Cidades

CASO PROCON

"Cada policial que você coloca em um órgão, é um policial a menos na rua", diz secretário

Antônio Carlos Videira deve se reunir com Patrícia Cozzolino, secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, para discutir medidas a serem tomadas em MS

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Duas semanas após homicídio durante audiência no PROCON, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos Videira, afirma que cabe a cada órgão demandar segurança e buscar soluções para inibir ações criminosas.

“Olha, cada órgão tem seu gestor e cabe a cada gestor gerar a demanda, que pode ser desde a contratação de segurança armada, seguranças patrimoniais. Agora, nos órgãos da segurança pública, nós utilizaremos profissionais da segurança pública”, disse o secretário durante coletiva na manhã desta segunda-feira (27), em um evento na Academia da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (Acadepol/MS).

Videira ressalta que colocar os policiais para fazer segurança nos órgãos seria um “desvio de finalidade”, e significaria uma perda de policiais nas ruas.

“Nós temos diversos órgãos, se você for colocar policiais para fazer segurança você vai estar em desvio de finalidade e vai tirar policial da rua. Então, cada diretor, cada gestor do órgão vai ter que buscar a sua solução, que vai desde o patrimonial até a fiscalização com equipamentos de segurança, com câmeras que inibam as ações. E a solução não é você colocar um policial em cada órgão, porque cada policial que você coloca em um órgão desse é um policial a menos na rua”, concluiu. 

O secretário deve se encontrar com Patrícia Cozzolino, secretária de Assistência Social e Direitos Humanos de Mato Grosso do Sul, nesta terça-feira (28), para tratar de diversos assuntos, sendo o homicídio ocorrido no dia 13 de fevereiro um deles. 
 

Relembre o caso

Na manhã da segunda-feira, 13 de fevereiro, o tenente reformado da Polícia Militar, José Roberto de Souza, atirou e matou o empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, durante audiência de conciliação no Procon estadual, em Campo Grande

Passadas 72 horas do crime, José Roberto de Souza se apresentou à 1ª Delegacia Policial de Campo Grande e assumiu a autoria dos disparos. 

De acordo com o delegado da 1ª DP, Antônio Souza Ribas Júnior, responsável pelo caso, o crime ocorreu após uma discussão entre ambos durante a audiência de conciliação no Procon estadual, realizada por volta das 7h40 da manhã.

No depoimento, o policial reformado confessou que efetuou os disparos em função de uma disputa que tinha com Caetano.

“Executamos o mandado de prisão e ele já foi interrogado. Confessou que efetuou os disparos tendo em vista a disputa que ele tinha com a vítima relacionada com esse procedimento no Procon, que iniciou com problemas na oficina mecânica da vítima”, pontuou o delegado.

A prisão foi deferida pelo poder judiciário e contou com o parecer do Poder Público. 

José Roberto de Souza alegou à polícia que Caetano vinha desde o fim do ano passado o “tratando de uma forma desrespeitosa”. O caso então evoluiu para um audiência de conciliação entre as partes, iniciada na sexta-feira (11) do mesmo mês. Sem acordo, ambos se encaminharam novamente para a sede do Procon na segunda, data do crime. 

“Na última sexta tiveram uma primeira audiência, não foi resolvido, e ambas as partes retornaram ao Procon no primeiro horário da segunda-feira, em que a vítima levaria um parecer, nota fiscal com todos os custos e serviços, momentos em que o autor então pagaria os R$ 630 da troca de óleo do veículo”, destacou Antônio Souza Ribas Júnior.

Segundo a polícia, o problema estava em torno da nota fiscal e de todo o serviço que teria sido realizado por Caetano, que, contando com a troca de óleo, totalizava aproximadamente R$ 30 mil. Segundo o autor dos disparos, o valor que a vítima teria colocado na nota estaria errado. 

O autor também relatou que efetuou os disparos porque a vítima se levantou da cadeira que estava sentada, na sala do Procon. 

A arma utilizada pelo policial militar reformado era de uso pessoal, e não foi localizada. A polícia ainda investiga se o registro estava vencido.

Também será investigado se o autor possuía algum disturbio psíquico, já que alegou o uso de amitriptilina, um antidepressivo tricíclico utilizado para tratar várias condições que afectam o sistema nervoso central, entre elas estão principalmente a depressão e ansiedade.

O caso foi enquadrado como homicídio por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

 

BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

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