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Carteira de vacinação em dia será requisito para matrícula em MS

A vacina contra a Covid-19 está entre as obrigatórias; crianças e adolescentes com imunização incompleta serão encaminhados para o Conselho Tutelar

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A partir de 2024, a carteira de vacinação atualizada será necessária para matricular crianças e adolescentes em escolas de Mato Grosso do Sul. Serão cobradas todas as vacinas consideradas obrigatórias pelo Ministério da Saúde, incluindo o imunizante contra a Covid-19. 

Ontem, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) publicou em diário oficial a recomendação à Secretaria de Estado de Saúde (SES) e à Secretaria de Estado de Educação (SED) para a exigência de “atestado de situação vacinal” de todas as crianças e adolescentes no ato da matrícula nas escolas públicas.

“A fim de comprovar a regularidade do calendário vacinal de crianças e adolescentes, ou seja, no atestado de situação vacinal deverá constar se todas as vacinas da criança e/ou adolescente estão em dia ou, em caso negativo, quais as vacinas faltantes”, complementa o MPMS. 

No documento, o MPMS argumentou que apenas a apresentação da “carteirinha de vacinação” não tem sido suficiente para verificar a regularidade vacinal, já que funcionários da escola não têm especialização para atestar que o documento esteja em ordem.

O MPMS destaca que a não apresentação do atestado de situação vacinal não impedirá a efetivação da matrícula de crianças e nem a frequência na sala de aula, no entanto, a situação deverá ser regulamentada em até 30 dias após a matrícula.

“Sob pena de comunicação da escola ao Conselho Tutelar e à Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) para as devidas providências, especialmente busca ativa do aluno para regularização do calendário vacinal”.

Para fazer a recomendação ao Estado, o MPMS destaca sua responsabilidade na garantia dos direitos assegurados pela Constituição Federal no que diz respeito à saúde pública. A publicação ainda ressalta a preocupação com a diminuição da cobertura vacinal.

“De acordo com dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal da população vem caindo gradativamente, e, em 2021, contava com menos de 59% dos cidadãos imunizados, sendo o patamar preconizado pelo Ministério da Saúde de 95%. Dados veiculados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontam que a taxa de vacinação infantil no Brasil vem sofrendo queda brusca, eis que a taxa caiu de 93,1% para 71,49%, e tal número inseriu o Brasil entre os 10 países com menor cobertura vacinal do mundo em 2022”.

A Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande (Semed) também adotará a normativa a partir do ano que vem e informou ao Correio do Estado que será necessária a apresentação da carteira de vacinação dos alunos de até 14 anos no ato da matrícula na Rede Municipal de Ensino (Reme) . 

“A carteira deve estar atualizada e, nela, devem constar os atestados de todas as vacinas consideradas obrigatórias de acordo com os calendários de vacinação da criança e do adolescente, conforme a faixa etária, em consonância com a disposição de norma do Ministério da Saúde”.

De acordo com a Semed, a exigência também não impedirá a efetivação da matrícula em escolas de Campo Grande. 

“Caso não a tenha em mãos, o responsável legal do aluno pode realizar a matrícula, mas, em prazo determinado, deve apresentar a mesma utilizada na coordenação da unidade escolar”, complementa.
“A vacinação compulsória não significa vacinação forçada, podendo, contudo, ser implementada por meio de medidas indiretas, as quais compreendem a restrição ao exercício de certas atividades ou à frequência de determinados lugares, desde que previstas em lei e tenham como base evidências científicas pertinentes”, ressalta o MPMS.

VACINAS

As vacinas consideradas obrigatórias são aquelas ofertadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Atualmente, são disponibilizadas pela rede pública de saúde de todo o País 50 imunobiológicos (soros, vacinas e imunoglobulinas), sendo 33 vacinas, das quais 19 compõem o Calendário Nacional de Vacinação para prevenção de mais de 20 doenças infectocontagiosas em diversas faixas etárias.

