O não escalonamento dos salários dos servidores públicos, a adoção do piso nacional para os professores (20 horas semanais), a abertura de mais 400 vagas para taxistas e o término de obras, principalmente de Ceinfs e de pavimentação, foram algumas das reivindicações da oposição ferrenha ao então prefeito Gilmar Olarte (PP), cujos integrantes passaram, agora, a ser situação com a volta ao cargo do radialista Alcides Bernal (PP). Um dos críticos contumazes de Olarte, Paulo Pedra (PDT) exerce, inclusive, o cargo de secretário de Governo – o que, em tese, confere-lhe poderes especiais junto ao atual administrador da Capital, para solucionar esses problemas que ele e os demais colegas da bancada apresentaram nos últimos meses, com cobranças até mesmo radicais.
Os outrora opositores estão, agora, diante de um caminho que não tem volta: ou Bernal atende aos pleitos, ou esses vereadores e seus respectivos partidos ficarão numa situação difícil perante a população, que já se mostra insatisfeita pelo estado de abandono em que se encontra Campo Grande, desde o início da administração do PP, em 2013. Situação péssima para um ano pré-eleitoral e que pode redundar em fracasso nas urnas, em 2016.
Antes de ser cassado, Bernal enfrentou críticas pelo estado quase que "vegetativo" de sua administração e sofreu ataques diretos dos seus 23 opositores na Câmara Municipal. Seu vice-prefeito, Gilmar Olarte, assumiu o cargo e, nesse pouco mais de 1 ano, recebeu a pecha de "traidor" e "golpista", dos correligionários e simpatizantes de Bernal. No Legislativo, os fiéis escudeiros de Bernal se mostraram ferrenhos adversários de Olarte e, em muitas ocasiões, ganharam apoio irrestrito até de outras bancadas.
(*) A reportagem de Fausto Brites está na edição de hoje do Correio do Estado.


