Cidades

AÇÃO JUDICIAL

Consumidor inseriu corpo estranho em lata para tentar indenização, diz Coca-Cola

Publicitário entrou com ação após supostamente ter encontrado um parafuso dentro do refrigerante; Coca-Cola contesta versão, aponta má fé e pede perícia na lata

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A Coca-Cola rejeitou uma tentativa de conciliação em ação aberta por um publicitário campo-grandense, de 28 anos, que afirma que encontrou um parafuso dentro de uma latinha da marca. A audiência estava marcada para esta quarta-feira (28), mas foi cancelada a pedido da multinacional. 

Em contestação apresentada pela Coca-Cola, ela cita a possibilidade má-fé por parte do autor da ação de terceiros, citando que o objeto pode ter sido colocado de propósito dentro da lata, solicita uma perícia técnica e pede a improcedência da ação.

Conforme reportagem do Correio do Estado, o empresário diz que comprou uma latinha de 200 ml de Coca zero lacrada e só percebeu que havia um parafuso após ter tomado metade do refrigerante. Na ação, ele pede indenização por danos morais.

No processo, a Coca-Cola apresentou contestação, com três requisições, sendo, preliminarmente a sua exclusão do polo passivo da ação indenizatória e, no mérito, que os pedidos sejam julgados improcedentes e que seja imposto ao publicitário o ônus da prova.

Com relação a exclusão do polo passivo, a Coca-Cola afirma que a responsabilidade de produzir, engarrafar e distribuir os produtos da marca é do fabricante regional, a empresa SPAL Indústria Brasileira de Bebidas  S.A (Femsa), que firmou contrato com a companhia.

“Neste contexto, levando-se em consideração que a empresa ré é tão somente a detentora da respectiva marca, não possuindo nenhum vínculo comercial com a parte autora e nem mesmo tendo qualquer participação no evento narrado na inicial, não há dúvidas no sentido de que carece de legitimidade para figurar no polo passivo da presente demanda”, diz a empresa na contestação.

A Coca-Cola acrescenta, que mesmo sendo de responsabilidade do fabricante local, o processo segue “rigoroso padrão de qualidade de marca”.

Com relação aos fatos narrados pelo denunciante, a multinacional alega que o publicitário deve se imcubir de provar os fatos alegados, o que efetivamente não teria ocorrido.

“Neste contexto, cabe pontuar as imagens apresentadas não permitem identificar por completo o produto e suas informações de fabricação e validade, bem como não permitem identificar que ele estava efetivamente contaminado/viciado, sendo certo que não há comprovação de que estaria impróprio no momento de sua suposta aquisição, o que não se pode presumir”.

A Coca-Cola acrescenta que as provas de vídeo apresentadas também não permitem averiguar se a latinha estava totalmente e se o parafuso já estava na embalagem antes da aquisição, não sendo, desta forma, possível afirmar se o corpo estranho decorre de falha no processo de fabricação ou se foi introduzido posteriormente no vasilhame.

Por este motivo, foi requerida também uma perícia técnica.

“Vale dizer que é perfeitamente possível que terceiros, ou até mesmo a própria parte autora, tenham, de má-fé, inserido o alegado “corpo estranho” dentro do vasilhame, não sendo razoável presumir-se, nestas condições, que o produto teria saído da fábrica responsável com o alegado vício”, sustenta a empresa.

Por fim, sobre o pedido de indenização por danos morais, a Coca-Cola afirma que o publicitário não comprovou o alegado consumo do produto alegadamente impróprio e que a ausência de consumo do produto desconfigura os danos morais.

Além disso, é afirmando que também não foi comprovado qualquer tipo e transtorno decorrente da compra do produto denunciado como impróprio.

“Outrossim, considerando que o fato ocorrido constituiu mero dissabor cotidiano, sem a magnitude que lhe quer a parte autora emprestar, reforça-se a inexistência do dever de indenizar, sendo certo que o relato autoral evidenciou que o produto foi trocado por dois novos refrigerantes, sanando o suposto vício conforme determina o artigo 18, §1º, do Código de Defesa do Consumidor”.

Diante da ausência de prova mínima, é inequívoca a absoluta improcedência da presente ação 

O caso

No processo que tramita na 3ª Vara Cível de Campo Grande, o publicitário narra que no dia 3 de maio de 2024 comprou uma lata mini do refrigerante em uma conveniência para tomar no horário de almoço.
Durante o consumo, ele percebeu que a Coca-Cola apresentava um gosto diferente do habitual, mas, de início, acreditou se tratar de variação comum do produto.

Quase no fim da bebida, o publicitário afirma que ouviu um barulho metálico dentro da latinha e constatou a  presença de um parafuso.

Imagens de câmeras de segurança do trabalho do rapaz, que mostram o momento em que ele percebe o corpo estranho, foram anexadas ao processo. (Veja abaixo)

Na sequência, ele ligou para o noivo e, durante a conversa, começou a passar mal, relatando náuseas, ânsia de vômito, incômodo abdominal e irritação na garganta.

Danos morais

O homem entrou em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) da Coca-Cola, relatando toda a situação. O publicitário foi informado que a empresa recolheria a lata e o objeto para investigar o caso e, posteriormente, forneceria um parecer.

Pouco mais de um mês depois, no dia 7 de maio, ele recebeu duas latinhas novas e a reclamação foi classificada como “troca de bebida por aparência”.

“A tentativa de minimizar o incidente ao classificar a coleta da bebida como "troca por aparência" evidencia a intenção de “abafar” o caso, mascarando a gravidade da situação e desconsiderando a segurança do consumidor. Tal atitude demonstra uma clara violação ao direito do autor à saúde e à sua integridade física”, diz a petição.

