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Capital fechou outubro com chuva 90% inferior à média histórica

Na estação da Embrapa, que serve de referência, foram apenas 15,4 milímetros, sendo que a média histórica é de 148 mm

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Período fundamental para o plantio da soja em Mato Grosso do Sul, outubro fechou com chuvas irregulares e abaixo da média história em 29 dos 45 municípios onde o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) faz o acompanhamento.  E a previsão e de que a escassez de chuvas continue pelos próximos três meses, principalmente nas regiões norte, centro e no Pantanal.

Campo Grande, por exemplo, teve o outubro com o menor volume de chuvas desde 2008, quando os dados começaram a ser divulgados pelo Cemtec. Na estação da Embrapa, na região oeste da Capital, foram apenas 15,4 milímetros, o que é 90% abaixo da média história para o mês, de 148 milímetros. Um pequeno alívio, porém, veio na quarta-feira (01) , quando na mesma estação foram registrados 12,4 milímetros. 

Esta estação serve de parâmetro desde 1961. Mas, os dados no site do Cemtec estão disponíveis somente desde 2008, e este foi o menor volume dos últimos 16 anos. Algo parecido ocorreu somente em 2014, quando foram 19 milímetros. No ano passado, a Capital fechou outubro com 134 milímetros. 

Quando são comparados outros pontos de medidas oficiais no município, o maior registro foi no pluviômetro do CEMADEN, na Vila Santa Luzia, com 56 mm. Mesmo assim, isso representa 62% abaixo da média esperada para outubro. 

Choveu com abundância somente no sul do Estado, e mesmo assim de forma irregular. Em Mundo Novo, na divisa com o Paraná e fronteira com o Paraguai, por exemplo, foram 356,4 milímetros, o que é 106% acima da média histórica para aquela região, que é de 172,8 milímetros. 

Mas, não muito longe dali, em Ponta Porã, o volume registrado pelo Cemtec ficou 27% abaixo da média histórica. Foram 138 milímetros, o que é volume suficiente para o plantio da soja, mas abaixo do esperado, que é de 190 milímetros.

Em praticamente todos os municípios pantaneiros e das regiões central e norte faltou chuva ao longo do mês passado. Em Rio Verde de Mato Grosso, o volume foi de apenas 22,4 milímetros, o que representa  82% abaixo dos 123,4 milímetros esperados para o mês. 

E a falta de chuva nestas regiões não ocorreu somente em outubro. Conforme boletim do Cemtec divulgado nesta quarta-feira  "no geral, comparado ao mês passado, houve uma intensificação das condições de seca no Estado, principalmente nos últimos 3 e 6 meses. Observa-se intensidade na categoria seca, com destaque nas regiões sudoeste, central, leste e pantaneira, indicando déficit de precipitação".

Além de afetar a agricultura, esta carência de chuvas está influenciando no nível do Rio Paraguai, já que em praticamente todos os municípios desta bacia a chuva ficou abaixo da média. 

RIO PARAGUAI E PLANTIO DA SOJA

E, por conta disso, o nível do principal rio pantaneiro recuou em torno de 1,7 metro tanto nas réguas de Ladário quanto em Porto Murtinho, já prejudicando o transporte de minérios e soja a partir deste mês.  Em outubro do ano passado, quando já choveu com maior intensidade, o permaneceu praticamente estável, embora estivesse com nível inferior ao deste ano. 

A irregularidade das chuvas, aliada ao forte calor das últimas semanas também está prejudicando o plantio da soja, principalmente na região norte do Estado. Conforme boletim divulgado na última terça-feira pelo Famasul, o normal para essa época do ano é que 45,5% das lavouras estivessem plantadas. Neste ano, porém, as sementes haviam sido lançadas em apenas 35,6% das áreas nos municípios desta região do Estado. 

Por outro lado, no sul os trabalhos estavam mais adiantados e praticamente metade do plantio já havia acontecido. Conforme a Aprosoja, até o dia 27 haviam sido plantados 1,94 milhão de hectares, o que é um milhão de hectares a mais do que uma semana antes. 

Para este ano, a estimativa é de que a safra seja 6,5% maior em relação ao ciclo passado, atingindo a área de 4,265 milhões de hectares. A produtividade estimada é de 54 sacas por hectares, com expectativa de produção de 13,818 milhões de toneladas. 
 

Cidades

Universidades federais sofrem corte de R$ 488 milhões no Orçamento 2026

Em nota, a Andifes manifestou "profunda preocupação" e afirmou que o corte promovido pelo Congresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo Executivo agrava o quadro "já crítico" das instituições

23/12/2025 19h00

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Cidade Universitária, em Campo Grande

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Cidade Universitária, em Campo Grande

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A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) divulgou um comunicado nesta terça-feira, 23, informando que o orçamento das universidades e institutos federais para 2026 sofreu um corte de R$ 488 milhões, o que representa uma redução de 7,05% nos recursos discricionários (não obrigatórios) das instituições.

