Cidades

Saúde da mulher

Casa Rosa promete exame preventivo do câncer do colo do útero custeado pelo SUS

O exame Papanicolau é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico precoce da doença

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Está previsto para este semestre o início dos atendimentos para que seja realizado exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolau), que será custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O atendimento irá acontecer na Casa Rosa, que fica localizada na Maternidade Cândido Mariano.

O idealizador do projeto, o médico mastologista Victor Rocha se reuniu com o secretário de Estado de Saúde, Flavio Britto, que sinalizou a possibilidade de uma parceria para que o serviço oferecido seja ampliado.

Procurado pelo Correio do Estado, o secretário disse que o assunto está em estudo na Secretaria de Estado de Saúde (SES).  

O diretor-executivo da Maternidade Cândido Mariano, Roberto Lucchesi, disse que será um convênio junto à SES/MS, porém ainda pode levar um tempo até que toda a burocracia seja formalizada.

"É um projeto, e queremos abrir um ambulatório de prevenção de câncer de colo de útero, que é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil", explicou Lucchesi ao Correio do Estado.

Segundo Rocha, os detalhes serão discutidos com a diretoria da Maternidade Cândido Mariano, onde funciona a Casa Rosa.  

Para o médico, a principal intenção é oferecer saúde pública de qualidade e com resultados positivos. "Já comprovamos que é possível, pois zeramos a fila de espera por consultas em mastologia em menos de 3 meses de atuação. Agora queremos ampliar os serviços para que as mulheres campo-grandenses e sul-mato-grossenses possam ter acesso a consulta e aos exames necessários para garantia de sua saúde”, pontuou o médico.

Casa Rosa

O projeto atende a capital e mais 34 municípios da macroregião de Mato Grosso do Sul, e desde a inauguração, que aconteceu em novembro de 2021, realizou mais de 2700 atendimentos (entre consultas e retorno), 474 mamografias, 755 ultrassonografias e 325 biópsias. Até agora 41 mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama e foram encaminhadas para o tratamento.

 

Câncer do colo do útero

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV.

A infecção genital por esse vírus é muito frequente e na maioria das vezes não causa doença. Em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo.

Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolau) é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico precoce da doença, e pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública, e a realização periódica permite reduzir a ocorrência e a mortalidade pela doença. Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde ou a do bebê.

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CELULOSE

Empresa indonésia confirma fábrica de R$ 25 bilhões no interior de MS

Confirmação da Bracell para a nova unidade veio durante o Fórum Empresarial paralelo ao G20

18/11/2024 09h38

Empresa apontou durante o Fórum  no Copacabana Palace que pretende investir US$ 4 bilhões (dólares)

Empresa apontou durante o Fórum  no Copacabana Palace que pretende investir US$ 4 bilhões (dólares) Reprodução/Bruno Chaves/SecomGovMS

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Durante o Fórum Empresarial Brasil entre Brasil e Indonésia, evento paralelo ao G20 no Estado do Rio de Janeiro, o governo de Mato Grosso do Sul garantiu ontem (17) que mais uma fábrica de celulose, no valor de R$ 25 bilhões, foi confirmada pela Bracell.

Segundo o Governo do Estado, a planta que deve ter capacidade para produção de 2,8 milhões de toneladas de celulose ficará aproximadamente a 15 quilômetros da área urbana de Água Clara. 

Ainda em agosto deste ano, como bem acompanha o Correio do Estado, a gigante do setor solicitou estudo de viabilidade para instalação da nova planta ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), confirmando agora o investimento de cerca de R$ 25 bilhões. 

"Tivemos uma rodada de negócios com empresários dos dois países. O motivo principal da nossa vinda é para nos reunirmos com a Bracell, que é uma e empresa do grupo RGE, da Indonésia, que discute uma planta industrial no Estado", disse o Governador em nota. 

Com a presença do CEO da Bracell, Anderson Tanoto, além do presidente da República da Indonésia, Prabowo Subianto e empresários dos dois países, a empresa apontou durante o Fórum  no Copacabana Palace que pretende investir US$ 4 bilhões (dólares). 

Do lado sul-mato-grossense estavam presentes: Rodrigo Perez, da Secretaria Estadual de Governo e Gestão Estratégica (Segov); e Jaime Verruck, titular da Pasta de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), que pontuou a força do Estado nesse setor. 

"[Riedel] aproveitou a oportunidade para apresentar toda a estrutura em termos de licenciamento ambiental, política de incentivos fiscais e investimentos em logística, que é importante para estas empresas. Inclusive citou o leilão das rodovias que fazem parte da Rota da Celulose, que vai ocorrer em 6 de dezembro na Bolsa de Valores", disse Verruck. 

Rota da celulose

Mato Grosso do Sul tem se consolidado como "Vale da Celulose", com alguns indicadores ilustrando melhor a posição alcançada pelo Estado, como a expansão de 62,75% nas exportações registrada entre os meses de janeiro e setembro deste ano. 

Conforme abordado anteriormente, com base em dados da Carta de Conjuntura do Setor Externo da Semadesc, o segmento movimentou US$ 1,765 bilhão em 2024, enquanto o mesmo período de 2023 marca US$ 1,085 bilhão, diferença de US$ 680,8 milhões.

