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MAPBIOMAS

Cerrado (61% do território de MS) abriga quase metade da soja do País

Levantamento inédito do mostra a expansão da agropecuária no País, entre 1985 e 2023, com quase 60% da área de Mato Grosso do Sul sob exploração dos recursos naturais no último ano

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Levantamento inédito produzido pelo projeto MapBiomas, divulgado nesta sexta-feira (06), mostra a expansão da agropecuária no País, entre 1985 e 2023, sendo que no último ano quase 60% da área de Mato Grosso do Sul já aparece tendo seus recursos naturais explorados. 

Os mapeamentos de agricultura e pastagem, conduzidos pela rede de instituições do MapBiomas, mostram que a área nacional ocupada por culturas temporárias (soja, cana, arroz, algodão, etc.) passou de 18 para 60 milhões de hectares entre 1985 e 2023.

Consideradas todas as classes de exploração dos recursos naturais, o dito "uso antrópico" corresponde a 58,27% do território de Mato Grosso do Sul, segundo a base de dados mantida pelo MapBiomas. 

Nesse contexto, as áreas reservadas para: pastagem; soja; cana; silvicultura e outras lavouras temporárias ocupam 54,39% do território. 

Ainda, se levado em conta apenas as áreas de pastagem e soja, esse conjunto "base" do agro ocupa 51,71% de Mato Grosso do Sul, sendo que só a cultivar citada representa 17,74% do uso do solo em 2023.  

Abaixo você confere o avanço, separado por classe e listado em milhões de hectares, que mostram a série histórica em Mato Grosso do Sul entre 1985 e 2021: 

Situação do Cerrado

Representando cerca de 61% do território sul-mato-grossense, o Cerrado aparece como uma das áreas mais impactadas por esse avanço, sendo que quase metade da soja plantada (19,3 milhões de hectares) no País, por exemplo, está presente no bioma. 

Importante lembrar - e há tempos é mostrado - que, sobre o Cerrado são despejados cerca de 600 milhões de litros de agrotóxico por ano, sendo que aproximadamente 63% dessas substâncias são voltadas para o cultivo da soja.

Considerando a soma das áreas de agricultura, pastagem e mosaico de usos, o Cerrado lidera como bioma com maior presença e exploração humana dos recursos naturais, com 26 milhões de hectares, seguido pela Mata Atlântica e seus 20 milhões de ha ocupados. 

Quanto à conversão das áreas de pastagens, cabe apontar que foram mapeados aproximadamente 164 milhões de hectares, que corresponde a 60% da área de agropecuária. 

Quando observado esse bioma de grande predominância em MS, cerca de um terço (31%, ou 51 milhões de hectares) das pastagens ficam no Cerrado. 

Silvicultura

Se lançado olhar nesse avanço, especificamente sobre a silvicultura, Mato Grosso do Sul - que já passa de 1 milhão de hectares de floresta plantada - viu um "boom" no setor no período de uma década. 

Esse "boom" do setor foi principalmente observado a partir de 2010, quando os hectares totais ocupados em Mato Grosso do Sul somavam 338.345,14 ha. 

Pouco mais de uma década depois, em 2023, os valores já passavam de 952,7 mil hectares, sendo que em meados deste ano foi publicada regulamentação permitindo plantio de árvores para extração de celulose sem exigência de licenciamento ambiental. 

Desde julho de 2015 o MapBiomas é organizado de forma colaborativa, envolvendo ONGs, universidades, laboratórios e startups de tecnologia, trazendo, anualmente, o mapeamento da cobertura e uso da terra. 

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Cidades

Motorista perde controle da direção e arranca poste na Avenida Duque de Caxias

Ele estava sozinho no veículo e não sofreu ferimentos, mas o carro ficou parcialmente destruído

06/04/2025 15h03

Poste foi arrancado e ficou preso no veículo

Poste foi arrancado e ficou preso no veículo Foto: Tamires Santana

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Um motorista, que preferiu não ser identificado, sofreu um acidente no início da tarde deste domingo (6), em Campo Grande. Ele perdeu o controle da direção do veículo que conduzia, bateu e arrancou um poste na Avenida Duque de Caxias.

Segundo informações repassadas pelo motorista ao Correio do Estado, ele seguia no sentido centro-bairro, e iria fazer a curva para entrar na vila da Base Aérea, quando perdeu o controle da direção na curva.

O carro, um Fiat Argo, saiu da pista e bateu em um poste de iluminação, que foi arrancado com o impacto e arrastado por alguns metros, ficando preso no veículo. Além disso, ao subir no meio fio, o pneu do automóvel furou.

