Cidades

Cosip

Morador de Campo Grande é um dos que mais pagam por iluminação pública no Brasil

Com metade da população de Curitiba (PR), capital de Mato Grosso do Sul arrecada R$ 143,9 milhões por ano com taxa embutida na conta de luz, mais que a capital paranaense; veja os detalhes

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Campo Grande é uma das capitais que mais arrecada com a Contribuição Social para o Custeio da Iluminação Pública do Brasil (Cosip). Em 2022, a Capital de Mato Grosso do Sul arrecadou mais com a taxa que vem embutida na conta de luz das casas e das empresas que a prefeitura de Curitiba (PR). 

Um detalhe: com 1.773.733 moradores a capital paranaense é a sétima cidade mais populosa do Brasil e tem praticamente o dobro da população de Campo Grande, que tem 897.938 habitantes e é a 16ª, segundo o censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  

Os números demonstram a alta arrecadação da Cosip desempenhada pela prefeitura de Campo Grande. No ano avaliado pela Frente Nacional de Prefeitos, foram auferidos R$ 143.941.441,09 com a contribuição, a 10ª maior arrecadação bruta desta modalidade no Brasil. 

No mesmo ano, a prefeitura da capital paranaense, que tem o dobro do tamanho, arrecadou R$ 132.224.683,35 com a mesma contribuição para o custeio da iluminação pública. 

A comparação não fica apenas entre a capital de Mato Grosso do Sul e a do Paraná. Na região Centro-Oeste, Campo Grande é a campeã em receita com a Cosip, embora 539.299 habitantes a menos que Goiânia (GO) (que tem 1,4 milhão de habitantes), conforme o mesmo Censo do IBGE. A capital de Goiás arrecadou R$ 103.115.825,40 com a contribuição em 2022. 

Cosip per capita

Quando se trata de arrecadação per capita, Campo Grande é a líder entre as maiores cidades do Brasil, ninguém é maior que ela, segundo a FNP. Cada morador de Campo Grande pagou, em 2022, R$ 160,30 para custear a iluminação pública. Mesmo assim, naquele mesmo ano, o Correio do Estado recebeu várias reclamações de ruas sem luz no período e de falhas na iluminação. 

A segunda maior arrecadação per capita entre as grandes cidades brasileiras é de Maceió (AL). Cada morador da capital de Alagoas pagou em média, em 2022, R$ 154,79 para o custeio da iluminação pública. 

Maceió, que tem 957.916 habitantes, inclusive, está logo a frente de Campo Grande na arrecadação bruta com a Cosip: R$ 148.273.032,97.

A maior cidade do Brasil, São Paulo, tem a maior receita bruta com a Cosip: R$ 726.566.213,61, mas pudera, do alto de seus 11,4 milhões de habitantes, tem uma arrecadação per capita com a contribuição para a iluminação pública de R$ 63,45. 

As 20 maiores arrecadações de Cosip do Brasil

Posição UF População Municípios

Arrecadação

2020 em

R$ milhões

Arrecadação

2021 em

R$ milhões

Arrecadação

2022 em

R$ milhões

Variação 2021/2022 Cosip per Capita 2022 em R$
SP 11.451.245 São Paulo  694,5  651,8 726,6 11,5%  63,45
RJ 6.211.423 Rio de Janeiro 442,6 428,5 538,7 25,7% 86,73
AM 2.063.547 Manaus 197,2  208,3 241,2 15,8% 116,88
BA 2.418.005 Salvador 222,9 200,4 218,0 8,8% 90,16
CE 2.428.678 Fortaleza 242,0 245,6 206,8 -15,8% 85,17
MG 2.315.560 Belo Horizonte 198,7 208,0 192,4 -7,5% 83,10
PA 1.303.389 Belém 137,4 175,1 179,8 2,7%  137,91
PE 1.488.920 Recife 158,5 158,2 148,9 -5,9% 99,98
AL 957.916 Maceió 116,3 136,0 148,3 9,0% 154,79
10º MS 897.938 Campo Grande 141,9 142,0 143,9 1,4% 160,30
11º PR 1.773.733 Curitiba 148,4 140,9 132,2 -6,1%  74,55
12º GO 1.437.237 Goiânia 113,2 99,3 103,1 3,9% 71,75
13º SP 1.138.309 Campinas 66,4 65,1 102,1 57,0% 89,72
14º SP 748.919 Santo André 86,7 93,7 90,6 -3,4% 120,96
15º PI 866.300 Teresina 78,8 91,3 86,9 -4,8% 100,34
16º RN 751.300 Natal 76,3 82,0 82,7 0,8% 110,03
17º RS 1.332.570 Porto Alegre 72,5 88,4 81,2 -8,2% 60,95
18º SP 1.291.784 Guarulhos 84,4 80,1 80,1 0,1% 62,05
19º MA 1.037.775 São Luiz 83,3 78,9 73,7 -6,6% 71,00
20º MT 650.912 Cuiabá 72,4 70,6 73,5 4,2% 112,94

 

Como funciona a Cosip?

A cobrança para o custeio do serviço de iluminação começou nas últimas décadas do século passado. Foi fruto de uma emenda constitucional relatada pelo já falecido senador sul-mato-grossense Ramez Tebet (MDB). 

Inicialmente feito por intermédio de taxas, o procedimento foi proibido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por meio da Súmula 670, de 2003, convertida na Súmula Vinculante 41. 

Os inúmeros processos julgados pela Corte, que declarou inconstitucional a exigência de pagamento da taxa de iluminação pública antes da publicação da Súmula 670, obrigaram o Congresso Nacional a antecipar a discussão e a deliberação da Emenda Constitucional nº 39, de 19 de dezembro de 2002, a qual autorizou a instituição da Cosip pelos municípios e pelo Distrito Federal.

