Cidades

LISTA TRÍPLICE

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Chapa de Turine vence eleição da UFMS com 44% dos votos

Chapa 2 encarou outros três grupos na consulta pública; lista tríplice será enviada para Brasília para indicação do próximo gestor, que deve ficar até 2024

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Encabeçada pelo atual reitor Marcelo Turine e pela vice-reitora Camila Ítavo, a chapa 2 foi a mais votada na eleição para formar a lista tríplice que será enviada à Brasília (DF) para definir a gestão da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) nos próximos quatro anos. Dos 7.903 votantes, 3.509 escolheram pela continuidade da atual administração.

O índice de votos alcançado foi de 42,44 (os votantes, divididos entre alunos, técnicos e docentes tem pesos diferentes na escolha). Já no aspecto geral, Turine teve 44% dos votos - foram 2.068 dos alunos, 687 dos técnicos e 754 dos docentes - ele venceu entre os três.

De acordo com a apuração, somaram-se 1.344 votos válidos de docentes, 1.220 de técnicos-administrativos e 5.339 de estudantes. Foram computados 149 votos em branco e 177 nulos. A participação na votação, feita online, foi aberta a 24.730 estudantes, 1.818 funcionários de setores técnicos e 1.486 professores universitários.

Com relação à última votação, houve um aumento de 9,7% na participação da comunidade acadêmica da UFMS, que agora aguarda o envio da lista para aprovação do Governo Federal. O presidente geralmente o mais votado, contudo, não há nenhuma lei ou norma que impeça Jair Bolsonaro (sem partido) escolher outro nome, inclusive, fora da lista.

Além da chapa de Turine, também participaram a chapa 3 (Lincoln e Menoni), que ficou em segundo lugar com 1.555 votos de estudantes, 394 técnicos e 430 docentes, totalizando índice de 24,45, e a chapa 5, escolha de 460 estudantes, 80 técnicos e 85 docentes - índice 4,94.

A chapa 1 (Beth Bilange e Lucilene), que acabou ficando fora da lista tríplice, fechou o grupo de quatro opções, sendo escolhida por 1.256 estudantes, 59 técnicos e 75 docentes. Apesar de ter mais votos que a chapa 5 (Lídia e Gunter), ficou atrás no índice, 4,78.

"O processo de consulta com apenas três ocorrências, que segundo a universidade, foram corrigidas e não comprometeram a segurança do sistema de votação. "O sistema é robusto, confiável e nos mostrou rapidamente o resultado dessa consulta", declara o presidente da Comissão Executiva Central, Henrique Mongelli.

A abertura das urnas foi feita com as chaves de criptografia e no mesmo computador usado para inserção dos votantes aptos com a configuração das urnas que ficaram lacradas sob a guarda da Polícia Federal. "Estiveram presentes da apuração um perito e um agente da Polícia Federal. O observador do Tribunal Regional Eleitoral participou remotamente", frisa Mongelli.

Os servidores e estudantes da UFMS puderam votar durante 13 horas na sexta-feira (17), de 8h até 21h. A participação na consulta não é obrigatória e o voto é direto e secreto. Por causa da pandemia de covid-19, o processo todo feito pela internet.

Propostas

As propostas da chapa 1 são centradas na valorização humana, que é o pilar da universidade, segundo o plano de gestão. Entre os planos, estão a melhoria na qualidade de vida no trabalho com ações de bem-estar, o aperfeiçoamento no processo de ingresso e acolhimento dos acadêmicos e a ampliação da oferta de bolsas e auxílios de maneira sistêmica.  

Na chapa 2, as propostas para a gestão 2020-2024 compreendem a expansão e a consolidação da Política de Desenvolvimento Pessoal e das políticas de Assistência Social e Desenvolvimento aos Estudantes e a consolidação da UFMS como referência na educação superior.

Já a chapa 3 tem como plano aperfeiçoar ou trocar o sistema de gestão acadêmica (Siscad) para que seja mais útil aos estudantes, docentes, coordenadores, às coordenações acadêmicas e à administração central, além de ampliar e fortalecer a pós-graduação, buscando a excelência na formação dos alunos, promovendo atividades voltadas aos direitos humanos.  

Por fim, a chapa 5 frisa em seu plano que quer aprimorar os mecanismos de captação de recursos via emendas parlamentares e parcerias, aperfeiçoar o acolhimento estudantil e ações contra a evasão, e viabilizar bolsas para estudantes brasileiros com alto desempenho acadêmico e atlético em instituições estrangeiras.

A chapa 4, que era encabeçada pelo bolsonarista Augustin Malzac e se chamava, retirou sua candidatura após denúncia de que seu programa de gestão continha plágio. Conforme documento obtido na Comissão Eleitoral, 11% do conteúdo era plágio, copiado e colado sem alteração, da Chapa Juntos Pela UFF, da Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro.

Cidades

Bolsa Família reduz pobreza na primeira infância, mostra estudo

Mais da metade das crianças no Brasil estão em famílias de baixa renda

23/04/2024 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O país tem 18,1 milhões de crianças de 0 a 6 anos de idade, segundo dados do Censo 2022. Cerca de 670 mil (6,7%) estão em situação de extrema pobreza (renda mensal familiar per capita de até R$ 218).