Atualmente, as vacinas cobradas de crianças e adolescentes em Mato Grosso do Sul são: vacina contra tuberculose (BCG); vacina oral contra poliomielite ou paralisia infantil (VOP); vacina contra difteria, tétano, coqueluche e meningite causada por Haemophilus (vacina tetravalente); vacina contra sarampo, rubéola e caxumba (tríplice viral – SRC); vacina contra hepatite B; e vacina contra febre amarela. Imunizantes obrigatórios para adolescentes: vacina contra difteria e tétano (dupla adulto); vacina contra febre amarela; vacina contra hepatite B; e vacina contra sarampo e rubéola (dupla viral – SR). 

Além dessas, a partir do ano que vem, a vacina contra a Covid-19 será inserida no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses a 5 anos idade, idosos e grupos de risco. No entanto, em Mato Grosso do Sul, apenas 13,21% das crianças na faixa etária de vacinação anual foram imunizadas com a primeira dose. 
Ao todo, até os 4 anos de idade, 26.315 crianças tomaram a primeira dose do imunizante contra a Covid-19. Os dados são do painel público de saúde do Estado e apontam que esse número cai pela metade na segunda dose, que teve a adesão de apenas 13.547 crianças, e diminui drasticamente na terceira dose, com apenas 1.788 crianças imunizadas. 

Eleições 2024

Candidatos e cabos eleitorais saíram às ruas na reta final da campanha

Confira o que pode e não pode ser feito na véspera da eleição

05/10/2024 12h30

Cabos eleitorais de Val Eloy e Rose Modesto

Cabos eleitorais de Val Eloy e Rose Modesto Paulo Ribas / Correio do Estado

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Na manhã deste sábado (5), que antece o primeiro turno das eleições municipais de 2024, algumas aglomerações puderam ser observadas no centro de Campo Grande. Bandeiras e comícios marcaram o último dia de campanha eleitoral.

No cruzamento da Av. Afonso Pena com a Rua 14 de julhoo foi possível encontrar cabos eleitorais da candidata a vereadora Val Eloy (PT) e da candidata a prefeita Rose Modesto (União).

Cabos eleitorais de Val Eloy e Rose Modesto
Cabos eleitorais de Val Eloy e Rose Modesto

Já na Rua General Melo, e frente ao Bar do Zé Carioca, foi realizado o comício de encerramento de campanha da candidata Camila Jara (PT), que concorre a prefeitura. Na ocasião, estiveram presentes diversos membros do partido, inclusive a ministra das mulheres, Cida Gonçalves.

Cabos eleitorais de Val Eloy e Rose Modesto

Confira o que pode e não pode na véspera da eleição

Até a véspera da eleição, é permitido o uso de alto-falantes e amplificadores de som, mas apenas no período entre 8h e 22h. Além disso, a instalação e o uso desses equipamentos são proibidos em uma distância inferior a 200 metros de locais sensíveis, como:

  • Sedes dos Poderes Executivo e Legislativo;
  • Tribunais judiciais, quartéis e estabelecimentos militares;
  • Hospitais e casas de saúde;
  • Escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento.

A realização de comícios é permitida entre 8h e 24h, exceto para o comício de encerramento da campanha, que pode ser prorrogado por mais duas horas. Aparelhagens de som fixas também seguem esse mesmo horário. No entanto, o uso de trios elétricos é proibido para qualquer outra atividade de campanha, exceto para a sonorização de comícios.

Carros de som e minitrios podem ser usados em carreatas, caminhadas, passeatas ou durante comícios, desde que o som emitido não ultrapasse o limite de 80 decibéis, medidos a 7 metros de distância do veículo. A distinção entre os tipos de veículos de som é clara:

  • Carro de som: qualquer veículo com amplificação de até 10.000 watts.
  • Minitrio: veículo com amplificação entre 10.000 e 20.000 watts.
  • Trio elétrico: veículo com amplificação acima de 20.000 watts (somente permitido em comícios).

