Cidades

Capital do carnaval de MS

Carnaval das antigas encerra folia deste ano em Corumbá

A cidade mais carnavalesca do interior do País, no coração do Pantanal, teve 12 dias de muita folia, com 42 eventos, entre os quais shows nacionais no circuito do samba

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Atraindo mais de 15 mil turistas do Estado e de outras regiões, como da Bolívia, Corumbá encerra hoje seu Carnaval de rua voltando ao passado das marchinhas, dos pierrôs, das serpentinas, do corso (desfile de carros antigos enfeitados), das pastorinhas e dos cordões fundados em meados do século 20.

A cidade mais carnavalesca do interior do País teve 12 dias de muita folia, com 42 eventos, entre os quais shows nacionais do circuito do samba.

O tão esperado desfile das 10 escolas de samba foi o momento mágico de um Carnaval que ressurgiu das suas raízes, influenciado pelos carnavalescos do Rio de Janeiro, depois da invasão de ritmos como axé e funk na década de 1990.

A evolução das escolas, com o financiamento do Estado e do município, sustentou a virada marcada pela visita do carnavalesco Joãosinho Trinta à cidade. “Não deixem o axé acabar com o Carnaval de vocês”, alertou.

O samba venceu

Cinco agremiações disputam o título deste ano: Mocidade da Nova Corumbá, Império do Morro, Vila Mamona, Major Gama e A Pesada.

Em busca do tricampeonato consecutivo, a Mocidade levou para a Av. General Rondon, na noite de domingo, 750 componentes em 20 alas. Seu desfile transformou a passarela do samba em um palco dedicado às histórias, às letras e às canções de Almir Sater, o homenageado deste ano pela escola. 

O artista não desfilou em virtude de sua agenda. No domingo, desfilaram ainda as escolas A Pesada, Marquês de Sapucaí, Caprichosos de Corumbá e Acadêmicos do Pantanal. Ontem, foi a vez da Imperatriz, da Vila Mamona, da Major Gama, da Estação Primeira e do Império do Morro.

Segundo os organizadores da festa, a presença do público no circuito do samba foi recorde, com baixo índice de ocorrências policiais. O circuito integra Av. General Rondon, Praça Generoso Ponce (shows) e praça de alimentação.

Carnaval fronteiriço

Agora, na Capital do Pantanal, as manifestações culturais que vêm a ocorrer na última noite de Carnaval já são declaradas como “Carnaval Pluricultural Fronteiriço”, em decreto assinado pelo prefeito da cidade, Marcelo Iunes.

Além de resgatar os antigos carnavais, o evento reúne atrações da Bolívia, que faz fronteira com Corumbá, com apresentações de danças folclóricas. “Estamos reconhecendo as expressões genuínas da fronteira, seja na música, na dança, seja na gastronomia”, afirmou Iunes.

PANTANAL

Governo afirma que bases avançadas aceleram combate a incêndios no Pantanal

Novo método de operação promete desacelerar amplitude dos incêndios no bioma que, somente este ano, teve 18% de seu território consumido pelo fogo

17/09/2024 11h10

Região do Forte Coimbra, no Pantanal  em chamas

Região do Forte Coimbra, no Pantanal em chamas (Fotos: CBMMS)

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Mesmo com uma área queimada 39% maior do que registrado em 2020, o Governo de Mato Grosso do Sul afirmou hoje, terça-feira (17), que as 12 bases avançadas do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS)  estão garantindo um combate mais rápido e eficiente aos incêndios florestais no Pantanal. 

De acordo com o informativo do  Governo de MS, as bases são um novo método da Operação Pantanal para combater com maior eficácia as queimadas históricas que afetam o bioma. O objetivo dessas bases, é que elas sejam mantidas para servirem de postos de atendimento  às ocorrências de incêndios em todas as épocas do ano.

Em uma de suas ações, a equipe que trabalha em uma base localizada próxima a fronteira 
Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, próximo à base de Paraíso, relatou que conseguiu evitar um incêndio oriundo do Estado vizinho, que ultrapassou o Rio Piquiri, devido à proximidade da base, que proporcionou uma ação rápida dos militares. 