Esse número, no entanto, poderia ser muito pior (8,1 milhões ou 81%) sem o auxílio de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Essa é a conclusão de um estudo feito pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV).

Perfil Síntese da Primeira Infância e Famílias no Cadastro Único leva em consideração dados de outubro de 2023 do CadÚnico, sistema que reúne informações das famílias de baixa renda no país (renda mensal per capita de até R$ 660). Na primeira infância, de 0 a 6 anos, são 10 milhões de crianças (55,4%) classificadas nessa categoria.

“Esse estudo demonstra o potencial do Cadastro Único para a identificação de vulnerabilidades na primeira infância, a relevância de seu uso para a elaboração de iniciativas para esse público e a importância do Bolsa Família no combate à pobreza”, diz Letícia Bartholo, secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único.

O estudo traz outros recortes, como o fato de que 43% dos responsáveis por famílias com crianças de 0 a 6 anos não têm nenhuma fonte de renda fixa. Para 83% deles, a principal fonte de renda é o Bolsa Família.

Cerca de três a cada quatro famílias com crianças na primeira infância são chefiadas por mães solo. A maioria delas é parda e tem idade entre 25 e 34 anos.

Em relação ao perfil das crianças, 133,7 mil (11,1%) são indígenas; 81,3 mil (6,7%) são quilombolas, e 2,8 mil (0,2%) estão em situação de rua.

“Ao lado de outras políticas públicas, o Bolsa Família tem um enorme potencial de equacionar as desigualdades do país. A criação do Benefício Primeira Infância é o primeiro passo para chamar a atenção de gestores, gestoras e população em geral para a importância dessa fase na vida”, diz Eliane Aquino, secretária Nacional de Renda de Cidadania (Senarc).

Diferenças regionais

Ao considerar as regiões do país, o levantamento aponta a existência de desigualdades. Segundo o Censo, o Nordeste tem 5,1 milhões de crianças na primeira infância: 3,7 milhões (72%) estão registradas do CadÚnico. No Norte, há 1,9 milhão de crianças na primeira infância: 1,4 milhão (73%) registradas no CadÚnico.

Por outro lado, na Região Sudeste, quase metade do total de crianças entre 0 e 6 anos, estão registradas no programa. São 6,8 milhões de crianças na região, das quais 3,1 milhões estão no CadÚnico.

“A disparidade socioeconômica entre crianças na primeira infância exige ações imediatas e uma política nacional integrada que aborde as necessidades específicas das famílias mais vulnerabilizadas. O Cadastro Único é um importante instrumento para nortear uma política que sirva como alavanca para equidade”, diz Mariana Luz, diretora da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Perfil dos municípios

O estudo faz um recorte municipal, a partir de uma classificação em três grupos. O primeiro inclui cidades onde há mais crianças migrantes, em situação de rua e em domicílio improvisado coletivo. O segundo, onde há maior precariedade habitacional, é primeira infância na área rural e de populações tradicionais e específicas. O terceiro, crianças em situação de trabalho infantil, fora da pré-escola e em precariedade habitacional.

Os dados mostram que 71% dos municípios da região Norte não tem saneamento adequado. No Sudeste, o índice é de 20%. No Nordeste, 9% dos municípios não têm energia elétrica.

Os dados fazem parte da série Caderno de Estudos, do MDS, que desde 2005 busca construir conhecimento científico e gestão de políticas públicas. Na nova edição, o caderno apresenta uma série de publicações voltadas para a primeira infância, como pesquisas sobre o impacto do programa de Cisternas na saúde infantil e os desafios enfrentados por mães no mercado no trabalho após terem o primeiro filho.

Cotidiano

Administradora de três aeroportos em MS inicia programa para impulsionar fluxo de passageiros

A operadora aeroportuária Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã

23/04/2024 18h30

Foto/Arquivo

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A operadora aeroportuária Aena, que administra três aeroportos de Mato Grosso do Sul, lançou um programa de incentivo ao desenvolvimento da aviação brasileira. Para isso, deve recompensar as companhias aéreas de acordo com o aumento na quantidade de passageiros no período de 1º de abril a 30 de outubro.

De acordo com a Aena, o objetivo do programa é contemplar os aeroportos dos estados de  Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. Em caso de voos domésticos, o programa prevê o reembolso de 100% das tarifas de passageiros em cada rota operada pelas companhias aéreas em 16 aeroportos sob sua gestão.

Nos casos de voos internacionais, o programa de incentivo é válido para os seis aeroportos sob administração da Aena no Nordeste. Nesse caso, a base de comparação será o mês de março de 2024. Para novas rotas internacionais, o incentivo permanece até 31 de março de 2025.

Em Mato Grosso do Sul, a Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã.

De acordo com Aena,o objetivo da campanha é oferecer um cenário positivo para que as companhias aéreas possam elevar suas participações nos aeroportos da administradora.

"Como maior operadora aeroportuária do país, trabalhamos para incentivar a aviação brasileira, reduzindo custos das companhias aéreas e melhorando as opções dos passageiros", afirma Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Aena Brasil.

As companhias que aderirem ao programa de incentivo ainda podem contar com o apoio da Aena para a promoção das ligações. A concessionária irá disponibilizar a divulgação de novos voos e rotas nos painéis publicitários localizados dentro dos aeroportos, banners promocionais no site da Aena, além de campanhas em suas redes sociais.

 

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