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Chuvas e frio preocupam moradores de comunidade na Capital

Espaço conta com 183 famílias e mais de 400 moradores

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As baixas temperaturas, além das possibilidades de geada, previstas para a próxima semana, preocupam as 183 famílias da comunidade Mandela, na Capital.

Mãe de seis filhos, a diarista Sandra Micaela (34), se queixou das chuvas e ventos fortes que atingem o “barraco” onde mora. “No meu barraco venta bastante.  Não há nenhum barraco próximo, que o esconde, é bem a céu e por isso quando chove, ficamos desprotegidos”, disse a diarista, moradora da comunidade há cinco anos. 

Desempregada, divide a casa com  a mãe, Sandra Maria Pereira (63) e os seis filhos, todos menores. Questionada sobre como se protegem do frio, a diarista disse que conta com auxílio de vizinhos e lonas. “ Se tivesse que me proteger do frio,  juntava meus filhos em uma cama, e dormiria com minha mãe e a bebê de sete meses no meu quarto'', relatou Sandra Micaela.

Sobre o período chuvoso, Micaela disse que “se vira como pode” e busca se “antecipar” às chuvas para garantir roupa limpa em casa. “Se bater uma chuva molha tudo. Ontem (14), eu não sabia se chorava, se arrancava as roupas do varal, da cama, tudo do lugar”, falou Micaela. Segundo ela, em casos assim, recolhe as roupas e deposita tudo dentro da banheira da filha mais nova, espera passar a chuva, e posteriormente estende as roupas.  

“Lava a roupa e torce pra secar. Lavei roupa sexta-feira, vou ter que lavar de novo segunda, como vai vir o frio”, finalizou a moradora. 

De acordo com o Inmet, na próxima quarta-feira (18), há possibilidade de geada em Campo Grande, com temperaturas próximas aos 6 graus na Capital. Ontem, foram registrados ventos de mais de 70 quilômetros e chuvas acima de 30 milímetros em alguns bairros de Campo Grande.

As queixas de Sandra Micaela foram às de Deuzelia dos Anjos. Sem trabalhar, Deuzelia vive no mandela com a filha, duas netas, um filho especial e o genro, responsável pela renda familiar, advinda de seu trabalho como entregador.  

Segundo a moradora, pedaços de lona auxiliam na barragem das chuvas.  Para ela, a preocupação maior é uma árvore, próxima a casa, que apresenta riscos à moradia da família. 

“Ontem pedimos abrigo no barraco da vizinha. Se chega cair vai minha neta, minhas filhas e meu genro. Os políticos ‘passam a bola’ pra frente e ninguém faz nada. Essa árvore vai desabar, está desterrada, bem à vista”, relatou a moradora.

Para *Joana Aparecida, as chuvas e ventos foram  mais preocupantes. Segundo ela, o filho de 8 anos foi atingido por um raio na noite de ontem.  “Estava chovendo muito e ele voltou para casa para lavar os pés. De repente começou a trovejar e ele falou assim - mãe, tô com medo de ficar sozinho. Na hora que o raio caiu, houve um barulho muito forte, e quando cheguei em casa ele estava com o corpo ‘mole’”, disse Joana Aparecida. 

Segundo a manicure, o filho passou a noite em observação em uma unidade de saúde de Campo Grande e foi liberado após exames clínicos.  

Comunidade 

Mãe de três filhos, é Greiciele Ferreira (27) a responsável pela comunidade. Ela representa 183 famílias, e as 420 pessoas que residem no Mandela. Segundo ela, a comunidade tem mais de 220 crianças com até 11 anos.  

Além de Greiciele, outras seis mulheres representam o local nas funções de tesoureira, secretária, recebem os donativos que chegam à comunidade e prestam contas de tudo que é recebido para a comunidade. 

“Ajudamos as famílias com moradia, reforços escolares, cestas básicas, cobertores, lonas, idas à assistência social e buscamos colaboradores pois a comunidade conta com um número grande de pessoas”, disse Greiciele Ferreira. Segundo ela, o local conta com apenas um doador fixo há três anos. 

Serviço 

Os interessados em doar qualquer tipo de produto, cobertores, lonas, colchões, devem buscar Greiciele Ferreira, líder da comunidade, por meio do (67) 9 9346-7696

 

Atualizado às 20h56 para acréscimo de informações. *nome ilustrativo. 

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TRIBUTAÇÃO

Morador de Campo Grande é o que mais gasta com iluminação pública no Brasil

Arrecadação bruta da Cosip da Capital se aproximou de R$ 200 milhões em 2024, três vezes maior que a de Porto Alegre

22/12/2025 09h00

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante Súzan Benites/Correio do Estado

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Entre as grandes cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes, Campo Grande é o lugar onde moradores mais gastam com a Contribuição Social para o Custeio da Iluminação Pública (Cosip).

