Cidades

AUDITORIA

CGU vê possível irregularidade em uso de "emenda Pix" pela prefeitura de Vicentina

Executivo diz que usou os recursos vindos do "orçamento secreto" para a compra de cinco veículos que já foram leiloados

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Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) que apurou os gastos públicos com recursos recebidos por prefeituras por meio de emendas parlamentares do “orçamento secreto” mostra que a prefeitura de Vicentina, no interior de Mato Grosso do Sul, não só não tinha como comprovar como gastou os R$ 12 milhões recebidos como também alega que parte do dinheiro para a saúde foi usado para a compra de veículos que já foram leiloados.

O relatório da CGU traz que o município sul-mato-grossense recebeu mais de R$ 12 milhões em verbas do “orçamento secreto”, tendo R$ 245 mil liberados pelo Ministério da Saúde por ordem do Congresso Nacional para a compra de equipamentos, conforme informações do G1.

De acordo com a CGU, Vicentina não tinha como comprovar como gastou esses valores. Em defesa, a prefeitura disse que usou a verba para comprar cinco veículos, porém, os mesmos já teriam sido leiloados.

A acusação do possível uso incorreto da emenda parlamentar feita pela CGU faz parte de um levantamento nacional de análise dos repasses realizados entre 2020 e este ano, por meio de “emendas Pix”.

Em setembro, a CGU solicitou um detalhamento de gastos desses repasses de transferência especial a 200 entes federativos, os quais deveriam preencher um formulário eletrônico detalhando o uso dos valores recebidos.

Na lista de entes federativos divulgada pela CGU, também estavam os municípios de Campo Grande e Três Lagoas, além do governo do Estado.
Em função da falta de transparência para fiscalizar o uso das verbas destinadas à saúde de estados e municípios, em agosto o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino suspendeu o uso das “emendas Pix” ao Orçamento da União.

Em sua decisão, Dino entendeu que a execução das emendas poderiam continuar nos casos de obras em andamento e de calamidade pública, porém, a liberação dos recursos deveria estar condicionada ao atendimento de requisitos de transparência e rastreabilidade.

A auditoria nacional revelou essa impossibilidade de comprovar o uso do dinheiro recebido por prefeituras para as finalidades corretas declaradas por elas.

DENÚNCIA

Em outubro do ano passado, reportagem do Correio do Estado denunciou que o valor de R$ 4.073.023,00 de “emenda Pix” teria “desaparecido” 
no município de Vicentina.

Procurado pela reportagem, o presidente da Câmara Municipal de Vicentina, José Silva Machado (PSDB), informou que o recurso sem comprovação de uso teria sido utilizado na cidade para as áreas de saúde, educação e assistência social.

Em resposta à denúncia do “sumiço” de mais de R$ 4,73 milhões oriundos de emenda de autoria do ex-deputado federal Loester Trutis (PL) para Vicentina, o prefeito da cidade, Marcos Benedetti Hermenegildo (PSDB) – o Marquinhos do Dedé –, apresentou um extrato da conta bancária do Executivo municipal na agência da Caixa Econômica Federal, a fim de confirmar a informação de que o dinheiro estaria depositado na época.

Em entrevista ao Correio do Estado no ano passado, Marquinhos do Dedé reforçou que o recurso seria destinado exclusivamente “para garantir 
a aquisição de veículos de transporte e para melhorias na infraestrutura de saúde e serviços”. Porém, segundo a auditoria, esses veículos foram leiloados pouco tempo depois de serem adquiridos.

Segundo a lista fornecida para a reportagem, no ano passado, R$ 600 mil foram orçados para a compra de duas ambulâncias, além de mais R$ 520 mil para a aquisição de uma ambulância com unidade de tratamento intensivo (UTI), outros R$ 350,4 mil para a compra de três automóveis no valor de R$ 111,8 mil cada um e, por fim, mais R$ 140 mil para a aquisição de um automóvel de sete lugares.

Saiba

A “emenda Pix” foi criada em 2019 e permitia que deputados e senadores destinassem valores por transferências especiais.

(Colaborou Laura Brasil)

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ALERTA

Procon-MS alerta para mensagens falsas usando o nome da instituição

A orientação da instituição, é para que não se clique em links desconhecidos

06/04/2025 17h30

Procon faz alerta sobre golpes utilizando nome da instituição

Procon faz alerta sobre golpes utilizando nome da instituição FOTO: Divulgação

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O Procon de Mato Grosso do Sul veio a público para alertar consumidores e fornecedores sobre golpes que estão sendo aplicados, utilizando o nome da instituição, vinculada à Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead).

Conforme o órgão, golpista estão enviando notificações por e-mail ou por aplicativos de mensagens, informando a abertura de uma denúncia ou reclamação. Em seguida, fica disponível um link para supostamente "verificar autos", conteúdo que pode causar danos ao destinatário, devendo ser denunciado e apagado.

A instituição orienta que não se clique em links desconhecidos, já que os golpistas estão utilizando essa prática para enganar as pessoas, sugerindo acesso sobre denúncias ou reclamações e redirecionando-as para páginas falsas na internet.

O Procon reforçou que, as mensagens que realmente são enviadas pela instituição, utilizam o domínio "@procon.ms.gov.br" ou o telefone fixo (67) 3316-9800.

Em caso de dúvidas, os consumidores podem recorrer ao atendimento pelo disque Procon 151 ou pelo telefone (67) 3316-9800. Também é possível denunciar a ocorrência de golpes enviando a cópia do e-mail para cartorio@procon.ms.gov.br.

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DENGUE

MS registra 2,4 mil casos de dengue em três meses

O Estado já contabiliza 7 mortes e outras 6 seguem em investigação

06/04/2025 17h00

A vacinação é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade

A vacinação é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade FOTO: Divulgação

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De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela SES/MS - (Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul), na última sexta-feira (04), de janeiro a março, Mato Grosso do Sul já registrou um total de 2.445 casos de dengue.

Ainda conforme o documento, o Estado já contabiliza sete mortes e outras seis seguem em investigação. Nos últimos 14 dias, os municípios de  Aparecida do Taboado e Figueirão foram os que registraram maior aumento nos casos confirmados.

As mortes registradas ocorreram nos municípios de Inocência, Três Lagoas, Nova Andradina, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã e Coxim.

O boletim ainda mostrou que, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde o equivalente a 241.030 doses do imunizante contra a doença. Desse número, 201.349 já foram aplicadas no público alvo. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.

Até o momento, conforme recomendação do Ministério da Saúde, a vacinação é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue.

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