O motorista estava sozinho no momento do acidente e não apresentava sinais de embriaguez. Ele mesmo acionou a Polícia Militar e o guincho.

O soldado Torquatto, da PM, disse que como não havia sinais de embriguez, não foi necessário realizar o teste do bafômetro.

"Ele está conversando bem, então a gente não pode, sem nenhum indício, realizar o teste", explicou.

"Ele perdeu o controle e bateu, acionou o seguro, e a gente faz o registro por causa do poste. Ele é morador da Base Aérea, ia entrar, acabou perdendo o controle e bateu no poste", acrescentou o policial militar.

O soldado disse ainda que, inicialmente, o motorista não apresentava ferimentos, mas que é necessário aguardar e, caso começasse a sentir dores, seria acionado o Corpo de Bombeiros.

O carro tem seguro, que também foi acionado. Não há informações se o motorista será responsabilizado e deverá pagar pelo dano ao poste de iluminação pública.

O carro ficou parado na pista da direita e, como a avenida tem três pistas e não havia movimento no momento do acidente, o trânsito não ficou congestionado.

CAPITAL EM MOVIMENTO

Com mascote local, 'Capivara67' busca ser app de mobilidade com a cara de Campo Grande

Aplicativo tem categorias de viagens apenas com motoristas femininas, para a segurança de passageiras mulheres, além de cashback no uso e isenção de taxa para motoristas

06/04/2025 13h03

Aplicativo busca competir sendo

Aplicativo busca competir sendo "a cara de Campo Grande" Reprodução

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Trazendo no nome e na identidade um bichinho que o campo-grandense está bastante familiarizado, o aplicativo "Capivara 67" aparece com o intuito de não somente competir com os aplicativos de mobilidade mais comuns (como Uber e 99), mas ser o app de transporte com a cara da Capital. 

Em entrevista ao Correio do Estado, o idealizador, Raphael Ribeiro, esclarece que pretende competir com os demais aplicativos através de estratégias específicas, como por exemplo a taxa zero por tempo indeterminado para os motoristas que aderirem à plataforma. 

Ou seja, se um passageiro paga R$ 20, o motorista fica com todo esse valor. Essa abordagem, segundo Raphael, visa atrair trabalhadores para a plataforma, já que as taxas cobradas por concorrentes podem variar de 30% a 40%.

Raphael explica que, assim que a plataforma passar a cobrar dos motoristas, essas taxas devem alcançar no máximo 10%. 

"Para os passageiros, nosso app é o único que oferece 5% de cashback para todos os passageiros em todas as corridas, que podem ser usados para usar o app posteriormente", comenta ele.

Diante disso, o Capivara 67 aparece no mercado com as seguintes categorias de viagem: 

  • Capivara X - para corridas convencionais
  • Capivara Express - corridas com prioridade de atendimento 
  • Capivara Rosa - apenas motoristas mulheres (para mulheres e crianças em geral)
  • Capivara Mercado - buscar clientes com compras em mercados
  • Capivara Pet - transporte de pets acompanhados de seus tutores

Novo aplicativo

A empresa surgiu recentemente, em 19 de abril do ano passado, e observou um aumento no número de motoristas e passageiros até meados de junho, entrando em hiato até meados de dezembro para reativação com força total em 2025.

"A capivara foi escolhida como mascote do aplicativo porque representa a identidade de Campo Grande, onde o aplicativo foi desenvolvido. A intenção era que as pessoas percebessem que o aplicativo nasceu localmente e não é uma franquia de fora", comenta Raphael. 

Justamente a capivara mirou o começo de uma estratégia de humanização sendo a conexão com a cultura regional, porém, o fundador do aplicativo enfatizou que o animal pode ser encontrado em várias regiões do Brasil, o que também abre possibilidades para expansão futura do aplicativo.

Esse tratamento humanizado tem sequência no contato com novos motoristas, que recebem mensagens de boas vindas direta no whatsapp, canal esse que fica aberto para sanar qualquer dúvida do trabalhador. 

"Essa abordagem visa facilitar a integração dos motoristas, especialmente aqueles que são novos e podem ter dificuldades com o uso do aplicativo, como o download e o preenchimento de documentos", complementa Raphael. 

Vendo que essa aproximação foi um tanto quanto "invasiva" num momento pré-hiato, ele afirma que a proposta atual do Capivara é equilibrar a humanização do atendimento com o respeito à autonomia dos motoristas, buscando sempre melhorar a experiência de ambos os lados.

Para rodar pelo aplicativo em Campo Grande, o app está disponível para download  para Iphone pela App Store e também aparelhos Android.

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