A Prefeitura Municipal de Campo Grande firmou um Acordo de Cooperação Técnica com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) para combater o desaparecimento de pessoas no município. O acordo, firmado na última sexta-feira (16) terá duração de 4 anos.
O município passa então a integrar o Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid), base de dados que promove a troca de informações entre órgãos públicos.
Responsabilidades
O inserimento e atualização de dados no Sinalid ficará a cargo do MPMS, assim como fiscalizar procedimentos relacionados ao desaparecimento de pessoas, orientar os membros sobre a prioridade na tramitação de investigações e promover campanhas de conscientização.
A Prefeitura de Campo Grande, por sua vez, deverá indicar servidores para capacitação, garantir a padronização das comunicações de desaparecimento e manter as informações atualizadas no sistema, por meio de um ponto focal a ser definido entre as secretarias municipais de Saúde, Assistência Social e Segurança e Defesa Social.
Desaparecidos
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), 72 desaparecimentos foram registrados na Capital até maio de 2025, número que supera aos 66 casos registrados ao longo de 2024.
O Relatório Estatístico Anual de Pessoas Desaparecidas (2022/2023), divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública apota que, na região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul apresentou o menor número de registros, com 1.468 casos (1,91%).
Desses, 940 eram do sexo masculino (64%), 493 do sexo feminino (33,6%) e 35 (2,4%) não tiveram o sexo informado. A maioria das vítimas era composta por adultos, seguidos por adolescentes, idosos e crianças. Quanto à raça/cor, os registros predominantes foram de pessoas pardas, pretas e amarelas.
No contexto nacional, 77.060 desaparecimentos foram comunicados à polícia em 2023, o que representa uma média de 211 casos por dia.