Até as 22h do dia que antecede as eleições, é permitido realizar ações como a distribuição de materiais gráficos (santinhos), caminhadas, carreatas e passeatas, com ou sem a presença de carros de som ou minitrios. No entanto, é necessário respeitar os limites de volume e horário estabelecidos pela legislação.

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investigação do MPE

Esgoto atinge principal rio de Bonito e empresa leva multa de R$ 300 mil

Vazamento foi constatado pela PMA no Córrego Bonito, que desemboca no Rio Formoso acima do Balneário do Sol e Ecoparque Porto da Ilha

05/10/2024 11h30

Córrego Bonito, que inicialmente recebia o esgoto, desemboca no Rio Formoso cerca de 3 km acima do Balneário do Sol

Córrego Bonito, que inicialmente recebia o esgoto, desemboca no Rio Formoso cerca de 3 km acima do Balneário do Sol Foto: Divulgação

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Um vazamento de esgoto no Córrego Bonito, que por sua vez deságua no principal rio da cidade turística, o Formoso, foi punido com multa de R$ 300 mil reais. Além disso, o suposto crime ambiental agora virou alvo de inquérito do Ministério Público Estadual. 

O córrego Bonito tem apenas 14 quilômetros e corta parte da região central da cidade, desembocando no Rio Formoso cerca de três quilômetros acima do atrativo turístico Balneário do Sol, um dos mais movimentados de Bonito. Um pouco mais abaixo está outro importante ponto turístico, o Ecoparque Porto da Ilha.

Em justamente por poluir o principal rio da região é que os policiais ambientais aplicaram multa pesada, pois entenderam que o vazamento estava gerando risco à saúde dos turistas que frequentam aqueles locais. Mas, o valor ficou longe do máximo possível para estes casos, que é de até R$ 50 milhões. 

Os policiais ambientais foram acionados por populares e confirmaram que em determinados momentos havia somente gotejamento de esgoto, mas em outros o esgoto escorria em grande quantidade, formando até uma espécie de espuma branca sobre a água do Bonito.

Córrego Bonito, que inicialmente recebia o esgoto, desemboca no Rio Formoso cerca de 3 km acima do Balneário do SolEstacas cederam e tubulação de esgoto começou a vazer perto da região central de Bonito

A multa de R$ 300 mil foi aplicada contra a concessionária Ambiental MS Pantanal, empresa contratada pelo Governo do Estado para coletar e tratar o esgoto em 68 municípios do interior do Estado, em 22 de março deste ano. 

Porém, o fato veio a público somente agora, uma vez que o MPE divulgou nesta sexta-feira (04), em seu diário oficial, a abertura do inquérito para apurar a pertinência ou não da multa e para acompanhar o caso e "para colher elementos adicionais para investigar os fatos lesivos e impor responsabilidades aos infratores". 

A direção da empresa já recorreu da multa e alega que o vazamento ocorreu porque muitos usuários do serviço conectam a água da chuva à tubulação do esgoto e por conta disso ocorrem sobrecarga e danos na tubulação. 

Além disso, informa que logo depois de ter recebido a multa providenciou a troca de seis metros da tubulação e reforçou as estacas que sustentam o duto no local em que ocorreu o vazamento. Fotos anexadas ao inquérito mostram que no local a tubulação é suspensa. E, sem as a quantidade suficiente de estacas, ela curvou e acabou rachando. 

Mas, apesar das explicações da concessionária e de sua alegação de que a multa é indevida, a promotoria instaurou a investigação e deu prazo de 20 dias para que a concessionária apresente sua defesa. 

PROCURA

Considerada a capital do Ecoturismo de Mato Grosso do Sul, o município de Bonito  recebeu 313 mil turistas ao longo do ano passado. E a tendência é de que neste ano o número seja superado, pois nos primeiros seis mesea cidade recebeu 163.920 turistas, conforme dados oficiais coletados pela prefeitura. 

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