Proporcionalmente, a capital do estado de Mato Grosso do Sul está entre as que mais arrecadam no Brasil e tem uma receita anual com a taxa, cobrada de maneira casada com a conta de luz, maior que a do município de Curitiba (PR), que tem o dobro da sua população.

Levantamento da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) indica que, em todo o ano de 2024, a capital de Mato Grosso do Sul teve uma receita bruta de R$ 196,8 milhões com a Cosip. O custo per capita para os moradores da cidade é de R$ 206,24 – o maior do Brasil.

Na capital paranaense, que tem 1,83 milhão de habitantes, praticamente o dobro dos 960 mil habitantes de Campo Grande, foram arrecadados R$ 154,1 milhões em 2024, resultando em uma Cosip per capita de R$ 84,27.

Foi o suposto mau uso desta verba de centenas de milhões de reais que levou o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) a desencadear, na sexta-feira, a Operação Apagar das Luzes, que investiga um esquema de corrupção em contratos de iluminação pública da Prefeitura de Campo Grande.

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, em um caso que indica a ocorrência de reiteradas fraudes na licitação, além de contratos firmados para a execução de serviço de manutenção do sistema de iluminação pública de Campo Grande, já tendo sido identificado superfaturamento superior a R$ 62 milhões. As empresas envolvidas na operação seriam a Construtora B&C Ltda. e a Construtora JLC Ltda.

A JLC, por exemplo, é a empresa contratada pelo Município para promover a decoração natalina de Campo Grande, por R$ 1,7 milhão. Neste ano, apesar do valor, a decoração se restringiu apenas à área central da cidade.

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante

ALTA ARRECADAÇÃO

Os números do levantamento da FNP mostram que na Região Centro-Oeste a arrecadação com a Cosip destoa de outras capitais. Os R$ 196 milhões arrecadados pela Prefeitura de Campo Grande em 2024, que correspondem a 3,6% de sua receita corrente líquida, são mais que o dobro do valor arrecadado em Goiânia.

Na capital de Goiás o município recolheu R$ 98,4 milhões na cobrança casada com a conta de luz. Goiânia, contudo, tem 1,4 milhão de habitantes, o que corresponde a uma Cosip per capita de R$ 65,87, quase um terço dos R$ 206,24 de Campo Grande.

No Centro-Oeste, a segunda e terceira maiores contribuições de iluminação pública estão em Cuiabá (R$ 142,45 per capita) e Dourados (R$ 142,04).

No Brasil, nenhuma cidade com mais de 200 mil habitantes tem uma Cosip per capita superior à de Campo Grande.

CONTRATOS

Como mostrou reportagem do Correio do Estado, dados do site da Transparência da Prefeitura de Campo Grande trazem que a iluminação pública da Capital é dividida em sete contratos independentes, para cada uma das regiões da cidade: Anhanduizinho (Lote 1); Bandeira (Lote 2); Centro (Lote 3); Imbirussu (Lote 4); Lagoa (Lote 5); Prosa (Lote 6); e Segredo (Lote 7).

A Construtora B&C é responsável pelos lotes 4, 5 e 7, que, somados, estão avaliados em R$ 14.885.371,67. Já a Construtora JLC administra a iluminação dos lotes 1, 2 e 3, que resultam em R$ 17.837.068,21.

Avaliado em R$ 4.300.411,70, o Lote 6 ficou sob responsabilidade da MR Construtora. Segundo o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli, essa empresa também estaria sendo investigada por estar envolvida nos contratos.

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CAMPO GRANDE

Cavalos invadem avenida e são recolhidos no Terminal Guaicurus

Manada estava vagueando pela avenida Guaicurus, em pleno trânsito, no meio dos carros, apresentando risco tanto para os motoristas quanto para os animais

22/12/2025 08h45

Manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos.

Manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos. Reprodução

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Uma cena inusitada chamou atenção, na madrugada desta segunda-feira (22), em Campo Grande: seis cavalos foram recolhidos para dentro do Terminal Guaicurus após serem flagrados perambulando pela região.

Conforme apurado pela reportagem, a manada estava vagueando pela avenida Guaicurus, em pleno trânsito, no meio dos carros, apresentando risco tanto para os motoristas quanto para os animais.

Em seguida, o Corpo de Bombeiros (CBMMS) flagrou a tropa andando pela pista e resolveu recolhê-los para dentro do Terminal Guaicurus, com o objetivo de mantê-los em segurança e resguardar a vida da população.

A manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos.

Os bombeiros acionaram o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), mas, o órgão não possui plantão noturno. Também acionaram a Polícia Militar Ambiental (PMA), mas, de acordo com a PMA, só é possível atender animais silvestres.

Logo em seguida, o dono dos animais foi localizado. Ele afirmou aos bombeiros que a porteira ficou aberta e por isso os animais fugira. Com isso, os militares conduziram o animal até o local de origem.

 

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