A Carreta Digital, que possui em seu interior um laboratório tecnológico e inovador, já entregou mais de 2 mil certificados a alunos de regiões vulneráveis em Campo Grande.
Ao final do curso, os estudantes recebem um certificado que pode representar muito mais do que uma conclusão: pode ser o ponto de partida para uma carreira promissora na área de tecnologia.
A meta do projeto nacional é certificar 15 mil alunos nos estados de Mato Grosso do Sul, Maranhão, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e no Distrito Federal.
Imagem DivulgaçãoPrograma
O projeto foi idealizado e executado pela Rede Brasileira de Certificação, Pesquisa e Inovação (RBCIP), em parceria com o Ministério das Comunicações e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
O objetivo principal do programa é promover a inclusão digital, por meio da capacitação profissional itinerante de estudantes em situação de vulnerabilidade social, oferecendo aprendizado e habilidades que podem proporcionar um futuro melhor.
Em seis meses, o projeto certificou 2.078 alunos em Campo Grande e ofereceu cursos no SESC Lageado, Instituto Mirim de Campo Grande, Escola Municipal Professora Arlene Marques e, atualmente, na Escola Municipal Dr. Eduardo Olímpio Machado.
Agenda
A partir de julho, a carreta estará estacionada na EM Tomaz Ghirardelli. A expectativa é de que mais de 3 mil alunos sejam certificados em Campo Grande até o final do projeto, previsto para dezembro deste ano.
Por meio da iniciativa, os estudantes aprendem técnicas de programação, como:
- construção de robôs;
- criação de jogos;
- montagem de computadores de alto desempenho (PC Gamer).
Imagem DivulgaçãoO idealizador do projeto Carreta Digital e conselheiro da RBCIP, Marcelo Fiche, explica que os alunos participam de cursos de robótica, montagem e configuração de computadores, além de manutenção de celulares.
“O projeto possibilita a prática de atividades que demonstram a importância das tecnologias no cotidiano. Os jovens aprendem a consertar celulares, computadores e a montar equipamentos. É uma grande oportunidade de iniciarem uma profissão, que pode facilitar o ingresso no mercado de trabalho, apoiar suas famílias com o uso de novas tecnologias e ainda reforçar conteúdos de matemática, física e outras áreas”, afirma Fiche.
Ele ressalta que, atualmente, os estudantes já têm familiaridade com a tecnologia, e que a integração entre educação e mundo do trabalho traz benefícios sociais e educacionais.
“A robótica, por exemplo, desperta a criatividade dos jovens e o interesse por disciplinas como matemática e física, pois eles têm a chance de criar seus próprios robôs sem precisar ser experts em matérias tradicionalmente vistas como difíceis. Por isso, a participação das escolas públicas é fundamental para o sucesso desta iniciativa”, complementa.
O professor Marcelo Turine, da Faculdade de Computação da UFMS e coordenador regional da Carreta Digital em Mato Grosso do Sul, destaca que o projeto é uma excelente oportunidade de capacitação profissional em áreas tecnológicas emergentes.
“A tecnologia de desenvolvimento de jogos, impressoras 3D e robótica está presente no dia a dia das pessoas. Cada vez mais, o mercado de trabalho exige novas profissões ligadas à tecnologia e inovação. Existe um amplo leque de oportunidades para os jovens. Por isso, eles devem aproveitar o projeto e mergulhar nos cursos da Carreta Digital. Cada curso tem duração de 10 horas e é oferecido ao longo de uma semana, com duas horas por dia”, ressalta.
Turine defende que o projeto tem potencial para se transformar em política pública, após a realização de avaliações de impacto feitas por pesquisadores e especialistas em educação. O objetivo é mensurar resultados em áreas como desempenho escolar, inserção no mercado de trabalho e inclusão digital.
Atendimento por estado
Até o momento, mais de 7 mil alunos já foram certificados nos estados de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Maranhão e no Distrito Federal. Segundo Gustavo Lima, coordenador de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações, o projeto busca preparar crianças e adolescentes para o mercado de trabalho, enquanto percorre as cinco regiões do país promovendo inclusão digital nas escolas.
“O programa aproxima os jovens dos meios digitais e os capacita profissionalmente, fomentando a inserção no mercado de trabalho e a transformação social por meio da tecnologia”, conclui Lima.
** Com assessoria


