Tráfico de drogas, contrabando, assaltos seguidos de sequestro, grandes furtos e 18.832 habitantes cercados pelo medo. Esta é a realidade provocada pela violência no município sul-mato-grossense de Itaquiraí, a 407 km da Capital.
De acordo com a prefeita Sandra Cassone, Itaquiraí costumava ser uma localidade tranquila, mas nos últimos cinco anos a situação mudou. “Muitos esquemas de contrabando migraram para cá e a criminalidade aumentou. Passaram a acontecer roubos de carros em que os donos são sequestrados e abandonados em locais isolados, diversos assaltos à mão armada e furtos. Há cerca de 35 dias, três comércios foram assaltados na mesma rua. A população está bastante preocupada, vivendo presa dentro de casa”, revela.
Conforme a prefeita, o transporte de veículos roubados e o tráfico são facilitados pela localização da cidade, próxima à fronteira com o Paraguai. Além disso, Itaquiraí tem uma extensa área rural, que se torna esconderijo para bandidos: são 12 assentamentos, onde vivem cerca de 3 mil famílias. “A dificuldade de se fazer um trabalho policial efetivo é exatamente por conta da extensão desse locais. Não existem entradas ou saídas, eles são grandes labirintos que fazem a ação da polícia praticamente uma 'missão impossível'”, declara.
Outra das dificuldades enfrentadas, segundo Sandra Cassone, é a rede de comunicação, “quase mais rápida do que a internet” que acontece no campo. As informações a respeito das operações do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), até mesmo as mais sigilosas, chegam rápido demais aos ouvidos das quadrilhas, atrapalhando a ação dos policiais.
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