Cidades

Cotidiano

CGU Multa Laboratório Indiano em R$ 17,7 Milhões por Fraude na Venda de Vacinas Contra a Covid

Penalidade inclui suspensão de participação em licitação e impedimento de contratação com a União por um ano

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A CGU (Controladoria-Geral da União) aplicou multa de R$ 17,7 milhões ao laboratório indiano Bharat Biotech por irregularidades na atuação da empresa no processo de aquisição da vacina Covaxin, destinada ao combate à Covid. A penalidade também inclui suspensão de participação em licitação e impedimento de contratação com a União por um ano.

A decisão foi publicada na edição de quinta-feira (15) do Diário Oficial da União, decorrente de processo instaurado em 2021.

A vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, foi negociada no Brasil pela empresa Precisa Medicamentos. O negócio se tornou uma das principais frentes de investigação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid e acabou cancelado após ser destrinchado pelo colegiado.

O Ministério da Saúde pretendia comprar 20 milhões de doses da vacina em valor estimado em R$ 1,6 bilhão, e um custo unitário de US$ 15.

O processo de aquisição teve início no final de 2020 e resultou em firmado em fevereiro de 2021 por dispensa de licitação, conforme autorizava medida provisória sobre as medidas excepcionais para a aquisição de vacinas no enfrentamento da Covid.

A CPI apontou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prevaricou ao deixar de comunicar à Polícia Federal o relato feito pelo deputado Luis Miranda (Republicanos-DF) de suposta pressão atípica no Ministério da Saúde para que a compra da vacina Covaxin fosse aprovada, em março de 2020. O caso veio a público em junho de 2022, em depoimento à CPI.

A CGU identificou que na fase de apresentação de documentos para firmar o contrato como representante exclusiva da Bharat Biotech no Brasil, a Precisa apresentou um documento supostamente forjado, que, mais tarde, a própria Bharat Biotech reconheceu como falso.
Além disso, a Precisa Medicamentos apresentou outros documentos com indícios de montagens, além de um terceiro documento com tradução indevida.

"São várias as evidências que demonstram que a BBIL tinha sim ciência da celebração do contrato e, agiu, no mínimo, com conveniente omissão diante do seu dever de supervisão ao mandato outorgado à sua representante, a Precisa", diz a CGU.

A Bharat Biotech alegou desconhecer os atos praticados pela Precisa em seu nome, o que a CGU contesta com imagens de várias reportagens do país, além de dados sobre a circulação dos veículos de imprensa de cada uma delas.

"Vale registrar que é impossível que a BBIL desconhecesse a celebração do contrato com o governo brasileiro, considerando que a celebração do contrato foi noticiada nos principais canais de notícias do mundo e em especial nos canais de notícias da Índia, país sede da BBIL", afirma, no parecer pela responsabilização.

Ainda segundo a CGU, essa omissão, "conivente aos atos da Precisa, a bem da verdade, revela a intencionalidade da omissão da BBIL, na medida que, obviamente, o silêncio da BBIL manteria vigente um contrato no valor de U$ 300 milhões".

Além da postura em relação à Precisa, a CGU afirma que o laboratório indiano apresentou ao menos um um documento inidôneo no processo, a primeira proforma invoice, documento para transações de importações por meio do qual se detalha a compra.
 

*Informações da Folhapress 

insatisfação

Negociação salarial nao evolui e policiais civis param nesta quinta-feira (19)

Paralisação será de 24 horas e somente atendimentos mergenciais serão feitos nas delegacias de todo o Estado, segundo o sindicato da categoria

18/09/2024 23h38

Manifestações de policiais civis estão ocorrendo desde o final de agosto, mas até agora houve pouca evolução na negociação

Manifestações de policiais civis estão ocorrendo desde o final de agosto, mas até agora houve pouca evolução na negociação

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Em protesto ao que chamam de descumprimento de promessas de melhorias salariais, os policiais civis de Mato Grosso do Sul promovem nesta quinta-feira (19) uma paralisação de 24 horas nos atendimentos das delegacias, iniciando às 8 horas e encerrando no mesmo horário de sexta-feira (20). 

