Cidades

TRANSTORNOS

Chuva derruba moto, forma 'cachoeira'
e causa alagamentos na Capital

Inmet emitiu alerta de chuva forte para vários municípios do Estado

GABRIEL MAYMONE

29/03/2016 - 16h20
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Duas horas de chuva foram suficientes para causar estragos e transtornos, na tarde desta terça-feira (29), em Campo Grande. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foram 10.4mm de chuva e rajadas de vento de até 28.8 km/h.

Na Rua 14 de Julho, a enxurrada derrubou ma motocicleta que estava estacionada. Na Rua Calógeras, o muro do Cemitério Municipal Santo Antônio virou uma cachoeira. Na Rua da Divisão, no Bairro Parati, alagamento tomou conta.

Na Rua Élio Castro Maia esquina com a Rui Barbosa, Jardim Paulista, árvore derrubou fios elétricos e caiu sobre um carro. A rua ficou interditada para os trabalhos. Os militares retiraram o condutor que ficou preso no veículo e iniciaram os trabalhos para a retirada da árvore.  

ALERTA

O Inmet emitiu alerta de chuvas fortes para 23 municípios do Estado. Há possibilidade de ventos com rajada até 60 km/h e 50 mm de chuva, com risco de queda de árvores e alagamentos.

Os municípios em alerta são: Água Clara, Alcinópolis, Aparecida Do Taboado, Aquidauana, Camapuã, Cassilândia, Chapadão Do Sul, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Inocência, Paraíso Das Águas, Paranaíba, Pedro Gomes, Ribas Do Rio Pardo, Rio Negro, Rio Verde De Mato Grosso, São Gabriel Do Oeste, Selvíria, Sonora e Três Lagoas.

Cidades

Prefeitura inicia entrega de seis arenas esportivas em Campo Grande

Em parceria com o governo estadual, estão previstas outras cinco inaugurações ao longo dos próximos sete dias na capital

05/04/2025 11h00

Foto: Alison Silva / Correio do Estado

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Neste sábado (5), a prefeitura de Campo Grande deu início a uma série de inaugurações em seis novas praças esportivas na Capital. A primeira entrega do dia foi realizada no bairro Coophavila II, onde, em parceria com o Governo do Estado, a administração implementou mais uma área esportiva, parte do programa estadual "MS Bom de Bola".

Na capital, o projeto abarca as regiões Imbirussu, Lagoa, Bandeira e Anhanduizinho, e conta com outras cinco inaugurações nos próximos sete dias. As arenas modulares contam com um módulo esportivo de 25×43 metros, quadra de futebol society, arquibancada e iluminação de LED. Algumas arenas possuem cestas de basquete. De acordo com a prefeitura, foram gastos R$ 150 mil na área de concreto e outros R$ 470 mil na arena esportiva.  

Para o diretor-presidente da Fundação Municipal de Esportes (Funesp), Sandro Benites, os novos espaços fortalecem o acesso ao esporte e ao lazer na capital.

"O objetivo da prefeitura é levar infraestrutura esportiva de qualidade para os bairros, incentivando a prática esportiva e promovendo saúde e inclusão social. Essas arenas vão proporcionar mais oportunidades para crianças, jovens e adultos desenvolverem suas habilidades e terem um espaço adequado para o lazer e o convívio comunitário", destacou o secretário.

Secretario municipal de esportes, Sandro Benites 

Para ele, tanto o esporte como o lazer passaram por momentos complicados, além disso, Benites disse que de nada adianta falar aos jovens para não utilizarem drogas e não lhes dar uma oportunidade de crescimento pessoal. "De nada adianta falar para os jovens não usarem drogas, se a gente não der uma oportunidade", finalizou. 

A prefeita Adriane Lopes destacou que a inauguração proporciona um momento de muita alegria aos moradores da região.

"Nós conseguimos ver o quanto a população está feliz com essa inauguração. Os moradores terão mais uma área de lazer, para se exercitarem, para tomar o seu tereré embaixo das árvores, preservando as raízes e a cultura sul-mato-grossense", disse.  

