Nos primeiros seis meses deste ano, a receita com o custeio do serviço de iluminação pública (Cosip) fechou em 103 milhões em Campo Grande, um aumento de 59,2% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a receita foi de R$ 64,7 milhões.
Os dados constam em balanço orçamentário publicado no Diário Oficial do Município, nesta segunda-feira (29).
Conforme o balanço, considerando apenas o bimestre de maio e junho, a Cosip rendeu R$ 34,7 milhões, que também é maior do que o mesmo período em 2023, de R$ 25,6 milhões.
O mesmo relatório aponta que a previsão da administração era arrecadar R$ 97 bilhões ao longo do ano, mas o montante do primeiro semestre já superou a expectativa.
O recurso arrecadado pelo município via Cosip deve cobrir, total ou parcialmente, o custeio da iluminação pública, que passa pela reposição e manutenção dos equipamentos até a despesa com o consumo energético. No entanto, mesmo com o aumento da receita,
a baixa qualidade ou a falta de iluminação pública são motivo de reclamação constante na Capital.Aumento no consumo
Há vários motivos que podem explicar o aumento na receita, sendo um deles o calorão que tem atingido todo o País nos últimos meses, o que, consequentemente, faz aumentar o consumo de energia.
Pesquisa realizada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), divulgada no início deste mês, aponta que Mato Grosso do Sul é o estado que registrou o maior aumento no consumo de energia elétrica no mês de maio.
Devido às fortes ondas de calor e escassez de chuva, todos os estados apresentaram um aumento significativo no consumo.
Com este aumento, também há consumidores que mudam de faixa, aumentando também o valor da Cosip.
Isto porque o valor da taxa depende do consumo do imóvel. Para fatura mensal abaixo de 100 quilowatts/hora há isenção.
Entre 101 a 150 quilowatts/hora mensais, é cobrado 4,50% sobre o valor consumido.
A Cosip foi criada na administração do então prefeito André Puccinelli para dar legalidade à antiga taxa de iluminação pública.
Em 2017, chegou a ser suspensa por seis meses, mas logo o Tribunal de Justiça deu ganho de causa à prefeitura e a cobrança foi retomada.