-feira (23) a Operação Natal 2025, pmonitoramento que deve ocorrer em mais de 4 mil quilômetros de rodovias federais que cortam o Estado. 

Integrada à Operação Rodovida, a mobilização segue até o domingo (28) e pretende reforçar a fiscalização e as ações educativas durante o período de maior fluxo de veículos em razão das festas de fim de ano.

No Estado, policiais rodoviários federais atuarão a partir de nove Delegacias e 24 Unidades Operacionais, reforçando o, distribuídos em 11 rodovias .

A fiscalização será intensificada principalmente nos trechos e horários com maior índice de acidentes e ocorrências criminais.

Ao longo da operação, a PRF atuará com foco especial no combate à alcoolemia ao volante, excesso de velocidade e ultrapassagens proibidas. As ações contarão com o uso de câmeras de videomonitoramento e com o apoio da concessionária Motiva Pantanal.

Também estarão entre as prioridades da fiscalização o uso do capacete por motociclistas, o cumprimento do tempo mínimo de descanso dos motoristas profissionais, a proibição do uso de telefone celular ao volante, além do uso do cinto de segurança e do transporte correto de crianças em dispositivos adequados.

Restrição de tráfego

Durante a Operação Natal, haverá restrição de tráfego para veículos de carga com dimensões ou pesos excedentes nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul nos seguintes dias e horários.

24 de dezembro de 2025 (quarta-feira): das 16h às 22h

25 de dezembro de 2025 (quinta-feira): das 16h às 22h

Operação Natal 2024

No feriado de Natal de 2024, foram registrados 48 sinistros de trânsito nas rodovias federais do estado, sendo 15 considerados graves. Ao todo, 49 pessoas ficaram feridas e quatro morreram.

O balanço final da Operação Natal 2025 será divulgado na segunda-feira (29) no portal oficial da PRF.

Orientações aos motoristas

A PRF orienta que, antes de viajar, os condutores verifiquem as condições do veículo, com atenção especial aos itens de segurança, como freios, pneus e sistemas de iluminação e sinalização.

A viagem deve ser planejada para evitar longos períodos de condução ininterrupta, respeitando pausas de descanso, especialmente após quatro horas ao volante.

Todos os ocupantes do veículo devem utilizar o cinto de segurança, e crianças devem ser transportadas em dispositivos de retenção adequados, conforme a legislação. Bagagens devem ser acomodadas em compartimentos próprios, evitando riscos em caso de acidentes.

Os motoristas devem respeitar a sinalização, os limites de velocidade e realizar ultrapassagens somente em locais permitidos e com segurança.

A PRF alerta que ultrapassagens mal executadas estão entre as principais causas de mortes nas rodovias federais. Em caso de chuva, é fundamental reduzir a velocidade, manter os faróis acesos e aumentar a distância de segurança entre os veículos.

Em situações de emergência nas rodovias federais, a orientação é acionar a PRF pelo telefone 191.

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