Secretário estadual de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, Marcelo Miranda falou sobre a estruturação do projeto. "É um projeto que começamos em 2020, licitamos 112 arenas e instalamos uma arena em cada município do Estado, com valores que ficam entre R$ 470 a 500 mil. No caso de Campo Grande, a prefeitura escolheu as áreas, e nós tratamos de implementar o projeto", disse o secretário. 

Próximas inaugurações 

05 de abril Arena Esportiva do Coophavila II e praça da região.

  • 8h30 Avenida Marinha, nº 1.275
  • 10h Praça Luís Christofoletti Rua do Cabo, S/N.


07 de abril Arenas Esportivas no Itamaracá e Paulo Coelho Machado.

  • 18h30 Rua Padre Mussa Tuma, nº 1.205 Jardim Itamaracá
  • 19h30 Rua Catiguá, nº 39 Paulo Coelho Machado


12 de abril Arena Esportiva do Coophatrabalho e Zé Pereira.

  • 9h Rua Itaporanga, nº 206 Zé Pereira
  • 9h30 Rua Pequi, nº 88 Coophatrabalho

MS Bom de Bola 

Lançado em outubro de 2021, o programa "MS Bom de Bola" integra os investimentos esportivos do Governo do Estado denominado "MS +Esporte", onde foram investidos cerca de R$ 120 milhões. 

As praças esportivas são feitas com grama sintética, nos moldes dos estádios do Allianz Parque (São Paulo) e da Arena da Baixada (Curitiba), e servem para a prática de futebol society e basquete 3×3. Na parceria do "MS Bom de Bola", o Governo do Estado paga as arenas e as prefeituras preparam os terrenos para a instalação, com terraplanagem, concreto e pontos de energia.

As arenas esportivas foram contratadas em dois modelos. O primeiro tem estrutura para futebol society e basquete 3×3. O segundo, disposição para o society. A arena preparada para as duas modalidades esportivas tem custo de R$ 404,8 mil cada. Já a arena feita só para o futebol society custa R$ 343,8 mil cada. Os dois modelos são entregues aos municípios com arquibancada e luz de led.

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corumbá-bolívia

Força-tarefa tenta combater tráfico de crianças na fronteira

União entre governo federal, governo do Estado e prefeitura de Corumbá resultou em aumento do repasse para atendimento aos migrantes na região

05/04/2025 09h30

Imagens de crianças migrantes foram mostradas durante o evento

Imagens de crianças migrantes foram mostradas durante o evento Rodolfo Cézar / Correio do Estado

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A realidade de crianças e adolescentes em situação de extrema vulnerabilidade, especialmente envolvendo migrantes, chega ao ponto do completo abandono na fronteira do Brasil com a Bolívia, pois muitos estão sem os pais e sem documentos e não sabem falar o português. Por causa disso, nesta sexta-feira, houve uma mobilização nacional em Corumbá para a assinatura de convênio que procura fortalecer a política de atendimento a migrantes na região fronteiriça. 

Entre as histórias registradas em Corumbá está a de uma criança de 7 anos que foi abandonada na rodoviária da cidade. A única orientação que tinha para ela era um pequeno bilhete deixado em suas mãos que continha os dizeres: “Favor, procurar o Conselho Tutelar”. 

Esse não é um caso isolado. Com 13 anos, uma adolescente haitiana cruzou fronteiras sem um parente e chegou a Corumbá com a possível promessa de rever o pai, que até então morava em São Paulo. 

Ela viajou com outras pessoas, porém, ao chegar na Capital do Pantanal, sem documentos, acabou sendo encontrada pelas autoridades e foi encaminhada para o Conselho Tutelar. 

Houve também um adolescente de 15 anos que embarcou em Corumbá com drogas e pretendia chegar a Campo Grande, mas o ônibus em que ele viajava foi parado em Miranda e o jovem acabou apreendido, sendo posteriormente repatriado para a Bolívia.

Essas três situações reais, registradas no último ano, são exemplos dos desafios existentes em Corumbá para combater o tráfico de seres humanos. 