Ainda assim, o Governo admite que a possibilidade de pior cenário de incêndios da história no Pantanal: até agora, mais de 2,8 milhões de hectares, que representam cerca de 18% do bioma, foram consumidos pelo fogo. 

 O diagnóstico do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), é de que a situação pode piorar, fazendo com que 2024 seja o ano mais devastador da história.

No entanto, segundo o subcomandante-geral e coordenador da Operação Pantanal, Coronel Adriano Noleto Rampazo,  as bases são um bom meio de resposta para evitar o que ainda está por vir. Para ele, episódios como o do Rio Piquiri Comprovam a importância das bases 

“Graças a essas bases instaladas em pontos estratégicos, hoje estamos conseguindo acessar os incêndios em um tempo bem menor do que nos anos anteriores. Isso garante também menor desgaste aos militares, que precisam se deslocar por distâncias menores, além de facilitar o transporte de equipamentos e toda a estrutura demandada”, explicou o comandante.

Região do Forte Coimbra, no Pantanal  em chamas

Estas bases estão distribuídas em todo o território de MS, posicionadas em sua maioria ao norte do Pantanal, próximas da divisa com a Bolívia e o estado de Mato Grosso . Elas foram nominadas de Jatobazinho, Amolar, Redário, Santa Mônica, Paraíso, São José do Piquiri, Cristal, São Sebastião Grande, Dois de Maio, Lourdes, Nhumirim e Forte Coimbra.

Além disso, o govms também afirma que todas as bases  são equipadas com maquinários e outros acessórios utilizados no combate aos incêndios, além de aparato tecnológico como acesso à internet 

QUEIMADAS

Na última semana, em entrevista para a GloboNews, Eduardo Riedel (PSDB), governador de Mato Grosso do Sul, afirmou que as condições climáticas deste ano estão piores que as de 2020, o que contribuiu para que o bioma tivesse um número de focos de incêndio maior do que no ano recorde em hectares queimados

Você pode conferir mais sobre a declaração do Governador aqui

COMBATE

Segundo o Governo do Estado, um efetivo  efetivo de 162 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul, divididos em diferentes cidades ainda trabalham no combate às queimadas 

Além destes, a operação ainda conta com o apoio de 27 bombeiros do Rio Grande do Sul e Sergipe, 76 militares da Força Nacional de Segurança Pública e representantes da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Força Aérea, polícias Federal e Militar de Mato Grosso do Sul, agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo.
 
As ações se concentram em 10 frentes, entre elas a região do Paiaguás, do Paraguai Mirim, do Nabileque, do Porto Índio, de Miranda, de Aquidauana e de Porto Murtinho.

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caso marcel colombo

Delatora diz que só falou porque delegado ameaçava "arrancar minha cabeça"

Em 2019, ex-mulher de Marcelo Rios gravou depoimento revelando detalhes sobre assassinato de Marcel Colombo, mas agora alega que foi forçada pela polícia

17/09/2024 10h45

Eliane dos Santos, ex-mulher de Marcelo Rios, prestou depoimento durante uma hora e voltou a defender a família Name e o ex-marido

Eliane dos Santos, ex-mulher de Marcelo Rios, prestou depoimento durante uma hora e voltou a defender a família Name e o ex-marido

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Testemunha de defesa de Marcelo Rios, um dos réus do assassinato de Marcel Hernandes Colombo, Eliane Banites Batalho dos Santos prestou depoimento no começo do segundo dia de julgamento e em pelo menos cinco oportunidade afirmou que só fez determinadas delações em maio de 2019 porque os policiais ameaçavam arrancar sua cabeça, a cabeça de Marcelo Rios e até dos filhos, então com 5 e 7 anos, que ficaram com com ela no Garras durante cinco dias. 

O principal alvo das acusações de Eliane foi o delegado Fábio Peró, que à época comandou as investigações da Operação Omertà. Ao contrário de outros delegados, Peró não prestou depoimento nem no julgamento de julho do ano passado nem no júri que está acontecendo nesta semana no fórum de Campo Grande. 