Alguns municípios em Mato Grosso do Sul concentram esse verdadeiro pólo produtivo, batizado de Vale da Celulose, entre eles:

  • Três Lagoas
  • Ribas do Rio Pardo
  • Água Clara
  • Brasilândia
  • Inocência

Vale lembrar que a explosão de preço "salvou" a balança comercial de MS, como bem apontou o Correio do Estado, levando Mato Grosso do Sul para o primeiro no ranking de exportação de celulose quando, até meados de julho, respondia por 24% da produção brasileira dessa commodity. 

 

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FRONTEIRA

Em meio ao contrabando de combustível, Bolívia vive crise sem diesel e gasolina

Na semana passada, a Polícia Federal identificou organização criminosa agindo na venda ilegal do produto em Corumbá

18/11/2024 09h30

Falta de combustíveis na Bolívia afeta Mato Grosso do Sul

Falta de combustíveis na Bolívia afeta Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação

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Em vários territórios da Bolívia, em especial no departamento de Santa Cruz, o acesso é escasso e falta combustível nos postos e também no tanque de veículos, principalmente de caminhões que fazem o transporte de cargas entre o Brasil e o país vizinho. A situação traz impactos para a região de fronteira. Em Mato Grosso do Sul, também há outro problema: ao mesmo que tempo que falta combustível, ainda há contrabando do produto para Corumbá.

Desde o dia 11, existe a expectativa da regularização do fornecimento de combustível para os postos bolivianos, o que não ocorreu. Na sexta-feira, houve uma discussão em Santa Cruz para que possam existir uma cota e um preço misto para a comercialização. 

A falta de combustível na Bolívia tem se agravado desde novembro do ano passado, por conta da falta de reservas cambiais para permitir a subvenção e a compra de combustíveis. Com o contrabando na fronteira, o cenário de escassez tem potencial para piorar no país vizinho.

O Decreto Supremo nº 5.271, aprovado na noite de quarta-feira, autorizou que não só o governo federal boliviano, mas também pessoas e empresas possam fazer a importação e a comercialização de diesel e gasolina.

Em coletiva de imprensa, o presidente em exercício da Agencia Nacional de Hidrocarburos (ANH), Klaus Frerking, declarou que o governo vai apoiar a iniciativa de o setor privado poder realizar a importação.

O debate sobre essa questão é que a venda é subvencionada no país vizinho por parte da administração pública federal, portanto, há a discussão sobre qual seria o preço praticado pela iniciativa privada.

“Nossa proposta é de um sistema misto, em que funcione toda a parte da importação com subvenção do Estado, mas também seja permitido que o setor privado possa importar e comercializar esse produto que tanto necessitamos. Como o setor produtivo precisa mais do diesel, sem diesel não vamos poder garantir toda a cadeia alimentícia do país”, reconheceu Frerking. 

CONTRABANDO

Enquanto esse debate vem ocorrendo antes de ser apresentado ao presidente da Bolívia, Luis Arce, e ministros, para, posteriormente, ocorrer a regulamentação, o que está ocorrendo na fronteira do Brasil com a Bolívia é a saída ilegal do combustível escasso e o contrabando para o território brasileiro, principalmente para Corumbá e a zona rural. 

A Polícia Federal (PF) tem investigado uma série de ações de contrabandistas na região pantaneira. Neste mês, a PF desencadeou uma operação para combater uma organização criminosa que usava embarcações para transportar combustível ilegalmente. 

Uma das suspeitas sobre a origem do diesel e da gasolina vendidos para fazendas e comunidades é de que parte dessa carga viesse da Bolívia. Essa prática já tinha sido identificada em fevereiro deste ano pela Polícia Federal. Durante fiscalização de rotina no Porto Geral, os agentes encontraram um caminhão sendo abastecido ilegalmente a partir de uma embarcação. Na ocasião, 20 mil litros de diesel foram apreendidos.

A reportagem do Correio do Estado apurou com funcionários da petrolífera estatal boliviana YPFB que atuam na região de Puerto Quijarro que há uma estimativa de que, diariamente, até 20 mil litros de gasolina são contrabandeados da Bolívia para o Brasil, via Corumbá. 

Essa prática ilegal tanto em território brasileiro como boliviano representa um comércio de milhões de reais. O litro da gasolina contrabandeada é vendido por cerca de R$ 5,00, valor abaixo dos R$ 7,08 praticado em postos de combustível. Para os cidadãos bolivianos, o valor do combustível não ultrapassa R$ 3,00, em função da subvenção federal.

DEMISSÕES

Além do contrabando e da falta de combustível na Bolívia, há registro de demissões no setor de transporte internacional em Corumbá. 

“A média de empregos diretos deve bater a faixa até 400 vagas, sem contar os empregos indiretos. Mas esses números de postos de trabalho eram do começo deste ano. Hoje temos uma redução porque, sem ter combustível na Bolívia disponível para os caminhões, o movimento caiu”, explicou Lourival Júnior, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística em Corumbá e Ladário (Setlog Pantanal).

Saiba

A falta de combustível na Bolívia tem se agravado desde novembro do ano passado por conta da falta de reservas cambiais para permitir a subvenção e a compra de combustíveis.

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