As mobilizações do sindicato da categoria, o Sinpol, começaram ainda em agosto e têm o objetivo de pressionar o governo estadual a cumprir a promessa de valorização salarial da categoria e reconhecer a importância do trabalho dos policiais civis. Eles reivindicam melhorias que garantiriam reajustes da ordem de 69% em seus vencimentos. 

A categoria afirma ter o 19º pior salário do País e reivinca aumento no salário inicial de R$ 5 mil para R$ 6,5 mil. Além disso, exige o pagamento de auxílio saúde semelhante ao que que está sendo pago aos delegados, da ordem de R$ 2 mil mensais. 

Conforme a direção do Sinpol, a paralisação não afetará os serviços essenciais, como atendimento a crianças, idosos, medidas protetivas e casos de flagrante delito. O Sinpol garante que a segurança pública será mantida e os casos mais urgentes serão atendidos.

"O Sinpol conclama todos os policiais civis, filiados ou não, a se unirem ao movimento, demonstrando a força da categoria e a necessidade de uma resposta urgente do governo", afirma o presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa.

Está prevista uma manifestação da categoria a partir das 07:30 horas em frente à Depac Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro, na Rua Padre João Crippa. 
 
Além dos reajuses salariais, a categoria exige novas contratações, pois alega déficit de  900 profissionais para os cargos de investigadores e escrivães. 
Atualmente, o Estado possui 1,6 mil profissionais, entre escrivães e investigadores. Conforme a categoria, o necessário para atender a demanda seria de 2,5 mil trabalhadores.

Cidades

Oito em cada dez municípios têm risco alto ou muito alto para sarampo

Brasil chegou a ser certificado como país livre do sarampo em 2016

18/09/2024 21h00

Agência Brasil

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Ao menos 4.587 municípios foram classificados como em alto risco para sarampo, enquanto 225 foram categorizados como em risco muito alto, totalizando 86% das cidades em todo o país com risco elevado para a doença. Há ainda 751 municípios listados com risco médio e apenas quatro com baixo risco. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (18) durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, em Recife.

Ao comentar o cenário, a coordenadora de Imunização da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Flávia Cardoso, lembrou que o Brasil chegou a ser certificado como país livre do sarampo em 2016, mas perdeu o status em 2019 após voltar a registrar a circulação do vírus por um período superior a 12 meses. “Em 2022, o Brasil estava endêmico para sarampo e, em 2023, passou para o status de país pendente de reverificação”, explicou. 

Segundo Flávia, em maio deste ano, a Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita nas Américas esteve no país e fez uma série de recomendações, incluindo ampliar a sensibilidade na definição de casos suspeitos de sarampo. A entidade pede que o país apresente o número de amostras recebidas de pacientes com febre e exantema e quais foram os diagnósticos de descarte.

De acordo com a coordenadora, a comissão destacou que, embora a cobertura vacinal tenha melhorado tanto para o sarampo quanto para a rubéola, por meio da tríplice viral, em alguns estados o progresso foi mínimo ou mesmo negativo. A situação no Rio de Janeiro, no Amapá, no Pará e em Roraima foi classificada pela entidade como muito preocupante para a manutenção da eliminação do sarampo e da rubéola no país. 

Também foi recomendado que o Brasil padronize um fluxograma de resposta rápida a casos suspeitos, tomando como base o caso recente de sarampo detectado no Rio Grande do Sul, importado do Paquistão. Por fim, a comissão sugere articular junto ao Ministério do Esporte e ligas esportivas a vacinação de atletas brasileiros, a exemplo do que foi feito previamente aos Jogos Olímpicos de Paris este ano. 

“Foi feita ainda a recomendação de buscas ativas integradas de casos de sarampo e rubéola com poliomielite e paralisia flácida em menores de 15 anos”, disse Flávia, ao citar que as ações servem para fortalecer a vigilância a nível municipal. 

Em junho deste ano, o país completou dois anos sem casos autóctones, ou seja, com transmissão em território nacional, do sarampo. Com isso, o país espera retomar a certificação de 'livre de sarampo'

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