Ao final do depoimento chegou a chorar, mas durante a maior parte da oitiva, que se estendeu por cerca de uma hora, mostrou-se irritada com o tratamento que diz ter recebido e fez questão de afirmar que fora enganada pelos policiais que a levaram para a delegacia sob a alegação de que estariam protegendo a vida dela e dos filhos. 

Eliane e os filhos permaneceram durante cinco dias no Garras, entre 22 e 27 de maio de 2019, logo depois da prisão de Marcelo Rios em decorrência da descoberta de um arsenal de armas em uma casa de Jamil Name Filho no bairro Monte Líbano, em Campo Grande. 

Em decorrência desta descoberta, os policiais alegaram ter descoberto que havia um plano para matar Eliane e as crianças para impedir que Marcelo Rios revelasse de quem era aquele arsenal, embora tivesse sido encontrado em uma casa de Jamil Name Filho. Até hoje Marcelo Rios diz que o arsenal pertencia a ele.

E, no período em que permaneceu no Garras, ela gravou um depoimento, na presença de três promotores, delegados e investigadores, revelando detalhes que agora são usados para tentar incriminar tanto o ex-marido quanto o próprio Jamil Name Filho. 

A defesa, porém, alega que esta gravação é ilegal e que foi fruto das ameaças que ela sofreu ao longo dos dias em que ficou na sede do Garras.  A mesma estratégia já havia sido utilizada no julgamento relativo à morte do estudante de Direito Matheus Xavier, em julho do ano passado. Mesmo assim, tanto Jamil Name quanto Marcelo Rios foram condenados pelo tribunal do júri a mais de 23 anos de prisão. 

Por ter vínculos familiares com um dos envolvidos, Eliane não foi obrigada a falar a verdade, conforme deixou claro o juiz Aloísio Pereira, que conduz o julgamento iniciado nesta segunda-feira (16) e que está previsto para acabar na quinta-feira. Porém, como várias testemunhas foram dispensadas já no primeiro dia, existe possibilidade de que acabe já nesta quarta-feira. 

Em uma parte do depoimento que gravou à época, Eliane disse ter percebido que o marido recebeu uma ligação telefônica na madrugada do dia 18 de outubro de 2018 e que foi ao banheiro para atender. Nesta ligação ela ouviu ele dizendo que “está feito”. 

Para a polícia, essa ligação que ele recebeu seria do pistoleiro informando que havia assassinado Marcel Colombo. Marcelo Rios foi a pessoa que contratou este pistoleiro, segundo a polícia. A encomenda e o pagamento (R$ 50 mil), por sua vez, teriam sido feitos por Jamil Name Filho. 

No depoimento desta terça-feira, ela alegou que aquele telefonema que Marcelo atendeu na madruga em que ocorreu o assassinato foi de uma amante que Marcelo tinha à época. A expressão “está feito”, alegou agora Eliane, foi sobre levar um familiar a um hospital. 

Para o Ministério Público e a polícia, Eliane mudou seus depoimentos porque teria recebido dinheiro da Família Name. No processo, inclusive, estão anexados três recibos assinados por Eliane comprovando que ela havia recebido R$ 15 mil da família Name. 

No depoimento desta terça-feira, ela alegou que seria dinheiro relativo a verbas rescisórias às quais seu marido fazia juz, já que ele trabalhara durante alguns anos para a família Name e agora, já que havia sido preso com as armas, seria dispensado de suas atividades. 

ENCONTRO COM A FAMÍLIA

Ao final do depoimento de Eliane o juiz Aloísio Pereira anunciou um intervalo no julgamento e no retorno o réu Marcelo Rios foi liberado momentaneamente do julgamento para se encontrar com os filhos e com a própria Eliane. 

Marcelo Rios está desde 2020 no presídio federal de Mossoró e a última vez que esteve em Campo Grande foi em julho do ano passado, durante o júri de Matheus Xavier. “Autorizei o Marcelo a ficar com os filhos e a mulher, ou ex-mulher, por alguns momentos. Trata-se de uma questão de direitos humanos. Deixa ele aproveitar esse momento, já que a testemunha que será ouvida agora não tem relação com ele”, afirmou ou juiz ao explicar a ausência do réu, que saiu chorando da sala do júri. 


 

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