Em nota, a Andifes manifestou "profunda preocupação" e afirmou que o corte promovido pelo Congresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo Executivo agrava o quadro "já crítico" das instituições. O orçamento discricionário é utilizado para pagamento de contas de água, luz, limpeza, entre outras, como o pagamento de bolsas de assistência estudantil.

O Estadão questionou o Ministério da Educação (MEC) sobre quais serão as medidas para recompor o corte feito pelo Congresso, mas ainda não obteve resposta.

Conforme a Andifes, os cortes "incidiram de forma desigual entre as universidades e atingiram todas as ações orçamentárias essenciais ao funcionamento da rede federal de ensino superior"

A instituição afirma que uma das áreas mais afetadas será a assistência estudantil, fundamental para garantir que estudantes de baixa renda consigam permanecer na universidade. Apenas nesta ação, diz a Andifes, R$ 100 milhões foram cortados, o que representa uma redução de 7,3% no orçamento da área.

"Os cortes aprovados agravam um quadro já crítico. Caso não haja recomposição, o orçamento das Universidades Federais em 2026 ficará nominalmente inferior ao orçamento executado em 2025, desconsiderando os impactos inflacionários e os reajustes obrigatórios de contratos, especialmente aqueles relacionados à mão de obra", diz o comunicado.

A instituição diz ainda que cortes na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e no Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CNPq) fragilizam o desenvolvimento científico do País.

"Estamos, portanto, em um cenário de comprometimento do pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão nas Universidades Federais, de ameaça à sustentabilidade administrativa dessas instituições e à permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica", afirma a Andifes.

A instituição diz ainda que está articulando com o Congresso e o Governo Federal para recompor o orçamento.

A luta das universidades federais por mais orçamento é antiga. Após enfrentarem um relação turbulenta com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, as instituições retomaram o diálogo com o governo federal após o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar disso, também tiveram de enfrentar restrições orçamentárias. Em maio, as universidades anunciaram uma série de medidas de economia, como cortes nos gastos de combustível até a interrupção da compra de equipamentos de informática e passagens aéreas. A medida ocorreu devido a diminuições orçamentárias aprovadas pelo Congresso e sancionadas por Lula. Na época, uma mudança na forma como eram feitos os repasses também estrangulou a verba para universidades. Após reclamações, o governo federal anunciou a recomposição do orçamento.

27 vagas

UFGD abre concurso para professor com salários de até R$ 13 mil; confira

Inscrições devem ser realizadas até 19 de fevereiro de 2026, exclusivamente pela internet

23/12/2025 18h30

UFGD

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Com salários de até R$ 13 mil, a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) publicou edital de concurso público para provimento de cargos da carreira para 27 novos professores.

Conforme o edital, a remuneração inicial varia de R$ 3.399,47 a R$ 13.288,85, de acordo com a titulação exigida e o regime de trabalho.

Os valores são acrescidos de auxílio-alimentação (R$ 587,50) para jornadas de 20h semanais e R$ 1.175,00 para 40h semanais. As inscrições devem ser realizadas até 19 de fevereiro de 2026, exclusivamente pela internet.

As oportunidades contemplam campos como Administração, Agronomia, Biotecnologia, Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Direito, Gestão Ambiental, História, Letras, Engenharia de Alimentos, Pedagogia e Medicina, entre outros, conforme detalhado no edital.

Provas

O processo seletivo será composto por prova escrita, prova didática, ambas de caráter eliminatório e classificatório, além de prova de títulos, de caráter classificatório. O edital de convocação para o sorteio de pontos e para a prova escrita será publicado em 26 de março. O sorteio está marcado para 28 de março, e a prova escrita ocorrerá em 29 de março (domingo).

A prova didática será realizada nos dias 25 e 26 de abril, conforme edital específico dessa etapa. O procedimento de heteroidentificação está previsto para 12 de maio, enquanto o envio dos títulos ocorrerá de 19 a 21 de maio. O resultado preliminar será divulgado em 1º de junho, e o resultado final, após recursos, em 3 de junho.

A taxa de inscrição é de R$ 200, com possibilidade de pagamento até o último dia de inscrição, em qualquer agência bancária durante o horário de expediente. O edital completo, com a descrição das áreas, requisitos e demais orientações, está disponível aqui!

Isenção de taxa

Os pedidos de isenção da taxa de inscrição poderão ser feitos entre 16 e 26 de dezembro. Têm direito ao benefício candidatos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita de até meio salário-mínimo, além de doadores de medula óssea. O resultado preliminar da isenção será divulgado em 9 de janeiro, com homologação final prevista para 13 de janeiro, após análise de recursos.

Do total de vagas, a UFGD assegura políticas de ações afirmativas, destinando 25% para candidatos autodeclarados negros (pretos ou pardos), 3% para indígenas e 2% para quilombolas, independentemente da área. Também há reserva de vagas para pessoas com deficiência. Ao todo, sete vagas são destinadas a candidatos negros, uma para indígenas, uma para quilombolas e duas para pessoas com deficiência.

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