Cidades

CAPIVARA BLASÉ

Carnaval na Esplanada tem improvisos de fantasias e conscientização

Durante matinê, foliões percorreram ruas de Campo Grande

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O carnaval na Esplanada Ferroviária deste ano veio com muitos improvisos de fantasias e campanhas de conscientização. O local que fica no início da Rua Calógeras foi todo preparado para receber público de até 40 mil pessoas e o bloco responsável pela festa da tarde desta segunda-feira (3) é o Capivara Blasé. O nome? Uma alegoria a personalidade do povo campo-grandense, “somos um pouco indiferentes, assim como a capivara”, brincou o responsável pelo bloco, Vitor Samudio.

A estudante de 20 anos, Paula Freitas é uma das diversas carnavalescas que não sabiam o que vestir e acabou aderindo ao improviso. “Eu tinha uma saia e comprei essa tiara de diabinha, coloquei um top e vim”, descreveu ela.

Família de professores também em companhia de filha de oito anos não se deixaram intimidar pela falta de fantasias e inventaram personagens para fazerem parte da brincadeira. “Eu vim de abacaxi, ela de anos 60 e ele de... pai”, pensou a professora de 39 anos Rita de Fátima, antes de tentar descrever a fantasia do marido com sacola de água gelada.

De acordo com a Guarda Municipal, no último fim de semana, mais de 40 mil pessoas estiveram no local e na tarde de hoje, o início da festa ficou marcado pela grande concentração de crianças que estavam presentes e fizeram parte da marchinha de carnaval.

O grupo de mais de duas mil pessoas percorreram as ruas Calógeras, Antônio Maria Coelho e retornaram para a Esplanada pela Mato Grosso, entrando na Rua 14 de Julho. As crianças tiveram preferência e saíram à frente com seus pais. 

O evento só pôde ser organizado após acordo entre Ministério Público Estadual (MPE) que propôs termo de ajustamento de conduta (TAC), assinado pela Prefeitura de Campo Grande, com regras como horário de término e uma campanha para conscientizar os foliões da importância do espaço.

A programação, que deverá ser seguida pelos blocos carnavalescos é até às 22h. O Capivara Blasé e o Cordão da Valu são os dois blocos que ficarão por conta da festa.

Essa é a 6ª edição do Capivara Blasé e para que o bloco pudesse continuar com a festa foi necessário passar por reuniões e pelo crivo do MPE. O encerramento será no sábado (9), "enterro dos ossos", e a festa será comandada pelo bloco.

SEGURANÇA

Além da equipe da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros, o local está sendo vigiado por 50 seguranças de empresa privada que estão sendo pagos pela prefeitura para reforçar o patrulhamento. O vigilante Jamil Teixeira disse que, nas primeiras horas do evento, foram apreendidos canivetes, bombas, facas, punhais, armas, estiletes e brinquedos perigosos que possam machucar pessoas. “Aqui do cordão pra dentro não pode entrar com bebidas e nós estamos tentando revistar todas as pessoas que estão com mochilas grandes e algumas bolsas também”, disse Teixeira.

Dentro do espaço foram montadas barracas para que alimentos e bebidas sejam comercializados com o objetivo de levantar recursos para que os organizadores continuem promovendo o evento. “Por esse motivo não autorizamos a entrada de alimentos e bebidas, não pode trazer som também”, reforçou o vigilante.

Equipe do Corpo de Bombeiros está com um caminhão, uma camionete e duas motos para fazerem o atendimento no local, além de ambulância do Samu e posto improvisado pela prefeitura. “Montamos uma mini emergência”, disse o assessor da Secretaria de Turismo (Sectur), Evanio Vargas.

Fora do cordão, na Avenida Mato Grosso, 70 barracas que estão comercializando alimentos foram montadas com a autorização da Prefeitura de Campo Grande. 

CAMPANHA

A Cruz Vermelha Brasileira também está participando da festa com campanha de conscientização contra assédios. Integrantes do movimento estão distribuindo adesivos com a mensagem: Não é não!
A estudante de 16 anos, Ana Luiza Fernandes salientou a importância do movimento. “Todo carnaval eu sofro assédio, cantada, puxão no braço, pedem só um beijo. Eles não entendem que não é não?", reclamou a foliã.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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