CONVÊNIO

Por causa disso, evento nesta sexta-feira contou com a presença do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, por parte do governo federal, que assinou convênio com a prefeitura de Corumbá e o governo do Estado.

O juiz estadual Maurício Cleber Miglioranzi Santos, lotado na Vara de Infância e da Adolescência em Corumbá, detalhou o nível de alerta que existe na região fronteiriça para se combater o crime de tráfico humano. 

Em função de um crescimento do fluxo migratório que passa por Corumbá em 2024, ele atuou com outras autoridades para mobilizar o apoio do governo federal. 

“A realidade migratória sobrecarrega todas as instituições do município. Desde o Conselho Tutelar, passando pela Polícia Federal, a Defensoria Pública do Estado e a União”, reconheceu.

Não há dados consolidados que apontem o cenário exato do tráfico de seres humanos na fronteira do Brasil com a Bolívia. Esse tipo de crime envolve uma série de fatores que dificulta sua caracterização. 

Entre eles está o medo das vítimas, que muitas vezes conseguem entrar no Brasil a partir de uma rede que envolve até a ação de coiotes para garantir a entrada, mesmo sem as documentações necessárias. Como estão ilegais, nem sempre buscam ajuda ou sabem recorrer ao apoio necessário.

Com relação a esse tipo de registro, o tráfico de crianças envolve a movimentação de crianças de seu local de moradia para um novo local e sua exploração em algum estágio do processo. A movimentação e a exploração são o que caracterizam o crime.

A Delegacia da Polícia Federal em Corumbá já conduz inquéritos para investigar casos de tráfico de pessoas, especialmente ocorrências que envolvem a promessa de trabalho e melhores condições de vida a bolivianos. 
Nesses registros, os migrantes entram no Brasil sem documentação e, por ônibus, são levados principalmente para São Paulo. As investigações vêm sendo realizadas desde 2022.

“A preocupação do Brasil é de forma completa. Por meio do Ministério da Justiça, com o Ricardo Lewandowski, e do Ministério da Defesa, integrados com as forças de segurança locais, é feito um trabalho para coibir o tráfico humano, o tráfico de drogas, o tráfico de armas, todos os ilícitos”, indicou o ministro Wellington Dias. 

Ele visitou Corumbá nesta sexta-feira e, além de ir até a fronteira, também passou por assentamento e conheceu a Casa do Migrante, que vai receber reformas e melhorias a partir de convênio e da emenda parlamentar da deputada federal Camila Jara (PT), que totaliza R$ 4,5 milhões, para atender até 2,4 mil pessoas em esquema rotativo.

De acordo com o ministro, o aparelhamento para identificar quem são os migrantes que chegam a Corumbá e permitir que haja a documentação e regularização de visto vai ser intensificado a partir deste mês e deverá gerar resultado no combate ao tráfico de crianças, adolescentes e adultos. 

O grupo de pesquisa e estudos Migrafron, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), elaborou um plano de trabalho para ser desenvolvido com migrantes.

“Buscamos ter uma triagem, um levantamento mais seguro sobre a realidade de cada pessoa. A partir daí, ter também uma estrutura melhor para o Ministério da Justiça, a área da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária, do setor de Inteligência, das áreas ligadas às Forças Armadas. Uma integração como essa terá como resultado um indicativo de áreas e uma política melhor. Uma fronteira que não vai ser só para Corumbá, é para o Brasil. Também trabalhar para se evitar fraudes, outras formas de crimes. Mas trabalhar sempre de forma humanizada”, detalhou o ministro, em entrevista ao Correio do Estado.

Dados nacionais indicaram que, entre janeiro de 2020 e junho de 2021, de todas as denúncias feitas por meio do Disque 100, 50,1% envolviam crianças e adolescentes e 24,9% tinham como vítimas mulheres.

Saiba

O Relatório Nacional sobre Tráfico de Pessoas, com dados de 2021 a 2023, mostra que, em Mato Grosso do Sul, os indígenas guarani-kaiowá enfrentam vulnerabilidade que favorece o trabalho análogo à escravidão e indígenas paraguaios são trazidos para atuar em condições degradantes de trabalho.

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