Além disso, o publicitário relata que, logo que percebeu o parafuso, foi até a conveniência mostrar ao proprietário e, ao retirar o objeto da lata, acabou machucando o dedo com o alumínio.

Outro transtorno citado pelo campo-grandense é que ao sair para falar com o proprietário, esqueceu a chave do escritório e ficou trancado para fora por vários minutos até alguém chegar, pois era horário de almoço.

“Esse conjunto de circunstâncias – o machucado, o estresse pela situação e a perda de acesso ao seu local de trabalho – causou ainda mais transtornos e desconforto ao autor, que se viu envolto em uma série de acontecimentos indesejados e descontrolados, exacerbando o impacto do incidente em sua rotina e saúde emocional”, diz o processo.

Dessa forma, é pedida a reparação pelos danos morais sofridos, no valor de R$ 15 mil.

No processo, também é pedido a inversão do ônus da prova, ou seja, passando a responsabilidade de provar para o fornecedor.

 

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rio apa

Caminhonete cai de balsa durante travessia a rio e motorista morre afogado

Homem embarcou veículo para atravessar de Caracol ao Paraguai e conseguiu sair do veículo após a queda, mas foi arrastado pela correnteza

21/12/2025 17h00

Caminhonete caiu de balsa durante travessia

Caminhonete caiu de balsa durante travessia Foto: Divulgação / Bombeiros

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Um homem de 42 anos, de nacionalidade paraguaia, morreu afogado durante a travessia de uma caminhonete por meio de balsa, no Rio Apa, em Caracol. O veículo caiu no rio e a vítima foi arrastada pelas águas. O acidente aconteceu na última sexta-feira (19) e o corpo da vítima foi encontrado na manhã deste domingo (21). 

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu na última sexta-feira homem estava dentro do veículo e o embarcou na balsa, para fazer a travessia que liga uma base do Exército Brasileiro a um destacamento do outro lado da margem, pertencente à Armada Paraguaia.

O veículo foi embarcado sem estar devidamente travado e, durante a travessia, caiu no rio. 

Já na água, a vítima conseguiu sair da caminhonete, mas não conseguiu retornar até a balsa, pois foi arrastado pela correnteza e desapareceu no rio.

O Corpo de Bombeiros iniciou as buscas no sábado (20). Equipe de mergulhadores de Campo Grande se até o local para ajudar no resgate.

A caminhonete foi localizada, retirada do rio e devolvida aos familiares ainda no sábado. Já o corpo da vítima foi encontrado na manhã deste domingo, a cerca de 1,5 km do ponto onde ocorreu o desaparecimento.

A balsa de travessia manual é utilizada para cruzar o rio Apa.

O Corpo de Bombeiros reforça a importância do cumprimento rigoroso dos procedimentos de segurança em travessias fluviais, a fim de prevenir acidentes dessa natureza.

As circunstâncias do incidente serão investigadas.

 

Economia

Procon de Campo Grande atendeu mais de 2,3 mil consumidores em 2025

Durante o ano, o órgão realizou 822 audiências de conciliação e 486 ações fiscalizatórias através de denúncias no canal 156

21/12/2025 16h30

Procon realizou ações em vários estabelecimentos da Capital

Procon realizou ações em vários estabelecimentos da Capital FOTO: Valdenir Rezende/Arquivo Correio do Estado

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Ao longo de 2025, 2.306 consumidores precisaram acionar o Procon Municipal de Campo Grande para receber desde orientações técnicas até formalização de reclamações. 

O balanço divulgado pelo órgão, ligado à Secretaria de Assistência Social (SAS) apontou que, destes atendimentos, 242 casos foram solucionados diretamente pelas notificações, sem a necessidade de abertura de um processo administrativo. Ao todo, foram realizadas 822 audiências de conciliação.

Através do canal 156, foram recebidas denúncias que resultaram em fiscalizações diretas e 486 ações fiscalizatórias. 

Além disso, foram fiscalizados supermercados, postos de gasolina, distribuidoras de combustível, lojas de suplementos, agências bancárias, óticas, pet shops e todos os shoppings da Capital. 

O superintendente do Procon Municipal, José Costa Neto, destacou que a gestão 2025 focou em equilibrar a fiscalização rigorosa e o empoderamento do consumidor. 

“O balanço de 2025 reflete um Procon cada vez mais presente no dia a dia de Campo Grande. Superamos a marca de 2.300 atendimentos priorizando a agilidade; resolver 242 casos apenas com notificações mostra que as empresas estão mais atentas ao peso do órgão. Mas o nosso maior legado este ano foi a prevenção. Quando monitoramos preços por quatro semanas antes da Black Friday ou levamos palestras de educação financeira aos bairros, estamos dando ao consumidor a ferramenta mais poderosa que existe: a informação. Nossa fiscalização, que percorreu desde os postos de combustível até todos os shoppings da capital, garante que as regras sejam cumpridas, mas é a educação do consumidor que transforma o mercado a longo prazo.”

Ações de fiscalização

O Procon intensificou o monitoramento em estabelecimentos de Campo Grande em datas estratégicas, marcadas por grande movimento. 

Na Black Friday, o órgão acompanhou o comportamento dos preços de 29 produtos em grandes lojas do Centro durante quatro semanas. 

Durante o dia das mães, as ações do Procon orientaram 462 consumidores. No Dia dos Pais, o foco foi no setor de serviços, resultando em visitas técnicas em 12 barbearias por toda a cidade. 

Educação Financeira

O setor de Projetos e Pesquisas do Procon levou 6 palestras orientativas por toda a Campo Grande, com temas cruciais como Educação Financeira e Prevenção de Golpes. 

No total, aproximadamente 500 consumidores participaram das palestras, fortalecendo a cultura do consumo consciente e seguro. 

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