Secretário Executivo da Cultura em Campo Grande, Valdir Gomes afirmou em entrevista ao Correio do Estado que, sem dinheiro para arcar com a revitalização do Horto Florestal, o Executivo da Cidade Morena prepara um convênio que deve passar a gestão do espaço interditado há mais de uma década para as mãos do Sistema Comércio MS.
Ainda na terça-feira (12) o Sistema, composto pelo Serviço Social do Comércio e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Sesc/Senac), apontou a intenção de parceria com a prefeitura de Campo Grande, para tocar o projeto de revitalização que é coordenado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável (Semades).
Marcelo Victor/Correio do EstadoComo bem apontou Valdir Gomes em entrevista hoje (13) ao Correio do Estado, o espaço interditado pela última vez há cerca de 150 dias precisará desse apoio para ser finalmente revitalizado de uma situação de abandono que se estende por mais de uma década.
"Quando eu fui secretário da Semadur que foi a última reforma que houve lá... há 15 anos. Se cada prefeito entrar e fizer um pouquinho não ficaria em ruínas como está lá para o gestor levar toda a culpa", disse.
Valdir explica que, inclusive como o Sesc deixou recentemente a gestão da Morada dos Baís, abre-se também essa possibilidade de que o Sistema assuma esse novo convênio.
"Se fosse pela minha vontade, não passaria, porque eu gostaria de pôr para funcionar, ali tem um espelho d'água e uma série de outras coisas, mas a prefeitura no momento não tem financeiro para isso e a secretaria não tem verba para reformar o Horto", confirma o secretário.
Horto em convênio
Conforme nota divulgada pelo Sistema, a partir da assinatura do acordo será feito o chamado inventário arbóreo completo, identificando quais espécies existem no Horto e uma avaliação de quais serão replantadas.
Esse projeto, que têm previsão de ser entregue antes do final de 2025 (em um prazo estimado de 90 dias), prevê que um jardim de herbáceas e arbustos do Cerrado seja implantado no Horto Florestal através dessa revitalização.
Com isso, o Sistema ficará encarregado de: reformar as infraestruturas internas e do calçamento, requalificar o gradil, além de uma série de cuidados para com esse espaço.
Relembre
Com a última minirreforma pela pintura e conserto de banheiros e estrutura, além da limpeza de um dos mais belos pontos turísticos da cidade, acontecendo em 2015, desde então esse espaço ecológico urbano de Campo Grande enfrenta um histórico de abandono.
Sem a devida atenção do poder público, esse espaço passou a ser vítima das intempéries climáticas e da ação do tempo, com outra reforma prometida em 2019 que não chegou a sair do papel.
Já em março deste ano, após Campo Grande ser atingida por um temporal no dia 18 daquele mês, a queda de uma árvore no Horto Florestal levou à interdição do espaço.
Marcelo Victor/Correio do EstadoInicialmente prevista para durar apenas cerca de duas semanas, o parque já está há quase 150 dias sem receber visitantes após a árvore de grande porte cair sobre uma construção e pista de caminhada do local.
Com uma área verde de 4,5 hectares, o Parque Florestal Antonio de Albuquerque - popularmente conhecido como "Horto" - fica localizado na esquina das avenidas Fernando Corrêa da Costa e Ernesto Geisel e chegou a dispôr de biblioteca pública, centro de convivência para idosos, orquidário, pista de skate, teatro de arena coberto e muito mais.
A previsão é que o projeto de convênio seja firmado já na sexta-feira (15), a partir das 08h, em evento de lançamento do chamado "Centro em Ação" que acontece na Faculdade Insted em Campo Grande.
*(Colaborou Naiara Camargo)