Desde a EC 39/2002, de autoria de Ramez, a Cosip passou a ser cada vez mais presente nas cidades brasileiras e sua arrecadação foi impulsionada pela Resolução Normativa nº 414/2010, modificada pela RN nº 587/2013, ambas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 

Por meio dessas regras, o órgão transferiu os ativos de iluminação (luminárias, lâmpadas, relés e reatores) para as prefeituras e delegou-lhes a responsabilidade pela prestação do serviço de iluminação pública.

Custeio

O recurso arrecadado pelo ente municipal via Cosip deve cobrir, total ou parcialmente, o custeio da iluminação pública, que passa pela reposição e manutenção dos equipamentos até a despesa com o consumo energético. Ainda não existe um consenso sobre a legalidade de se empregar ou não os recursos para a expansão do sistema de iluminação pública.

Pela Constituição Federal, no artigo 149-A, em seu parágrafo único, é facultada a cobrança da contribuição na conta de energia elétrica.

O montante recolhido a título de Cosip deve ser repassado ao tesouro municipal pela empresa distribuidora. Essa quantia é vinculada à prestação do serviço de iluminação pública e não pode ser utilizada para outros fins. 

Sem critério

É facultada à legislação municipal a definição do valor da Cosip, sua base de cálculo e as alíquotas, o que resulta em diferentes modelos de apuração entre os municípios. Há casos de prefeituras que utilizam o consumo de energia como base de cálculo, instituindo alíquotas diferenciadas conforme o tipo de uso dos imóveis, a faixa de consumo ou a metragem do terreno, entre outros critérios. 

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POLÍCIA

Após 20 anos, homem que tentou matar a esposa é preso em MS

O suspeito, de 49 anos, era foragido da Justiça de Minas Gerais e havia cometido o crime em 2006

14/12/2025 14h00

 A SIG de Três Lagoas recebeu a solicitação de apoio da Polícia Civil de Minas Gerais, para o cumprimento do mandado, com informações sobre a possível localização do foragido

A SIG de Três Lagoas recebeu a solicitação de apoio da Polícia Civil de Minas Gerais, para o cumprimento do mandado, com informações sobre a possível localização do foragido Reprodução: Polícia Civil

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Na última sexta-feira (12), um homem, de 49 anos de idade, condenado pela tentativa de homicídio qualificado contra a própria esposa, e foragido da Justiça de Minas Gerais há mais de 20 anos, foi preso pelos agentes da Seção de Investigação Geral (SIG) e do Núcleo Regional de Inteligência (NRI) de Três Lagoas.

O crime ocorreu em 2006, na cidade de Turmalina, interior do estado mineiro, quando o indivíduo, motivado por ciúmes, teria tentado matar a companheira com golpes de madeira, agindo em condições que dificultou a sua defesa.

Após o ataque, ele fugiu de Minas Gerais e, segundo as investigações, estava vivendo foragido há cerca de 10 anos em Três Lagoas.

Após ser regularmente processado, foi condenado a uma pena de quase seis anos de reclusão, em regime fechado.

Na manhã de sexta-feira (12), a SIG de Três Lagoas recebeu a solicitação de apoio da Polícia Civil de Minas Gerais, para o cumprimento do mandado de prisão, com informações sobre a possível localização do foragido.

Após diligências, o homem foi localizado em uma residência no bairro Jardim das Oliveiras, onde foi preso e conduzido até a sede da SIG, onde houve o cumprimento formal do mandado de prisão.

Em seguida, após passar por exame de corpo de delito, o condenado foi encaminhado às celas da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC), onde permanecerá aguardando recambiamento para o estado de Minas Gerais.

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LOTERIA

Apostador de MS fica a um número de levar R$ 43 milhões na Mega-Sena

Sem vencedor, concurso 2951 acumulou para R$ 52 milhões, que será sorteado na próxima terça-feira (16)

14/12/2025 12h00

Apostador de Campo Grande fica próxima de levar bolada milionária na Mega-Sena 2951

Apostador de Campo Grande fica próxima de levar bolada milionária na Mega-Sena 2951 Foto: Arquivo

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Realizado no Espaço da Sorte, em São Paulo, o sorteio do concurso 2951 da Mega-Sena não teve vencedores. Porém, um apostador de Mato Grosso do Sul ficou a um número de levar "bolada" de R$ 43 milhões, faturando menos de R$ 100 mil ao acertar somente cinco dezenas.

Segundo rateio realizado pela Caixa Econômica Federal, 44 apostas acertaram cinco números nesta Mega-Sena, do qual uma delas foi de Campo Grande. Feita de maneira simples, ou seja, com seis dezenas apostadas, o jogador levou a quina e faturou R$ 51.339,54.

Porém, mesmo ainda sendo uma boa quantia, o campo-grandense poderia ter levado para casa cerca de R$ 43 milhões, já que ninguém acertou e, caso ele cravasse as seis dezenas sorteadas, levaria sozinho o prêmio milionário.

Acumulado em R$ 52 milhões, o novo sorteio da Mega-Sena, agora concurso 2952, será realizado na próxima terça-feira (16). Para participar dos sorteios é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 5,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 6 dentre as 60 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de 4 a 6 números.

Os números da Mega-Sena 2951 são:

  • 08 - 31 - 37 - 30 - 45 - 05

Como jogar na Mega-Sena

A Mega-Sena paga milhões para o acertador dos 6 números sorteados. Ainda é possível ganhar prêmios ao acertar 4 ou 5 números dentre os 60 disponíveis no volante de apostas.

Para realizar o sonho de ser milionário, você deve marcar de 6 a 20 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 3, 4, 6, 8, 9 e 12 concursos consecutivos (Teimosinha).

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